PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano descarta crise face à contestação de estatuto dos políticos
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, descartou terça-feira, na cidade da Praia, a possibilidade de qualquer cenário de crise no país devida à contestação social do estatuto dos titulares de cargos políticos, recentemente aprovado pelo Parlamento, apurou a PANA de fonte oficial.
Jorge Carlos Fonseca, que falava a jornalistas na cidade da Praia após ter presidido à cerimónia de celebração do Dia Mundial da Saúde, considerou "normal" a aprovação de medidas que não sejam do agrado de todos, como é caso do referido estatuto alvo de muita contestação popular, sobretudo por prever um aumento de 64 porcento no vencimento dos titulares de cargos políticos.
Os protestadores exigem de Jorge Carlos Fonseca para exercer o seu poder de veto de modo a que o diploma seja devolvido aos deputados para uma nova apreciação.
O chefe de Estado tem um mês para decidir se veta ou promulga o diploma mas, em caso de veto, este regressa à Assembleia Nacional (AN), mas se voltar a ser aprovado pela maioria qualificada dos 72 deputados que compõe a casa de leis, este último vai ser obrigado a ratificá-lo.
Para o Presidente cabo-verdiano, a gestão desta situação de contestação de uma medida tomada por unanimidade pelos deputados será tratada de forma normal e "com toda a tranquilidade".
"O Presidente da República é eleito para isso, para manter o equilíbrio, a estabilidade institucional, garantir o normal funcionamento das instituições democráticas e ajudar para que se resolvam os problemas do país. Mas sem drama nenhum, com toda a tranquilidade e no momento próprio decidirei", precisou.
Jorge Carlos Fonseca disse que vai ouvir e conversar com as pessoas e pensar para depois decidir se veta ou promulga o estatuto.
"Não haverá nenhuma crise no país por causa disso. Os Cabo-verdianos podem estar absolutamente tranquilos”, garantiu o estadista achando "normal que haja medidas que não agradem a toda a gente, “mas a democracia é mesmo assim".
O Presidente cabo-verdiano comentou ainda o recente estudo de opinião publicado pela Afrosondagem e que mostra uma descredibilização da classe política e dos órgãos do poder junto dos Cabo-verdianos.
Jorge Carlos Fonseca disse, a propósito, conhecer mais três estudos que têm dados "um pouco diferentes", garantindo que estará atento e fará “uma análise fria e tranquila dos dados que nos são oferecidos pelos estudos de opinião e que merecem respeito".
Segundo o estudo que se refere ano de 2014, para 70 dos Cabo-verdianos, a grande maioria dos políticos locais preocupam-se mais em servir os interesses pessoais do que os do país.
No entanto, o diretor da Afrosondagem, José Semedo, admitiu que esta percentagem "seria seguramente mais alta" se o estudo fosse feito após os protestos de movimentos cívicos contra o aumento dos salários dos políticos no arquipélago cabo-verdiano.
-0- PANA CS/DD 08abr2015
Jorge Carlos Fonseca, que falava a jornalistas na cidade da Praia após ter presidido à cerimónia de celebração do Dia Mundial da Saúde, considerou "normal" a aprovação de medidas que não sejam do agrado de todos, como é caso do referido estatuto alvo de muita contestação popular, sobretudo por prever um aumento de 64 porcento no vencimento dos titulares de cargos políticos.
Os protestadores exigem de Jorge Carlos Fonseca para exercer o seu poder de veto de modo a que o diploma seja devolvido aos deputados para uma nova apreciação.
O chefe de Estado tem um mês para decidir se veta ou promulga o diploma mas, em caso de veto, este regressa à Assembleia Nacional (AN), mas se voltar a ser aprovado pela maioria qualificada dos 72 deputados que compõe a casa de leis, este último vai ser obrigado a ratificá-lo.
Para o Presidente cabo-verdiano, a gestão desta situação de contestação de uma medida tomada por unanimidade pelos deputados será tratada de forma normal e "com toda a tranquilidade".
"O Presidente da República é eleito para isso, para manter o equilíbrio, a estabilidade institucional, garantir o normal funcionamento das instituições democráticas e ajudar para que se resolvam os problemas do país. Mas sem drama nenhum, com toda a tranquilidade e no momento próprio decidirei", precisou.
Jorge Carlos Fonseca disse que vai ouvir e conversar com as pessoas e pensar para depois decidir se veta ou promulga o estatuto.
"Não haverá nenhuma crise no país por causa disso. Os Cabo-verdianos podem estar absolutamente tranquilos”, garantiu o estadista achando "normal que haja medidas que não agradem a toda a gente, “mas a democracia é mesmo assim".
O Presidente cabo-verdiano comentou ainda o recente estudo de opinião publicado pela Afrosondagem e que mostra uma descredibilização da classe política e dos órgãos do poder junto dos Cabo-verdianos.
Jorge Carlos Fonseca disse, a propósito, conhecer mais três estudos que têm dados "um pouco diferentes", garantindo que estará atento e fará “uma análise fria e tranquila dos dados que nos são oferecidos pelos estudos de opinião e que merecem respeito".
Segundo o estudo que se refere ano de 2014, para 70 dos Cabo-verdianos, a grande maioria dos políticos locais preocupam-se mais em servir os interesses pessoais do que os do país.
No entanto, o diretor da Afrosondagem, José Semedo, admitiu que esta percentagem "seria seguramente mais alta" se o estudo fosse feito após os protestos de movimentos cívicos contra o aumento dos salários dos políticos no arquipélago cabo-verdiano.
-0- PANA CS/DD 08abr2015