PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano intercede a favor de religioso detido no Togo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente da Republica de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, enviou uma mensagem ao seu homólogo do Togo, Faure Gnassingbé, com o propósito de se inteirar da evolução do caso que envolve o pastor cabo-verdiano da Igreja Adventista do Sétimo Dia, António Monteiro dos Anjos, detido neste país desde 12 de março de 2012.
Segundo uma fonte oficial, o pastor foi detido por alegado envolvimento numa rede de tráfico de sangue e órgãos humanos.
A mensagem de Fonseca, a ser entregue ao chefe de Estado togolês pelo embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, António Lima, foi enviada terça-feira na sequência de um encontro entre os dois Presidentes, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro último, quando este assunto foi abordado pelos dois estadistas.
A detenção do religioso cabo-verdiano, que se diz inocente das acusações que lhe são feitas pela Justiça togolesa, tem levado a uma sucessão de contactos entre a Presidência da República, o Governo cabo-verdiano, as autoridades do Togo, representantes da Igreja Adventista e familiares do pastor Anjos.
O religioso, natural de Cabo Verde, trabalhava como diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal para a União Missão do Sahel, com sede em Lomé, Togo, desde 2009.
Ele foi detido pelas autoridades togolesas por alegada “conspiração para cometer assassinato”, depois de um homem togolês o ter acusado, com mais dois outros cristãos, um deles também adventista, de conspiração numa suposta rede de tráfico de sangue e órgãos humanos.
O acusador, que conheceu o pastor nas suas lides religiosas, já teria confessado o assassinato de cerca de 20 jovens, alegando que trabalhava para um esquema criminoso de tráfico de sangue humano.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma organização religiosa cristã com mais de cinco mil e 300 membros no Togo e perto de 880 mil na sua Divisão da África Centro-Ocidental, sustenta que, passado mais de um ano, não há provas que confirmem a acusação que pesa sobre o pastor António Anjos, e que o mesmo é inocente e está preso sem culpa formada.
Em meados de setembro passado, os líderes da Igreja se reuniram com representantes do Governo do Togo para agilizar o caso.
O grupo incluía Gilbert Wari, presidente da Divisão Centro-Ocidental Africana, que supervisiona o trabalho da Igreja no Togo; John Graz, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa para a Igreja Adventista a nível mundial; e um advogado da União Missão do Sahel, entidade da Igreja Adventista.
"[A advogada] está muito esperançosa. Ela disse que a nossa visita criou um forte impacto sobre o Governo", disse Wari.
"Primeiramente, pudemos ver que o Governo pensava que estavam lidando com uma pequena igreja de esquina, mas agora, com este nível de apoio e mobilização, vêem que a Igreja Adventista é uma Igreja de abrangência mundial", disse.
O pastor adventista está detido na prisão civil de Lomé, onde Monteiro já recebeu a visita de familiares e de outras entidades e instituições que se interessaram pelo seu caso.
-0- PANA CS/IZ 10jul2013
Segundo uma fonte oficial, o pastor foi detido por alegado envolvimento numa rede de tráfico de sangue e órgãos humanos.
A mensagem de Fonseca, a ser entregue ao chefe de Estado togolês pelo embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, António Lima, foi enviada terça-feira na sequência de um encontro entre os dois Presidentes, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro último, quando este assunto foi abordado pelos dois estadistas.
A detenção do religioso cabo-verdiano, que se diz inocente das acusações que lhe são feitas pela Justiça togolesa, tem levado a uma sucessão de contactos entre a Presidência da República, o Governo cabo-verdiano, as autoridades do Togo, representantes da Igreja Adventista e familiares do pastor Anjos.
O religioso, natural de Cabo Verde, trabalhava como diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal para a União Missão do Sahel, com sede em Lomé, Togo, desde 2009.
Ele foi detido pelas autoridades togolesas por alegada “conspiração para cometer assassinato”, depois de um homem togolês o ter acusado, com mais dois outros cristãos, um deles também adventista, de conspiração numa suposta rede de tráfico de sangue e órgãos humanos.
O acusador, que conheceu o pastor nas suas lides religiosas, já teria confessado o assassinato de cerca de 20 jovens, alegando que trabalhava para um esquema criminoso de tráfico de sangue humano.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma organização religiosa cristã com mais de cinco mil e 300 membros no Togo e perto de 880 mil na sua Divisão da África Centro-Ocidental, sustenta que, passado mais de um ano, não há provas que confirmem a acusação que pesa sobre o pastor António Anjos, e que o mesmo é inocente e está preso sem culpa formada.
Em meados de setembro passado, os líderes da Igreja se reuniram com representantes do Governo do Togo para agilizar o caso.
O grupo incluía Gilbert Wari, presidente da Divisão Centro-Ocidental Africana, que supervisiona o trabalho da Igreja no Togo; John Graz, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa para a Igreja Adventista a nível mundial; e um advogado da União Missão do Sahel, entidade da Igreja Adventista.
"[A advogada] está muito esperançosa. Ela disse que a nossa visita criou um forte impacto sobre o Governo", disse Wari.
"Primeiramente, pudemos ver que o Governo pensava que estavam lidando com uma pequena igreja de esquina, mas agora, com este nível de apoio e mobilização, vêem que a Igreja Adventista é uma Igreja de abrangência mundial", disse.
O pastor adventista está detido na prisão civil de Lomé, onde Monteiro já recebeu a visita de familiares e de outras entidades e instituições que se interessaram pelo seu caso.
-0- PANA CS/IZ 10jul2013