PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano destaca desenvolvimento de país em 40 anos de independência
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, destacou, domingo, na cidade da Praia, o desenvolvimento do seu país em 40 anos de independência.
Jorge Carlos Fonseca, que falava na sessão solene da Assembleia Nacional (Parlamento) comemoraativa do 40º Aniversário da Independência Nacional, disse que, em 1975 (ano da proclamação deste independência), Cabo Verde era considerado, por muitos, como um “país inviável” mas que "hoje é um país de desenvolvimento médio”.
Sublinhou que, volvidas quatro décadas, para além de ser um país “estável”, Cabo Verde registou progressos assinaláveis em termos de aumento da esperança de vida, e que deu passos significativos nos setores da saúde, da redução da mortalidade materna e infantil materna, do acesso à água, energia, habitação, saneamento básico.
A seu ver, estes fatores todos contribuíram para a melhoria das condições de vida dos Cabo-verdianos.
“Demos passos de gigante na educação. Praticamente eliminámos o analfabetismo, tornámos numa realidade o acesso de todas as crianças ao ensino básico, generalizámos o ensino secundário e, mais recentemente, desenvolvemos o ensino superior”, regozijou-se o chefe de Estado cabo-verdiano.
Ainda no domínio do ensino, Jorge Carlos Fonseca aponta igualmente que “o número importante de quadros com formação superior, tanto nas áreas técnicas como nas humanísticas, é já considerável e que constitui um ativo muito importante para a continuidade do nosso desenvolvimento”.
O estadista recordou que o arquipélago cabo-verdiano registou um aumento elevado da esperança de vida das populações, que passou de “60 anos, em 1960, para 75 anos em 2014”.
Na sua ótica, os trabalhos realizados desde a independência e que contribuíram para a construção de um país que “partiu do zero” para um país “estável” podem parecer “irrelevantes” para os que habitam países com instituições já antigas e bem arreigadas no tecido social.
“Mas garantir a estabilidade de um país de reduzidas dimensões, recém-independente, extremamente pobre e sem recursos, foi um feito essencial que condicionou tudo o que conseguimos alcançar nos anos que se seguiram à independência”, sintetizou.
Jorge Carlos Fonseca considera que o caminho percorrido tem sido “árduo”, por vezes “sinuoso”, mas “criativo e afirmativo”.
Entretanto, o chefe de Estado cabo-verdiano exortou a todos os compatriotas a assumirem, com frontalidade, os desafios que o país ainda enfrenta e que merecem ser cuidadosamente analisados, neste atual contexto internacional desfavorável.
“Avançámos muito, mas como sempre acontece, o progresso coloca desafios que impõem novas indagações, esboça novas metas e proporciona novas oportunidades”, indicou, sublinhando que, para que a dinâmica desses processo seja compreendida e, se possível, influenciada, é preciso identificar os desafios maiores.
Mencionou desigualdades na distribuição de rendimentos e da riqueza como sendo um dos desafios que requerem uma “ação firme” dos poderes públicos, para evitarem que se transformem em um fator de “perturbação e de clivagem social.
Jorge Carlos Fonseca apontou ainda as “desigualdades regionais” como um “grande desafio a que se deve fazer frente”, já que determinados municípios “lutam com dificuldades homéricas” nas áreas dos recursos materiais e humanos, que “condicionam” o seu processo de desenvolvimento.
O desemprego, que atinge uma franja significativa da força laboral, com destaque para os jovens, a criminalidade e a violência que estão a “corroer a paz social” e a condicionar “fortemente” a liberdade das pessoas, o tráfico e consumo de drogas, incluindo o álcool, e a “descrença” nas instituições, são, na opinião de Jorge Carlos Fonseca, “sintomas” que merecem ser “cuidadosamente” analisados.
“Devemos criar, a partir de dentro, condições para aumentarmos os fluxos externos de investimentos e comércio. É esse o único caminho que nos é facultado. Desenvolver as nossas exportações de bens, mas sobretudo, de serviços, do setor onde podemos competir em certos segmentos já sobejamente identificados”, considerou.
No entender do Presidente da República, Cabo Verde tem que dar continuidade e “aprofundar as reformas de fundo” já iniciadas e encentrar as que ainda estão por iniciar, sendo que, frisou, uma delas é a do Estado, em todas as suas vertentes, com o objetivo de o transformar em um “servidor da sociedade e não um fim em si”.
-0- PANA CS/DD 06jul2015
Jorge Carlos Fonseca, que falava na sessão solene da Assembleia Nacional (Parlamento) comemoraativa do 40º Aniversário da Independência Nacional, disse que, em 1975 (ano da proclamação deste independência), Cabo Verde era considerado, por muitos, como um “país inviável” mas que "hoje é um país de desenvolvimento médio”.
Sublinhou que, volvidas quatro décadas, para além de ser um país “estável”, Cabo Verde registou progressos assinaláveis em termos de aumento da esperança de vida, e que deu passos significativos nos setores da saúde, da redução da mortalidade materna e infantil materna, do acesso à água, energia, habitação, saneamento básico.
A seu ver, estes fatores todos contribuíram para a melhoria das condições de vida dos Cabo-verdianos.
“Demos passos de gigante na educação. Praticamente eliminámos o analfabetismo, tornámos numa realidade o acesso de todas as crianças ao ensino básico, generalizámos o ensino secundário e, mais recentemente, desenvolvemos o ensino superior”, regozijou-se o chefe de Estado cabo-verdiano.
Ainda no domínio do ensino, Jorge Carlos Fonseca aponta igualmente que “o número importante de quadros com formação superior, tanto nas áreas técnicas como nas humanísticas, é já considerável e que constitui um ativo muito importante para a continuidade do nosso desenvolvimento”.
O estadista recordou que o arquipélago cabo-verdiano registou um aumento elevado da esperança de vida das populações, que passou de “60 anos, em 1960, para 75 anos em 2014”.
Na sua ótica, os trabalhos realizados desde a independência e que contribuíram para a construção de um país que “partiu do zero” para um país “estável” podem parecer “irrelevantes” para os que habitam países com instituições já antigas e bem arreigadas no tecido social.
“Mas garantir a estabilidade de um país de reduzidas dimensões, recém-independente, extremamente pobre e sem recursos, foi um feito essencial que condicionou tudo o que conseguimos alcançar nos anos que se seguiram à independência”, sintetizou.
Jorge Carlos Fonseca considera que o caminho percorrido tem sido “árduo”, por vezes “sinuoso”, mas “criativo e afirmativo”.
Entretanto, o chefe de Estado cabo-verdiano exortou a todos os compatriotas a assumirem, com frontalidade, os desafios que o país ainda enfrenta e que merecem ser cuidadosamente analisados, neste atual contexto internacional desfavorável.
“Avançámos muito, mas como sempre acontece, o progresso coloca desafios que impõem novas indagações, esboça novas metas e proporciona novas oportunidades”, indicou, sublinhando que, para que a dinâmica desses processo seja compreendida e, se possível, influenciada, é preciso identificar os desafios maiores.
Mencionou desigualdades na distribuição de rendimentos e da riqueza como sendo um dos desafios que requerem uma “ação firme” dos poderes públicos, para evitarem que se transformem em um fator de “perturbação e de clivagem social.
Jorge Carlos Fonseca apontou ainda as “desigualdades regionais” como um “grande desafio a que se deve fazer frente”, já que determinados municípios “lutam com dificuldades homéricas” nas áreas dos recursos materiais e humanos, que “condicionam” o seu processo de desenvolvimento.
O desemprego, que atinge uma franja significativa da força laboral, com destaque para os jovens, a criminalidade e a violência que estão a “corroer a paz social” e a condicionar “fortemente” a liberdade das pessoas, o tráfico e consumo de drogas, incluindo o álcool, e a “descrença” nas instituições, são, na opinião de Jorge Carlos Fonseca, “sintomas” que merecem ser “cuidadosamente” analisados.
“Devemos criar, a partir de dentro, condições para aumentarmos os fluxos externos de investimentos e comércio. É esse o único caminho que nos é facultado. Desenvolver as nossas exportações de bens, mas sobretudo, de serviços, do setor onde podemos competir em certos segmentos já sobejamente identificados”, considerou.
No entender do Presidente da República, Cabo Verde tem que dar continuidade e “aprofundar as reformas de fundo” já iniciadas e encentrar as que ainda estão por iniciar, sendo que, frisou, uma delas é a do Estado, em todas as suas vertentes, com o objetivo de o transformar em um “servidor da sociedade e não um fim em si”.
-0- PANA CS/DD 06jul2015