Bujumbura, Burundi (PANA) - O Presidente burundês, Evariste Ndayishimiye, disse terça-feira não haver palavras bastante fortes para condenar o ataque terrorista ocorrido segunda-feira contra o contingente burundês da Missão Africana de Transição na Somália (AATMIS, sigla em inglês).
Ndayishimiye reagiu assim a esta tragédia cujo número de vítimas ainda não foi oficialmente revelado em Bujumbura.
"Junto-me a toda a África que acaba de perder filhos e filhas tombados no campo de batalha para consolar as famílias duramente afetadas", escreveu num twitter.
Insurretos islamitas radicais somalis, do grupo terrorista El Shebab, reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, descrito como "particularmente mortífero" pela imprensa internacional.
A União Africana (UA) condenou veementemente o ataque contra o contingente burundês, presente nesta encrenca somali desde 2007 e estimado em mais de 5.000 dos 20.000 soldados de manutenção da paz na Somália.
As outras tropas vêm do Uganda, da Etiópia, do Quénia e do Djibuti.
Os El Shebab já cometeram vários ataques terroristas nos territórios dos países fornecedores de tropas para a pacificação da Somália.
Em abril de 2015, um ataque espetacular contra a Universidade de Garissa, no lste do Quénia, provocou cerca de 150 óbitos.
Em 2010, a insurreição juvenil islamita somali reivindicou dois ataques simultâneos que causaram 74 óbitos em Kampala a capital ugandesa.
-0- PANA FB/JSG/DIM/DD 04maio2022