PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano admite que presidência da CEDEAO não está assegurada
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente de Cabo Verde admitiu, quinta-feira, na cidade da Praia, que ainda não está assegurado que o seu país venha a assumir a presidência da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na cimeira da organização sub-regional oeste-africna, prevista para dezembro próximo.
Num encontro com jornalistas por ocasião do primeiro aniversário do início do seu segundo mandato na chefia do Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca advertiu que, neste momento, não está definitivamente assegurado que o posto de presidente da comissão da CEDEAO seja atribuído ao seu país.
Segundo ele, caberá a Cabo Verde assumir o posto na próxima eleição, apesar de o cargo ser ocupado por ordem alfabética dos 15 países-membros.
O Presidente cabo-verdiano recordou que o seu país já manifestou a sua disponibilidade para ocupar o cargo, mas reconheceu que o "processo não é automático" e que a personalidade que Cabo Verde vier a apresentar pode não ser aceite, se os países-membros entenderem que não reúne as condições.
Jorge Carlos Fonseca precisou que há também outros critérios a respeitar, nomeadamente ter as quotas em dia dentro da organização, requisito que Cabo Verde não preenche.
"Não é segredo para ninguém que Cabo Verde tem dívidas à CEDEAO. São dívidas elevadas. Não é uma situação cómoda, mas comprometi-me a que parte das dívidas seriam pagas a curtíssimo prazo e que nos sujeitaríamos a um plano de pagamento do restante num certo prazo e com certos montantes anuais", disse.
O chefe de Estado cabo-verdiano explicou que assumiu o compromisso, depois de conversar com o Governo, numa carta enviada há cerca de dois meses ao chefe de Estado do Togo, que é o presidente em exercício da CEDEAO, a manifestar a disponibilidade de Cabo Verde para se candidatar ao posto.
"Estou seguro que, o que assumi está já executado ou em execução e que, na próxima cimeira (em dezembro), as dívidas de 2016 e 2017 estarão já pagas e as restantes serão pagas anualmente", sublinhou.
O chefe de Estado cabo-verdiano disse ainda haver divergências no seio da Comunidade quanto à duração do mandato do atual presidente, Marcel de Souza, do Benin.
"Entendemos que termina em 2018, mas houve e há diligencias no sentido de o mandato ser alargado até 2020. Temos que jogar com esses dados todos", considerou Jorge Carlos Fonseca.
No entanto, o presidente cabo-verdiano sustentou que, em "certo momento", haverá a eleição de um novo presidente, sublinhando a importância do posicionamento de Cabo Verde na corrida à presidência.
"É a nossa vez e estamos disponíveis para apresentar uma personalidade. Se não nos disponibilizássemos agora possivelmente só poderíamos candidatar-nos daqui a uma dezena de anos. Temos essa oportunidade agora", acrescentou.
Entretanto, Jorge Carlos Fonseca desmentiu que o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Embaló, que a 17 de outubro corrente efetuou uma visita relâmpago a Cabo Verde, lhe tenha entregado alguma mensagem do seu homólogo da Nigéria, prometendo pagar a dívida do país junto da CEDEAO.
“A mim não me entregou nenhuma mensagem da Nigéria e só trocamos impressões sobre a CEDEAO”, precisou Jorge Carlos Fonseca, acrescentando que Umaro Embaló lhe manifestou o desejo de ver Cabo Verde assumir a presidência da Comissão da organização oeste-africana.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, é convicção do primeiro-ministro da Guiné-Bissau que se Cabo Verde assumir a liderança da Comissão da CEDEAO podia ter um “papel mais ativo” na resolução dos problemas daquele país vizinho.
Recentemente, informações não oficiais circularam na Cidade da Praia, dando conta de que Umaro Embaló teria sido portador de uma mensagem do Presidente da Nigéria para o seu homólogo cabo-verdiano.
Segundo a mensagem, a Nigéria estaria disposta a saldar a dívida do arquipélago junto da CEDEAO, caso decidisse avançar com o nome do atual comissário pelo setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), o Cabo-verdiano Isaías Barreto, para a presidência da Comissão da organização sub-regional.
O atual comissário de Cabo Verde na Comissão e o deputado cabo-verdiano e vice-presidente do Parlamento da CEDEAO, Orlando Dias, são as personalidades cabo-verdianas que já manifestaram disponibilidade para ocupar o lugar.
Nesta quinta-feira, o jornal local “A Nação” trouxe à tona os nomes do ex-ministro da Educação e atual presidente do Conselho da Administração da Cabo Verde Telecom, José Luís Livramento, e do ex-primeiro-ministro e atual embaixador do país nos Estados Unidos, Carlos Veiga, como possíveis candidatos do Governo para presidir à Comissão da CEDEAO.
-0- PANA CS/IZ 27out2017
Num encontro com jornalistas por ocasião do primeiro aniversário do início do seu segundo mandato na chefia do Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca advertiu que, neste momento, não está definitivamente assegurado que o posto de presidente da comissão da CEDEAO seja atribuído ao seu país.
Segundo ele, caberá a Cabo Verde assumir o posto na próxima eleição, apesar de o cargo ser ocupado por ordem alfabética dos 15 países-membros.
O Presidente cabo-verdiano recordou que o seu país já manifestou a sua disponibilidade para ocupar o cargo, mas reconheceu que o "processo não é automático" e que a personalidade que Cabo Verde vier a apresentar pode não ser aceite, se os países-membros entenderem que não reúne as condições.
Jorge Carlos Fonseca precisou que há também outros critérios a respeitar, nomeadamente ter as quotas em dia dentro da organização, requisito que Cabo Verde não preenche.
"Não é segredo para ninguém que Cabo Verde tem dívidas à CEDEAO. São dívidas elevadas. Não é uma situação cómoda, mas comprometi-me a que parte das dívidas seriam pagas a curtíssimo prazo e que nos sujeitaríamos a um plano de pagamento do restante num certo prazo e com certos montantes anuais", disse.
O chefe de Estado cabo-verdiano explicou que assumiu o compromisso, depois de conversar com o Governo, numa carta enviada há cerca de dois meses ao chefe de Estado do Togo, que é o presidente em exercício da CEDEAO, a manifestar a disponibilidade de Cabo Verde para se candidatar ao posto.
"Estou seguro que, o que assumi está já executado ou em execução e que, na próxima cimeira (em dezembro), as dívidas de 2016 e 2017 estarão já pagas e as restantes serão pagas anualmente", sublinhou.
O chefe de Estado cabo-verdiano disse ainda haver divergências no seio da Comunidade quanto à duração do mandato do atual presidente, Marcel de Souza, do Benin.
"Entendemos que termina em 2018, mas houve e há diligencias no sentido de o mandato ser alargado até 2020. Temos que jogar com esses dados todos", considerou Jorge Carlos Fonseca.
No entanto, o presidente cabo-verdiano sustentou que, em "certo momento", haverá a eleição de um novo presidente, sublinhando a importância do posicionamento de Cabo Verde na corrida à presidência.
"É a nossa vez e estamos disponíveis para apresentar uma personalidade. Se não nos disponibilizássemos agora possivelmente só poderíamos candidatar-nos daqui a uma dezena de anos. Temos essa oportunidade agora", acrescentou.
Entretanto, Jorge Carlos Fonseca desmentiu que o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Embaló, que a 17 de outubro corrente efetuou uma visita relâmpago a Cabo Verde, lhe tenha entregado alguma mensagem do seu homólogo da Nigéria, prometendo pagar a dívida do país junto da CEDEAO.
“A mim não me entregou nenhuma mensagem da Nigéria e só trocamos impressões sobre a CEDEAO”, precisou Jorge Carlos Fonseca, acrescentando que Umaro Embaló lhe manifestou o desejo de ver Cabo Verde assumir a presidência da Comissão da organização oeste-africana.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, é convicção do primeiro-ministro da Guiné-Bissau que se Cabo Verde assumir a liderança da Comissão da CEDEAO podia ter um “papel mais ativo” na resolução dos problemas daquele país vizinho.
Recentemente, informações não oficiais circularam na Cidade da Praia, dando conta de que Umaro Embaló teria sido portador de uma mensagem do Presidente da Nigéria para o seu homólogo cabo-verdiano.
Segundo a mensagem, a Nigéria estaria disposta a saldar a dívida do arquipélago junto da CEDEAO, caso decidisse avançar com o nome do atual comissário pelo setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), o Cabo-verdiano Isaías Barreto, para a presidência da Comissão da organização sub-regional.
O atual comissário de Cabo Verde na Comissão e o deputado cabo-verdiano e vice-presidente do Parlamento da CEDEAO, Orlando Dias, são as personalidades cabo-verdianas que já manifestaram disponibilidade para ocupar o lugar.
Nesta quinta-feira, o jornal local “A Nação” trouxe à tona os nomes do ex-ministro da Educação e atual presidente do Conselho da Administração da Cabo Verde Telecom, José Luís Livramento, e do ex-primeiro-ministro e atual embaixador do país nos Estados Unidos, Carlos Veiga, como possíveis candidatos do Governo para presidir à Comissão da CEDEAO.
-0- PANA CS/IZ 27out2017