PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano alerta para importantes desafios de África
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, alertou esta sexta-feira, para o facto de África continuar a enfrentar ainda importantes desafios, nomeadamente a nível da democracia, do crescimento económico e da justiça social.
Na sua mensagem alusiva ao Dia de África, comemorado a 25 de maio, o chefe de Estado cabo-verdiano apontou que o continente africano enfrenta também muitos problemas nas áreas da saúde, da educação, da nutrição e do próprio funcionamento do aparelho do Estado.
Jorge Carlos Fonseca considera que essas situações tornam muito complexas as condições de vida de grande parte das populações africanas.
Sobre o seu próprio país, ele assinalou que Cabo Verde deve prosseguir na senda do aperfeiçoamento do sistema democrático, do estreitamento das relações com os países do continente e do aprimoramento dos mecanismos de integração “dos nossos irmãos africanos que procuram o nosso país para viver e trabalhar”.
“Todos os estudos e dados mostram, inequivocamente, que a grande maioria dos Cabo-verdianos, querendo embora, e de forma legítima e natural, uma progressiva qualificação da democracia, não quer viver noutro regime que não o das liberdades e da democracia”, enunciou.
De acordo com o chefe de Estado cabo-verdiano, em razão das inúmeras dificuldades existentes, as consequências de problemas de ordem planetária, como as referentes às mudanças climáticas e as relacionadas com as distorções decorrentes das assimetrias regionais, repercutem-se de forma muito intensa no continente.
“Esta realidade tem dificultado, de modo acentuado, o acesso de milhões de pessoas a bens e serviços essenciais e contribuído para a instabilidade em algumas regiões do continente e para a criação de condições que favorecem o recrutamento de jovens para intervenções radicais”, lamentou.
No sentido contrário, Jorge Calos Fonseca aponta o desenvolvimento como outra faceta da realidade africana que, na sua perspetiva, tende a impor-se.
Sublinhou que o continente passou a ser percebido como uma das áreas do globo com maior potencial de crescimento e, por isso, visto como uma espécie de território emergente.
“Para este quadro contribui a demanda de matéria-prima por países emergentes, mas também o desempenho de economias que não se baseiam no aproveitamento dessas matérias, como atesta o facto de oito das 12 economias que mais cresceram no continente não dependerem diretamente do petróleo ou de minérios”, precisou.
O grande aumento demográfico, aliado à intensa urbanização da população, não obstante as dificuldades imediatas que acarreta, é apontado por ele como um dos importantes fatores de desenvolvimento do continente.
Segundo o chefe de Estado cabo-verdiano, prevê-se que, em 2030, cerca de 500 milhões de africanos pertencerão à classe média e que 680 milhões, cerca de 60 porcento da população, terão menos de 25 anos.
“As pressões sobre o acesso a bens e serviços serão ainda mais acentuadas mas, também, uma mentalidade mais inovadora e empreendedora estará bastante presente”, afirmou.
A realidade atual de África, lembra Jorge Carlos Fonseca, têm proporcionado o aumento do investimento estrangeiro.
Essa conjugação de fatores, recordou, contribui para que quatro das cinco economias que mais crescerão em 2018 sejam africanas, com Gana em primeiro lugar com 8,3 porcento, seguida por Etiópia com 8,2 porcento, Côte d'Ivoire com 7,2 porcento e Djibuti com sete porcento.
Contudo, o Presidente da República de Cabo Verde alerta que é importante não perder de vista que esse crescimento não é homogéneo, “pois perspetiva-se que, em termos globais, ele seja de 3,6 porcento em 2018 e de 3,9 em 2019”.
“Os desafios que se colocam à África, nas diferentes esferas, são de grande complexidade, mas as perspetivas são, também, auspiciosas.
"Esta realidade implica uma responsabilização cada vez maior dos agentes políticos, especialmente os líderes africanos, que têm a obrigação de tudo fazer para que as expectativas se concretizem e os seus frutos sejam equitativamente aproveitados por todos”, defendeu.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, "a democratização e o aprofundamento da democracia nas nossas sociedades, a par da intensificação dos processos de integração regional, surgem como essenciais para o nosso devir coletivo".
Neste sentido, Jorge Carlos Fonseca pede uma atenção particular à juventude que, na sua perspetiva, a cada dia adquire importância inestimável”.
“A sua capacitação e organização autónoma devem ser por ela assumidas e consideradas pelos poderes públicos como uma das grandes prioridades”, defendeu.
O Dia de África foi instituído em 1972 pela Organização da Nações Unidas (ONU) para assinalar a criação da Organização de Unidade Africana (OUA), em 1963, e a luta de libertação do continente africano dos regimes coloniais.
-0- PANA CS/IZ 25maio2018
Na sua mensagem alusiva ao Dia de África, comemorado a 25 de maio, o chefe de Estado cabo-verdiano apontou que o continente africano enfrenta também muitos problemas nas áreas da saúde, da educação, da nutrição e do próprio funcionamento do aparelho do Estado.
Jorge Carlos Fonseca considera que essas situações tornam muito complexas as condições de vida de grande parte das populações africanas.
Sobre o seu próprio país, ele assinalou que Cabo Verde deve prosseguir na senda do aperfeiçoamento do sistema democrático, do estreitamento das relações com os países do continente e do aprimoramento dos mecanismos de integração “dos nossos irmãos africanos que procuram o nosso país para viver e trabalhar”.
“Todos os estudos e dados mostram, inequivocamente, que a grande maioria dos Cabo-verdianos, querendo embora, e de forma legítima e natural, uma progressiva qualificação da democracia, não quer viver noutro regime que não o das liberdades e da democracia”, enunciou.
De acordo com o chefe de Estado cabo-verdiano, em razão das inúmeras dificuldades existentes, as consequências de problemas de ordem planetária, como as referentes às mudanças climáticas e as relacionadas com as distorções decorrentes das assimetrias regionais, repercutem-se de forma muito intensa no continente.
“Esta realidade tem dificultado, de modo acentuado, o acesso de milhões de pessoas a bens e serviços essenciais e contribuído para a instabilidade em algumas regiões do continente e para a criação de condições que favorecem o recrutamento de jovens para intervenções radicais”, lamentou.
No sentido contrário, Jorge Calos Fonseca aponta o desenvolvimento como outra faceta da realidade africana que, na sua perspetiva, tende a impor-se.
Sublinhou que o continente passou a ser percebido como uma das áreas do globo com maior potencial de crescimento e, por isso, visto como uma espécie de território emergente.
“Para este quadro contribui a demanda de matéria-prima por países emergentes, mas também o desempenho de economias que não se baseiam no aproveitamento dessas matérias, como atesta o facto de oito das 12 economias que mais cresceram no continente não dependerem diretamente do petróleo ou de minérios”, precisou.
O grande aumento demográfico, aliado à intensa urbanização da população, não obstante as dificuldades imediatas que acarreta, é apontado por ele como um dos importantes fatores de desenvolvimento do continente.
Segundo o chefe de Estado cabo-verdiano, prevê-se que, em 2030, cerca de 500 milhões de africanos pertencerão à classe média e que 680 milhões, cerca de 60 porcento da população, terão menos de 25 anos.
“As pressões sobre o acesso a bens e serviços serão ainda mais acentuadas mas, também, uma mentalidade mais inovadora e empreendedora estará bastante presente”, afirmou.
A realidade atual de África, lembra Jorge Carlos Fonseca, têm proporcionado o aumento do investimento estrangeiro.
Essa conjugação de fatores, recordou, contribui para que quatro das cinco economias que mais crescerão em 2018 sejam africanas, com Gana em primeiro lugar com 8,3 porcento, seguida por Etiópia com 8,2 porcento, Côte d'Ivoire com 7,2 porcento e Djibuti com sete porcento.
Contudo, o Presidente da República de Cabo Verde alerta que é importante não perder de vista que esse crescimento não é homogéneo, “pois perspetiva-se que, em termos globais, ele seja de 3,6 porcento em 2018 e de 3,9 em 2019”.
“Os desafios que se colocam à África, nas diferentes esferas, são de grande complexidade, mas as perspetivas são, também, auspiciosas.
"Esta realidade implica uma responsabilização cada vez maior dos agentes políticos, especialmente os líderes africanos, que têm a obrigação de tudo fazer para que as expectativas se concretizem e os seus frutos sejam equitativamente aproveitados por todos”, defendeu.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, "a democratização e o aprofundamento da democracia nas nossas sociedades, a par da intensificação dos processos de integração regional, surgem como essenciais para o nosso devir coletivo".
Neste sentido, Jorge Carlos Fonseca pede uma atenção particular à juventude que, na sua perspetiva, a cada dia adquire importância inestimável”.
“A sua capacitação e organização autónoma devem ser por ela assumidas e consideradas pelos poderes públicos como uma das grandes prioridades”, defendeu.
O Dia de África foi instituído em 1972 pela Organização da Nações Unidas (ONU) para assinalar a criação da Organização de Unidade Africana (OUA), em 1963, e a luta de libertação do continente africano dos regimes coloniais.
-0- PANA CS/IZ 25maio2018