PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano condena assassinatos na Guiné-Bissau
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, condenou os assassinatos do seu homólogo da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Batista Tagme Na Wai, considerados que ambos os actos têm “contornos políticos” e baseiam-se em “vinganças e retaliações mútuas”, soube-se terça-feira de fonte oficial na Praia.
Numa declaração à imprensa no Palácio Presidencial, segunda-feira, o Presidente cabo-verdiano lamentou “profundamente” a morte de Nino Vieira e de Tagme Na Wai, dois companheiros de armas de Pedro Pires durante a luta armada que conduziu à independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
“É baseado nas nossas ligações de luta e de sofrimento que, neste momento delicado da vida da Guiné-Bissau, apelo aos Guineenses à serenidade, à união e ao bom senso para que possam encontrar as melhores vias para garantir um futuro de paz e de segurança”, sublinhou.
Pedro Pires considerou que “não é aceitável” qualquer tentativa de chegada ao poder pela via militar ou pelo “uso gratuito da violência”, bem como o desrespeito da ordem constitucional vigente.
“Também não é possível construir um futuro sólido na base de vinganças e retaliações mútuas.
É na união e na cooperação que se constroem a prosperidade e estabilidade nacional”, sustentou.
Defendeu a necessidade de o futuro da Guiné-Bissau ser “repensado”, “a começar pela intervenção das Forças Armadas na vida política”.
“Umas Forças Armadas republicanas, que já não podem ser de libertação nacional, devem submeter-se incondicionalmente ao poder político legítimo.
É da competência das autoridades civis a definição das políticas de defesa e segurança.
As forças militares são servidoras do Estado.
Não podem usufruir de qualquer primazia sobre o Estado de Direito”, frisou.
Pedro Pires defendeu uma intervenção “célere e coordenada” na Guiné- Bissau de organizações internacionais, como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Africana (UA) e as Nações Unidas.
O chefe de Estado cabo-verdiano congratulou-se, no entanto, com a assunção da Presidência interina pelo Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, manifestando-lhe a “disponibilidade da cooperação” de Cabo Verde.
Entretanto, o Governo cabo-verdiano criou um "gabinete de crise" para seguir a evolução da situação na Guiné-Bissau e preparar-se para a possibilidade de retirada dos cidadãos cabo-verdianos residentes naquele país em caso de necessidade.
Nino Vieira foi assassinado segunda-feira de manhã na sua residência em Bissau por alegados militares em represália pela morte de Tagme Na Wai na sequência dum atentado à bomba perpetrado por pessoas ainda não identificadas contra o Quartel-General do Exército domingo à noite.
Numa declaração à imprensa no Palácio Presidencial, segunda-feira, o Presidente cabo-verdiano lamentou “profundamente” a morte de Nino Vieira e de Tagme Na Wai, dois companheiros de armas de Pedro Pires durante a luta armada que conduziu à independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
“É baseado nas nossas ligações de luta e de sofrimento que, neste momento delicado da vida da Guiné-Bissau, apelo aos Guineenses à serenidade, à união e ao bom senso para que possam encontrar as melhores vias para garantir um futuro de paz e de segurança”, sublinhou.
Pedro Pires considerou que “não é aceitável” qualquer tentativa de chegada ao poder pela via militar ou pelo “uso gratuito da violência”, bem como o desrespeito da ordem constitucional vigente.
“Também não é possível construir um futuro sólido na base de vinganças e retaliações mútuas.
É na união e na cooperação que se constroem a prosperidade e estabilidade nacional”, sustentou.
Defendeu a necessidade de o futuro da Guiné-Bissau ser “repensado”, “a começar pela intervenção das Forças Armadas na vida política”.
“Umas Forças Armadas republicanas, que já não podem ser de libertação nacional, devem submeter-se incondicionalmente ao poder político legítimo.
É da competência das autoridades civis a definição das políticas de defesa e segurança.
As forças militares são servidoras do Estado.
Não podem usufruir de qualquer primazia sobre o Estado de Direito”, frisou.
Pedro Pires defendeu uma intervenção “célere e coordenada” na Guiné- Bissau de organizações internacionais, como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Africana (UA) e as Nações Unidas.
O chefe de Estado cabo-verdiano congratulou-se, no entanto, com a assunção da Presidência interina pelo Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, manifestando-lhe a “disponibilidade da cooperação” de Cabo Verde.
Entretanto, o Governo cabo-verdiano criou um "gabinete de crise" para seguir a evolução da situação na Guiné-Bissau e preparar-se para a possibilidade de retirada dos cidadãos cabo-verdianos residentes naquele país em caso de necessidade.
Nino Vieira foi assassinado segunda-feira de manhã na sua residência em Bissau por alegados militares em represália pela morte de Tagme Na Wai na sequência dum atentado à bomba perpetrado por pessoas ainda não identificadas contra o Quartel-General do Exército domingo à noite.