PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano preocupado com dimensão da inseurança no país
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, considerou, sexta-feira, na cidade da Praia, que a dimensão de insegurança no país, está para além do "razoável ou suportável", exigindo a tomada de medidas "fortes e eficientes" para combater a criminalidade.
"Vivemos com uma dimensão de insegurança que está para além do comunitariamente razoável ou suportável. São níveis preocupantes e têm que ser tomadas medidas fortes e eficientes, no quadro do Estado de direito, para se reduzir esses níveis àquilo que é suportável comunitariamente", indignou-se Jorge Carlos Fonseca quando se pronunciava sobre o flagelo diante de jornalistas.
À margem de uma cerimónia para assinalar um ano de atividade do Tribunal Constitucional, oO chefe de Estado cabo-verdiano, que a 20 de outubro toma posse para um segundo mandato, revelou ter agendados para segunda-feira próxima encontros com os ministros da Justiça, Janine Lélis, e da Administração Interna, Paulo Rocha, para se inteirar sobre a situação atual destes dois setores.
Esses encontros, segundo ele, foram articulados com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e decorrem num contexto da realização do debate sobre o Estado da Justiça em Cabo Verde, marcado para a última semana de outubro.
"São políticas de competência do Governo, mas sempre vou entendendo que devemos investir nos meios logísticos, operacionais, técnicos e científicos das polícias, sobretudo das polícias de investigação criminal porque é um investimento sempre seguro", defendeu.
Segundo dados oficiais da Polícia Nacional (PN), no primeiro semestre de 2016, foram registados em Cabo Verde 36 homicídios, o dobro dos 18 registados no período homólogo de 2015.
A maioria destas mortes ocorreu na área do Comando Regional da Praia (29), das quais 15 registadas na capita, Praia, e 14 em São Domingos, município no interior da ilha de Santiago onde, em abril último, um militar assassinou, num destacamento das Forças Armadas, 11 pessoas, entre as quais oito soldados e três civis, destes últimos dois cidadãos espanhóis.
A divulgação do relatório anual do Ministério Público sobre o estado da justiça em Cabo Verde veio alertar para um aumento da criminalidade no país levando consequentemente o Governo a anunciar uma série de medidas.
O relatório, que engloba o período entre 1 de agosto de 2015 e 31 de julho de 2016, adianta que foram registados no país 120 homicídios.
No mesmo período, a criminalidade no país aumentou 6,7 porcento relativamente ao ano anterior, ainda segundo o mesmo documento que será discutido no Parlamento durante o debate sobre o estado da justiça no país.
Também fpram notados 504 crimes sexuais e mais de 13 mil crimes contra o património, sobretudo na cidade da Praia.
Face a esta situação, o Governo anunciou um "reforço extraordinário" de meios para as polícias nacionais e serviços prisionais orçado em cerca de quatro milhões de euros, verba a ser usada na aquisição de equipamentos de segurança e proteção pessoal e de meios rolantes para as polícias cabo-verdianas.
-0- PANA CS/DD 16out2016
"Vivemos com uma dimensão de insegurança que está para além do comunitariamente razoável ou suportável. São níveis preocupantes e têm que ser tomadas medidas fortes e eficientes, no quadro do Estado de direito, para se reduzir esses níveis àquilo que é suportável comunitariamente", indignou-se Jorge Carlos Fonseca quando se pronunciava sobre o flagelo diante de jornalistas.
À margem de uma cerimónia para assinalar um ano de atividade do Tribunal Constitucional, oO chefe de Estado cabo-verdiano, que a 20 de outubro toma posse para um segundo mandato, revelou ter agendados para segunda-feira próxima encontros com os ministros da Justiça, Janine Lélis, e da Administração Interna, Paulo Rocha, para se inteirar sobre a situação atual destes dois setores.
Esses encontros, segundo ele, foram articulados com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e decorrem num contexto da realização do debate sobre o Estado da Justiça em Cabo Verde, marcado para a última semana de outubro.
"São políticas de competência do Governo, mas sempre vou entendendo que devemos investir nos meios logísticos, operacionais, técnicos e científicos das polícias, sobretudo das polícias de investigação criminal porque é um investimento sempre seguro", defendeu.
Segundo dados oficiais da Polícia Nacional (PN), no primeiro semestre de 2016, foram registados em Cabo Verde 36 homicídios, o dobro dos 18 registados no período homólogo de 2015.
A maioria destas mortes ocorreu na área do Comando Regional da Praia (29), das quais 15 registadas na capita, Praia, e 14 em São Domingos, município no interior da ilha de Santiago onde, em abril último, um militar assassinou, num destacamento das Forças Armadas, 11 pessoas, entre as quais oito soldados e três civis, destes últimos dois cidadãos espanhóis.
A divulgação do relatório anual do Ministério Público sobre o estado da justiça em Cabo Verde veio alertar para um aumento da criminalidade no país levando consequentemente o Governo a anunciar uma série de medidas.
O relatório, que engloba o período entre 1 de agosto de 2015 e 31 de julho de 2016, adianta que foram registados no país 120 homicídios.
No mesmo período, a criminalidade no país aumentou 6,7 porcento relativamente ao ano anterior, ainda segundo o mesmo documento que será discutido no Parlamento durante o debate sobre o estado da justiça no país.
Também fpram notados 504 crimes sexuais e mais de 13 mil crimes contra o património, sobretudo na cidade da Praia.
Face a esta situação, o Governo anunciou um "reforço extraordinário" de meios para as polícias nacionais e serviços prisionais orçado em cerca de quatro milhões de euros, verba a ser usada na aquisição de equipamentos de segurança e proteção pessoal e de meios rolantes para as polícias cabo-verdianas.
-0- PANA CS/DD 16out2016