PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano considera “muito positiva” coabitação com Governo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, considerou terça-feira que os três anos de coabitação política com o Governo de uma cor politica diferente daquela que o apoiou nas eleições presidenciais de 2011 tem sido "muito positiva".
Segundo Jorge Carlos Fonseca, que assinalou terça-feira o terceiro aniversário da sua tomada de posse como chefe de Estado, acrescentou que esta coabitação e tem também contribuído para maior dinâmica e amadurecimento do sistema democrático do arquipélago.
Ele foi investido depois de vencer, na segunda volta do escrutínio, com o apoio do Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição), o candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), Manuel Inocêncio Sousa.
Recordou que a experiência que Cabo Verde está a viver, em que um chefe de Estado foi eleito seis meses após as legislativas, ganhas pelo PAICV, partido que sustenta o Governo
“é nova”, uma vez que, desde a instauração do regime pluralista em Cabo Verde, em 1991, todos os Presidentes da República foram eleitos com o apoio da força política no poder.
Em conferência de imprensa para fazer o balanço dos três anos de mandato como Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca disse que a sua relação com o primeiro-ministro José Maria Neves tem sido "normal" já que até agora nunca houve uma crise política de relevante entre os dois.
“O país funciona com normalidade, há estabilidade politica, há estabilidade institucional", assegurou o chefe de Estado cabo-verdiano, reconhecendo, entretanto, que já houve falta de sintonia por determinada questão entre o Presidente e primeiro-ministro.
"Mas isso é normal. Creio sim que seria um mau sinal se eu e o PM estivéssemos sempre de acordo, não houvesse contraditório".
José Carlos Fonseca garantiu ainda que da sua parte tem procurado assegurar uma cooperação institucional permanente, ideal, positiva e construtiva.
O quarto Presidente eleito em 39 anos de independência de Cabo Verde, a 05 de julho de 1975, depois de Aristides Pereira (1975/1991, já falecido), António Mascarenhas Monteiro (1991/2001) e Pedro Pires (2001/2011), destacou como notas mais salientes nos três anos de poder a sua capacidade de influenciação e de sugestão para a tomada de algumas decisões e a contribuição para o reforço da Constituição.
"Hoje, fala-se muito mais da Constituição da República de Cabo Verde do que há três anos", frisou, destacando os pedidos feitos por ele de fiscalização preventiva de algumas normas de leis aprovados pelo Governo e pelo Parlamento.
Em relação a alguns problemas que ainda o país enfrenta, como a pobreza, o desemprego e insegurança, o chefe de Estado cabo-verdiano disse entender que é preciso "esforço, determinação e políticas públicas" do Governo no sentido de resolvê-los, mas que também cabe ao Presidente acompanhar e ajudar nessa tarefa.
Jorge Carlos Fonseca avançou que nos próximos dois anos de mandato que lhe falta ainda cumprir, ele vai continuar a ser "um Presidente junto das pessoas", para fazer jus ao lema da campanha eleitoral, e contribuir para que Cabo Verde seja um país cada vez mais livre, democrático, competitivo e com menos desigualdades sociais.
"No fundo, contribuir para que, num prazo não muito longo, Cabo Verde possa ser, de facto, um país desenvolvido", precisou.
-0- PANA CS/IZ 10set2014
Segundo Jorge Carlos Fonseca, que assinalou terça-feira o terceiro aniversário da sua tomada de posse como chefe de Estado, acrescentou que esta coabitação e tem também contribuído para maior dinâmica e amadurecimento do sistema democrático do arquipélago.
Ele foi investido depois de vencer, na segunda volta do escrutínio, com o apoio do Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição), o candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), Manuel Inocêncio Sousa.
Recordou que a experiência que Cabo Verde está a viver, em que um chefe de Estado foi eleito seis meses após as legislativas, ganhas pelo PAICV, partido que sustenta o Governo
“é nova”, uma vez que, desde a instauração do regime pluralista em Cabo Verde, em 1991, todos os Presidentes da República foram eleitos com o apoio da força política no poder.
Em conferência de imprensa para fazer o balanço dos três anos de mandato como Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca disse que a sua relação com o primeiro-ministro José Maria Neves tem sido "normal" já que até agora nunca houve uma crise política de relevante entre os dois.
“O país funciona com normalidade, há estabilidade politica, há estabilidade institucional", assegurou o chefe de Estado cabo-verdiano, reconhecendo, entretanto, que já houve falta de sintonia por determinada questão entre o Presidente e primeiro-ministro.
"Mas isso é normal. Creio sim que seria um mau sinal se eu e o PM estivéssemos sempre de acordo, não houvesse contraditório".
José Carlos Fonseca garantiu ainda que da sua parte tem procurado assegurar uma cooperação institucional permanente, ideal, positiva e construtiva.
O quarto Presidente eleito em 39 anos de independência de Cabo Verde, a 05 de julho de 1975, depois de Aristides Pereira (1975/1991, já falecido), António Mascarenhas Monteiro (1991/2001) e Pedro Pires (2001/2011), destacou como notas mais salientes nos três anos de poder a sua capacidade de influenciação e de sugestão para a tomada de algumas decisões e a contribuição para o reforço da Constituição.
"Hoje, fala-se muito mais da Constituição da República de Cabo Verde do que há três anos", frisou, destacando os pedidos feitos por ele de fiscalização preventiva de algumas normas de leis aprovados pelo Governo e pelo Parlamento.
Em relação a alguns problemas que ainda o país enfrenta, como a pobreza, o desemprego e insegurança, o chefe de Estado cabo-verdiano disse entender que é preciso "esforço, determinação e políticas públicas" do Governo no sentido de resolvê-los, mas que também cabe ao Presidente acompanhar e ajudar nessa tarefa.
Jorge Carlos Fonseca avançou que nos próximos dois anos de mandato que lhe falta ainda cumprir, ele vai continuar a ser "um Presidente junto das pessoas", para fazer jus ao lema da campanha eleitoral, e contribuir para que Cabo Verde seja um país cada vez mais livre, democrático, competitivo e com menos desigualdades sociais.
"No fundo, contribuir para que, num prazo não muito longo, Cabo Verde possa ser, de facto, um país desenvolvido", precisou.
-0- PANA CS/IZ 10set2014