PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano lamenta ausência de ato oficial no Dia dos Heróis Macionais
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, lamentou que o 20 de janeiro, Dia dos Heróis Nacionais, não tenha sido assinalado com a tradicional deposição de coroa de flores no monumento à Amílcar Cabral, considerado o pai das independências do arquipêlago e da Guiné-Bissau.
“Como se sabe, é uma cerimónia realizada pelo Protocolo Geral do Estado a que sou convidado a presidir e recebi uma comunicação de que não seria possível (a cerimónia de deposição de flores) porque estão em curso no local obras da Câmara Municipal da Praia”, precisou o chefe de Estado cabo-verdiano em declarações à imprensa.
Jorge Carlos Fonseca acrescentou que ainda pôde perguntar a uma das suas colaboradoras se não havia outra alternativa no sentido de se realizar o ato apesar das limitações impostas pelas obras que o município da capital realiza nas imediações do memorial Amílcar Cabral.
Instado se não se podia programar as obras, de modo a não interferirem com a cerimónia que se realiza todos os anos no referido local, Fonseca respondeu que "presumo sempre que as pessoas têm boas intenções".
"Não posso presumir que nenhuma entidade pública ou privada faça as coisas com má intenção. Posso admitir que pode haver falhas e que se pudesse encontrar alternativas”, disse.
Confrontado com a opinião que vem sendo manifestada por alguns jovens presentes de que não tem sido dada a devida atenção ao Dia dos Heróis e, também, data do assassinato de Cabral, a 20 de janeiro de 1973, em Conakry, na Guiné-Conakry, ele reconheceu que, efetivamente, se pode “dar mais atenção” a essa efeméride.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, o 20 de janeiro é o dia em que se recorda de um conjunto de pessoas que, representando as “aspirações profundas do povo de Cabo Verde, conseguiram com muito sacrifício pessoal e muita tenacidade e determinação superar a situação a que o país estava submetido, que era uma colónia portuguesa”.
“É a sétima vez que comemoramos o 20 de janeiro, dando-lhe a designação de Semana da República. Procuramos, pedagogicamente, fazer as pessoas ver que temos uma história. A história tem momentos mais altos e menos altos”, considerou ainda o Presidente cabo-verdiano.
Jorge Fonseca presidia ao encerramento do ato de homenagem a 25 combatentes da liberdade da pátria, promovido sábado pela Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP).
Ele frisou que o país avançou “bastante”, destacando, contudo, a “fragilidade” da economia nacional, da precariedade em que vivem ainda muitos Cabo-verdianos e das “grandes desigualdades sociais e regionais que ainda persistem.
“Fez-se um percurso positivo até ao presente. Etapas muito importantes foram ultrapassadas, mas ainda estamos longe de atingir as metas almejadas”, sublinhou.
No dia em que se assinala os 45 anos do assassinato de Amílcar Cabral, o Presidente da República considerou que o desenvolvimento que permita que cada cidadão tenha o necessário para viver e o aprimoramento das instituições do Estado são objetivos “primordiais” que têm sido “perseguidos com muita determinação”.
Para o Presidente da República, celebrar os heróis nacionais é um ato de “gratidão e de reconhecimento”, mas também de reforço dos valores fundamentais para que os desígnios nacionais possam ser vivificados, assumidos e realizados.
Realçou que nesses 45 anos “muita coisa aconteceu”, nomeadamente o projeto de unidade com a Guiné-Bissau, um dos sonhos de Amílcar Cabral que, porém, se desvaneceu.
“Mas, a partir do sacrifício de muitos combatentes, tendo alguns, como Cabral, oferecido a própria vida, e da inesgotável energia do povo, foi-se erguendo um Estado em cuja viabilidade muitos não acreditavam”, salientou, observando que se edificou um país que se foi impondo na arena internacional.
-0- PANA CS/IZ 21jan2018
“Como se sabe, é uma cerimónia realizada pelo Protocolo Geral do Estado a que sou convidado a presidir e recebi uma comunicação de que não seria possível (a cerimónia de deposição de flores) porque estão em curso no local obras da Câmara Municipal da Praia”, precisou o chefe de Estado cabo-verdiano em declarações à imprensa.
Jorge Carlos Fonseca acrescentou que ainda pôde perguntar a uma das suas colaboradoras se não havia outra alternativa no sentido de se realizar o ato apesar das limitações impostas pelas obras que o município da capital realiza nas imediações do memorial Amílcar Cabral.
Instado se não se podia programar as obras, de modo a não interferirem com a cerimónia que se realiza todos os anos no referido local, Fonseca respondeu que "presumo sempre que as pessoas têm boas intenções".
"Não posso presumir que nenhuma entidade pública ou privada faça as coisas com má intenção. Posso admitir que pode haver falhas e que se pudesse encontrar alternativas”, disse.
Confrontado com a opinião que vem sendo manifestada por alguns jovens presentes de que não tem sido dada a devida atenção ao Dia dos Heróis e, também, data do assassinato de Cabral, a 20 de janeiro de 1973, em Conakry, na Guiné-Conakry, ele reconheceu que, efetivamente, se pode “dar mais atenção” a essa efeméride.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, o 20 de janeiro é o dia em que se recorda de um conjunto de pessoas que, representando as “aspirações profundas do povo de Cabo Verde, conseguiram com muito sacrifício pessoal e muita tenacidade e determinação superar a situação a que o país estava submetido, que era uma colónia portuguesa”.
“É a sétima vez que comemoramos o 20 de janeiro, dando-lhe a designação de Semana da República. Procuramos, pedagogicamente, fazer as pessoas ver que temos uma história. A história tem momentos mais altos e menos altos”, considerou ainda o Presidente cabo-verdiano.
Jorge Fonseca presidia ao encerramento do ato de homenagem a 25 combatentes da liberdade da pátria, promovido sábado pela Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP).
Ele frisou que o país avançou “bastante”, destacando, contudo, a “fragilidade” da economia nacional, da precariedade em que vivem ainda muitos Cabo-verdianos e das “grandes desigualdades sociais e regionais que ainda persistem.
“Fez-se um percurso positivo até ao presente. Etapas muito importantes foram ultrapassadas, mas ainda estamos longe de atingir as metas almejadas”, sublinhou.
No dia em que se assinala os 45 anos do assassinato de Amílcar Cabral, o Presidente da República considerou que o desenvolvimento que permita que cada cidadão tenha o necessário para viver e o aprimoramento das instituições do Estado são objetivos “primordiais” que têm sido “perseguidos com muita determinação”.
Para o Presidente da República, celebrar os heróis nacionais é um ato de “gratidão e de reconhecimento”, mas também de reforço dos valores fundamentais para que os desígnios nacionais possam ser vivificados, assumidos e realizados.
Realçou que nesses 45 anos “muita coisa aconteceu”, nomeadamente o projeto de unidade com a Guiné-Bissau, um dos sonhos de Amílcar Cabral que, porém, se desvaneceu.
“Mas, a partir do sacrifício de muitos combatentes, tendo alguns, como Cabral, oferecido a própria vida, e da inesgotável energia do povo, foi-se erguendo um Estado em cuja viabilidade muitos não acreditavam”, salientou, observando que se edificou um país que se foi impondo na arena internacional.
-0- PANA CS/IZ 21jan2018