PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano preconiza maior definição de prioridades para Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, pediu, quarta-feira, maior definição de prioridades e melhor comunicação com a população, apesar de reconhecer o esforço do Governo cabo-verdiano para melhorar a situação económica, promover o emprego e dialogar com parceiros sociais.
No seu discurso alusivo ao 42º aniversário da independência de Cabo Verde, obtida a 05 de julho de 1975, Jorge Carlos Fonseca alertou que "não se pode ignorar que os níveis de ansiedade”, de parcelas importantes da população, “podem contribuir para alguma instabilidade" no país.
o chefe de Estado aludia a grandes dificuldades, nomeadamente o desemprego e suas consequências, baixos níveis de rendimento ou a insatisfação de reivindicações consideradas legítimas, por que passam populações.
"Igualmente há que ter em linha de conta que o sentimento de insegurança que afeta parte da população dos principais centros urbanos, aliado a investidas do crime organizado que teima em fazer do nosso país uma plataforma de tráficos ilícitos, constitui um perigo grave para a nossa estabilidade social", advertiu.
Jorge Carlos Fonseca assinalou que as expetativas das populações em relação à resolução dos seus problemas são muito elevadas e que a sua não solução imediata "gera ansiedade e descrença" na ação política.
"Considero, por isso, necessário intensificar o diálogo com as pessoas, particularmente as camadas que mais sofrem com grandes constrangimentos existentes e algum atraso na dinamização da economia", precisou.
Considerou que a previsão de crescimento de quatro porcento do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2017 indicia a retoma da economia, masnsiderou que “é insuficiente para as necessidades do país”.
Neste sentido, ele defendeu o desbloqueio do financiamento à economia "o mais rapidamente possível", salientando o facto do Banco de Cabo Verde ter dado, recentemente, alguns sinais positivos nesse sentido.
“Um dos grandes problemas reside no sistema bancário, que continua avesso ao risco", disse Jorge Carlos Fonseca, para quem "a ausência de alternativas institucionais e de diversificação no sistema financeiro nacional desencoraja a iniciativa privada que representa, globalmente, mais de 80 porcento do emprego em Cabo Verde".
Num dia marcado pela manifestação de um grupo de cidadãos na ilha de São Vicente contra o centralismo da capital, o Presidente cabo-verdiano defendeu ainda a necessidade de "se enfrentar, com alguma celeridade", a problemática da regionalização num ambiente de tranquilidade, democraticidade, sem medos ou fantasmas, e de forma alargada".
Na sua intervenção na sessão solene da Assembleia Nacional e que foi o ato central das comemorações do 42º aniversário da independência de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca,
defendeu também o respeito pelas minorias políticas.
A seu ver, o modo como as minorias, particularmente as políticas, são tratadas e respeitadas “é um importante indicador do grau de maturidade das democracias e da sociedade”.
A regionalização, democracia, cidadania, confiança e liberdade foram alguns dos temas que dominaram os discursos dos representantes dos partidos políticos com representação parlamentar, na sessão solene alusiva ao 05 de julho, Dia da Independência Nacional.
Na sua intervenção, a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição), Dora Pires, lembrou que, nas suas linhas orientadoras, o seu partido propõe “não perder de vista” os reais interesses e necessidades dos Cabo-verdianos.
Neste sentido, considerou que a regionalização do país é “incontornável para o desenvolvimento de ilhas” e que "é preciso aprofundar-se, de forma séria”, o debate interno sobre todas as questões que se impõem a este respeito entre os partidos políticos e toda a sociedade civil.
Por sua vez, a líder do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), Janira Hopffer Almada, frisou que os 42 anos de independência nacional conferem aos Cabo-verdianos um país “sólido”, por tudo que foi construído, resultado da continuidade histórica dos referenciais físicos e geográficos, económicos, culturais, sociais e políticos.
“Fruto do significado maior da independência nacional, temos um Estado estruturado, maduro, consolidado e respeitado, balizando o exercício da cidadania e da democracia. E é assim que vamos assegurando, cada vez mais, as nossas ambições, reivindicando mais e melhor”, salientou.
Na sua ótica, é preciso ter-se presentes, também, alguns sinais “preocupantes do novo tempo político governativo” que se vive desde março de 2016, com a vitória do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) nas então eleições legislativas.
-0- PANA CS/DD 06julho2017
No seu discurso alusivo ao 42º aniversário da independência de Cabo Verde, obtida a 05 de julho de 1975, Jorge Carlos Fonseca alertou que "não se pode ignorar que os níveis de ansiedade”, de parcelas importantes da população, “podem contribuir para alguma instabilidade" no país.
o chefe de Estado aludia a grandes dificuldades, nomeadamente o desemprego e suas consequências, baixos níveis de rendimento ou a insatisfação de reivindicações consideradas legítimas, por que passam populações.
"Igualmente há que ter em linha de conta que o sentimento de insegurança que afeta parte da população dos principais centros urbanos, aliado a investidas do crime organizado que teima em fazer do nosso país uma plataforma de tráficos ilícitos, constitui um perigo grave para a nossa estabilidade social", advertiu.
Jorge Carlos Fonseca assinalou que as expetativas das populações em relação à resolução dos seus problemas são muito elevadas e que a sua não solução imediata "gera ansiedade e descrença" na ação política.
"Considero, por isso, necessário intensificar o diálogo com as pessoas, particularmente as camadas que mais sofrem com grandes constrangimentos existentes e algum atraso na dinamização da economia", precisou.
Considerou que a previsão de crescimento de quatro porcento do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2017 indicia a retoma da economia, masnsiderou que “é insuficiente para as necessidades do país”.
Neste sentido, ele defendeu o desbloqueio do financiamento à economia "o mais rapidamente possível", salientando o facto do Banco de Cabo Verde ter dado, recentemente, alguns sinais positivos nesse sentido.
“Um dos grandes problemas reside no sistema bancário, que continua avesso ao risco", disse Jorge Carlos Fonseca, para quem "a ausência de alternativas institucionais e de diversificação no sistema financeiro nacional desencoraja a iniciativa privada que representa, globalmente, mais de 80 porcento do emprego em Cabo Verde".
Num dia marcado pela manifestação de um grupo de cidadãos na ilha de São Vicente contra o centralismo da capital, o Presidente cabo-verdiano defendeu ainda a necessidade de "se enfrentar, com alguma celeridade", a problemática da regionalização num ambiente de tranquilidade, democraticidade, sem medos ou fantasmas, e de forma alargada".
Na sua intervenção na sessão solene da Assembleia Nacional e que foi o ato central das comemorações do 42º aniversário da independência de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca,
defendeu também o respeito pelas minorias políticas.
A seu ver, o modo como as minorias, particularmente as políticas, são tratadas e respeitadas “é um importante indicador do grau de maturidade das democracias e da sociedade”.
A regionalização, democracia, cidadania, confiança e liberdade foram alguns dos temas que dominaram os discursos dos representantes dos partidos políticos com representação parlamentar, na sessão solene alusiva ao 05 de julho, Dia da Independência Nacional.
Na sua intervenção, a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição), Dora Pires, lembrou que, nas suas linhas orientadoras, o seu partido propõe “não perder de vista” os reais interesses e necessidades dos Cabo-verdianos.
Neste sentido, considerou que a regionalização do país é “incontornável para o desenvolvimento de ilhas” e que "é preciso aprofundar-se, de forma séria”, o debate interno sobre todas as questões que se impõem a este respeito entre os partidos políticos e toda a sociedade civil.
Por sua vez, a líder do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), Janira Hopffer Almada, frisou que os 42 anos de independência nacional conferem aos Cabo-verdianos um país “sólido”, por tudo que foi construído, resultado da continuidade histórica dos referenciais físicos e geográficos, económicos, culturais, sociais e políticos.
“Fruto do significado maior da independência nacional, temos um Estado estruturado, maduro, consolidado e respeitado, balizando o exercício da cidadania e da democracia. E é assim que vamos assegurando, cada vez mais, as nossas ambições, reivindicando mais e melhor”, salientou.
Na sua ótica, é preciso ter-se presentes, também, alguns sinais “preocupantes do novo tempo político governativo” que se vive desde março de 2016, com a vitória do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) nas então eleições legislativas.
-0- PANA CS/DD 06julho2017