PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde detido preventivamente
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Tribunal da Comarca da Praia decretou, quinta feira, a prisão preventiva do demissionário presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV) e quatro outros suspeitos de envolvimento numa rede internacional de tráfico de droga.
Segundo fonte policial, os cinco acusados foram detidos terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) cabo-verdiana.
A prisão de Veríssimo Pinto, que se encontra demissionário do cargo de presidente da Bolsa de Valores há cerca de quatro meses, ocorreu na sequência de investigações realizadas pela PJ no âmbito da operação “Lancha Voadora”.
Esta operação iniciou-se a 08 de outubro, quando a PJ fez a maior apreensão de droga de sempre no arquipélago, ou seja, uma tonelada e meia de cocaína em elevado estado de pureza, com um valor estimado em milhão e meio de contos cabo-verdianos (13,5 milhões de euros).
Na altura, foram detidos três indivíduos, designadamente Paulo Pereira, Carlos Gil Gomes Silva e Quirino Manuel dos Santos, na posse dos quais, a PJ apreendeu, para além da droga, milhares de euros e de outras moedas sul-americanas e milhões de escudos cabo-verdianos.
Foram-lhes também confiscadas cinco viaturas topo de gama das quais três jipes e duas cabines duplas, bem como uma moto de mar, um quadriciclo e algumas armas de guerra.
Os indivíduos detidos, incluindo duas mulheres, são acusados de envolvimento nesta rede de tráfico de droga que recebia cocaína de países da América do Sul que, posteriormente, era encaminhada para o mercado europeu.
Veríssimo Pinto, as duas mulheres (familiares de um dos detidos no início da operação) e mais dois empresários tomaram conhecimento, na tarde de quinta-feira, das suas medidas de coação e ficarão todos em prisão preventiva, até ao julgamento.
A PJ, munida de um mandado judicial, terá encontrado, durante buscas às empresas e às residências dos implicados, “documentos comprometedores” que os indiciam como estando ligados à rede do narcotráfico e lavagem de capitais.
Numa primeira reação à prisão de Veríssimo Pinto, atualmente sócio-gerente da empresa Auto Center SA, que vendeu a chamada lancha voadora supostamente utilizada no transbordo da droga, o Governo considera que esta operação não belisca a imagem do país.
Pelo contrário, precisa, vem antes valorizar tudo o que Cabo Verde já conseguiu no combate ao narcotráfico, ao crime organizado e ao branqueamento de capitais.
O ministro dos Assuntos Parlamentares sublinhou que se deve, no entanto, deixar as instituições funcionarem, acreditar na justiça e "não julgar as pessoas na praça pública".
O governante garantiu também que Veríssimo Pinto, que apresentou a sua demissão há já vários meses, será substituído brevemente no cargo de presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, o que não aconteceu até agora “por razões burocráticas”.
-0- PANA CS/IZ 23dez2011
Segundo fonte policial, os cinco acusados foram detidos terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) cabo-verdiana.
A prisão de Veríssimo Pinto, que se encontra demissionário do cargo de presidente da Bolsa de Valores há cerca de quatro meses, ocorreu na sequência de investigações realizadas pela PJ no âmbito da operação “Lancha Voadora”.
Esta operação iniciou-se a 08 de outubro, quando a PJ fez a maior apreensão de droga de sempre no arquipélago, ou seja, uma tonelada e meia de cocaína em elevado estado de pureza, com um valor estimado em milhão e meio de contos cabo-verdianos (13,5 milhões de euros).
Na altura, foram detidos três indivíduos, designadamente Paulo Pereira, Carlos Gil Gomes Silva e Quirino Manuel dos Santos, na posse dos quais, a PJ apreendeu, para além da droga, milhares de euros e de outras moedas sul-americanas e milhões de escudos cabo-verdianos.
Foram-lhes também confiscadas cinco viaturas topo de gama das quais três jipes e duas cabines duplas, bem como uma moto de mar, um quadriciclo e algumas armas de guerra.
Os indivíduos detidos, incluindo duas mulheres, são acusados de envolvimento nesta rede de tráfico de droga que recebia cocaína de países da América do Sul que, posteriormente, era encaminhada para o mercado europeu.
Veríssimo Pinto, as duas mulheres (familiares de um dos detidos no início da operação) e mais dois empresários tomaram conhecimento, na tarde de quinta-feira, das suas medidas de coação e ficarão todos em prisão preventiva, até ao julgamento.
A PJ, munida de um mandado judicial, terá encontrado, durante buscas às empresas e às residências dos implicados, “documentos comprometedores” que os indiciam como estando ligados à rede do narcotráfico e lavagem de capitais.
Numa primeira reação à prisão de Veríssimo Pinto, atualmente sócio-gerente da empresa Auto Center SA, que vendeu a chamada lancha voadora supostamente utilizada no transbordo da droga, o Governo considera que esta operação não belisca a imagem do país.
Pelo contrário, precisa, vem antes valorizar tudo o que Cabo Verde já conseguiu no combate ao narcotráfico, ao crime organizado e ao branqueamento de capitais.
O ministro dos Assuntos Parlamentares sublinhou que se deve, no entanto, deixar as instituições funcionarem, acreditar na justiça e "não julgar as pessoas na praça pública".
O governante garantiu também que Veríssimo Pinto, que apresentou a sua demissão há já vários meses, será substituído brevemente no cargo de presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, o que não aconteceu até agora “por razões burocráticas”.
-0- PANA CS/IZ 23dez2011