PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano quer "solução urgente" para evacuação de doentes no país
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, pede ao Governo do país "uma solução urgente" para atuais problemas de evacuação dos doentes resultantes da falta de meios de transportes adequados e que se têm traduzido na morte de alguns no trajeto para centros de saúde com maiores recursos técnicos e humanos.
Esta chamada da atenção de Jorge Carlos Fonseca surgiu domingo na sequência do falecimento de uma mulher grávida, de 30 anos de idade, na madrugada de sábado último, no hospital do Sal, depois de evacuada um dia antes numa embarcação sem mínimas condições para o efeito, a partir da ilha da Boa Vista.
Conforme diversas fontes, a indicação do centro de saúde local seria de que a jovem, que apresentava um quadro muito crítico, fosse evacuada por via aérea, o que não aconteceu, porque, alegadamente, a transportadora aérea que atualmente assegura as ligações domésticas, em regime de monopólio, não se disponibilizou para tal.
Numa publicação na sua página Facebook, o Presidente cabo-verdiano considera que o que aconteceu na Boa Vista, independentemente dos contornos precisos dos factos e do apuramento rigoroso e atempado do acontecido, "é lastimável e de muita gravidade".
Por isso, ele realça que "não se pode esperar mais", lembrando que a questão das evacuações tem a ver com a vida de pessoas.
“Não sendo um caso único, deve merecer uma atenção particular da parte do Governo. Uma solução precisa de ser encontrada sem mais demoras, com urgência. Seja ela definitiva, o que pode levar tempo, seja transitória (pela via de acordos com a empresa de aviação), tratando-se de uma questão atinente à vida de pessoas, a solução deve ser encontrada rapidamente para se evitar a repetição de situações verdadeiramente irrazoáveis. Não se pode adiar mais”, martelou o chefe de Estado cabo-verdiano.
Jorge Carlos Fonseca afirma que a Presidência da República já abordou o problema com o Governo algumas vezes e por diferentes vias, “desde o início, desde a verificação do primeiro caso”.
A morte da jovem grávida, depois da alegada recusa da companhia aérea Binter de transportar a doente, está a suscitar uma avalanche de críticas contra o Governo e a transportadora aérea, nomeadamente as da presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição no país, que reagiu "com tristeza e indignação" a mais esta morte resultante das deficientes condições de transporte de doentes.
Numa publicação na sua página Facebook, a líder do maior partido da oposição, Janira Hopffer Almada, lamenta que haja pessoas a morrer “praticamente todas as semanas, porque não temos condições de transportar os nossos doentes para os Hospitais Centrais ou Regionais”.
A presidente do PAICV questiona se ainda não chegou o momento de se garantir o dever de socorro, e se ainda não chegou o momento de o Governo se sentar à mesa com a Binter e negociar esta questão.
Em comunicado emitido ao início da noite de domingo, o Governo informa que irá instituir um inquérito para apurar a verdade e o cabal esclarecimento da situação.
O executivo de Ulisses Correia e Silva (primeiro-ministro) lamenta, por outro lado, o falecimento da jovem grávida, Eloisa Tavares Correia, ocorrido a 23 de junho corrente no hospital da ilha do Sal.
“É momento de, em primeiro lugar, se prestar todo o apoio e solidariedade à família enlutada e endereçar as mais sentidas condolências”, lê-se no documento.
As evacuações, em condições precárias, por via marítima, têm sido notícia, seja por recusa de transporte, por parte da empresa que assegura as ligações entre as ilhas do arquipélago, seja por inexistência de alternativas.
Em maio último, uma outra gestante, evacuada da Boavista para a ilha do Sal por barco, acabou por perder o bebé.
No mesmo período, um jovem na ilha da Boa Vista, atingido com uma bala na região do abdómen, foi evacuado para o Sal numa barco de pesca, depois de, alegadamente, a Binter se ter recusado a fazer o transporte do mesmo.
-0- PANA CS/DD 25junho2018
Esta chamada da atenção de Jorge Carlos Fonseca surgiu domingo na sequência do falecimento de uma mulher grávida, de 30 anos de idade, na madrugada de sábado último, no hospital do Sal, depois de evacuada um dia antes numa embarcação sem mínimas condições para o efeito, a partir da ilha da Boa Vista.
Conforme diversas fontes, a indicação do centro de saúde local seria de que a jovem, que apresentava um quadro muito crítico, fosse evacuada por via aérea, o que não aconteceu, porque, alegadamente, a transportadora aérea que atualmente assegura as ligações domésticas, em regime de monopólio, não se disponibilizou para tal.
Numa publicação na sua página Facebook, o Presidente cabo-verdiano considera que o que aconteceu na Boa Vista, independentemente dos contornos precisos dos factos e do apuramento rigoroso e atempado do acontecido, "é lastimável e de muita gravidade".
Por isso, ele realça que "não se pode esperar mais", lembrando que a questão das evacuações tem a ver com a vida de pessoas.
“Não sendo um caso único, deve merecer uma atenção particular da parte do Governo. Uma solução precisa de ser encontrada sem mais demoras, com urgência. Seja ela definitiva, o que pode levar tempo, seja transitória (pela via de acordos com a empresa de aviação), tratando-se de uma questão atinente à vida de pessoas, a solução deve ser encontrada rapidamente para se evitar a repetição de situações verdadeiramente irrazoáveis. Não se pode adiar mais”, martelou o chefe de Estado cabo-verdiano.
Jorge Carlos Fonseca afirma que a Presidência da República já abordou o problema com o Governo algumas vezes e por diferentes vias, “desde o início, desde a verificação do primeiro caso”.
A morte da jovem grávida, depois da alegada recusa da companhia aérea Binter de transportar a doente, está a suscitar uma avalanche de críticas contra o Governo e a transportadora aérea, nomeadamente as da presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição no país, que reagiu "com tristeza e indignação" a mais esta morte resultante das deficientes condições de transporte de doentes.
Numa publicação na sua página Facebook, a líder do maior partido da oposição, Janira Hopffer Almada, lamenta que haja pessoas a morrer “praticamente todas as semanas, porque não temos condições de transportar os nossos doentes para os Hospitais Centrais ou Regionais”.
A presidente do PAICV questiona se ainda não chegou o momento de se garantir o dever de socorro, e se ainda não chegou o momento de o Governo se sentar à mesa com a Binter e negociar esta questão.
Em comunicado emitido ao início da noite de domingo, o Governo informa que irá instituir um inquérito para apurar a verdade e o cabal esclarecimento da situação.
O executivo de Ulisses Correia e Silva (primeiro-ministro) lamenta, por outro lado, o falecimento da jovem grávida, Eloisa Tavares Correia, ocorrido a 23 de junho corrente no hospital da ilha do Sal.
“É momento de, em primeiro lugar, se prestar todo o apoio e solidariedade à família enlutada e endereçar as mais sentidas condolências”, lê-se no documento.
As evacuações, em condições precárias, por via marítima, têm sido notícia, seja por recusa de transporte, por parte da empresa que assegura as ligações entre as ilhas do arquipélago, seja por inexistência de alternativas.
Em maio último, uma outra gestante, evacuada da Boavista para a ilha do Sal por barco, acabou por perder o bebé.
No mesmo período, um jovem na ilha da Boa Vista, atingido com uma bala na região do abdómen, foi evacuado para o Sal numa barco de pesca, depois de, alegadamente, a Binter se ter recusado a fazer o transporte do mesmo.
-0- PANA CS/DD 25junho2018