PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente bissau-guineense nega coação para nomear chefe das Forças Armadas
Bissau- Guiné-Bissau (PANA) -- O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, disse terça-feira que a decisão de nomear o major-general António Indjai como chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas foi soberana.
"Tomámos a nossa decisão soberanamente, não decidimos porque fomos coagidos, porque somos um Estado soberano", disse Malam Bacai Sanhá na cerimónia de tomada de posse do major-general António Indjai.
"Estamos nas nossas funções com toda a legitimidade, estamos aqui como Presidente da República eleito, há um presidente do Parlamento resultante de eleições legislativas que deu lugar a um Governo chefiado pelo primeiro- ministro.
Temos a nossa legalidade, a nossa legitimidade para exercer as nossas funções", realçou.
"Não podemos permitir nada que possa ameaçar a desintegração deste país como um Estado, porque se isso acontecesse, não estaríamos aqui como tal", salientou Malam Bacai Sanhá.
Disse ainda que o "povo está cansado de problemas" e que chegou a hora de o país se estabilizar, uma vez que "as Forças Armadas têm que obedecer ao poder político".
"Penso que o 1 de Abril será o último episódio do género na vida deste país", sublinhou ao referir-se à insurreição militar liderada pelo major-general António Indjai que culminou na detenção e na destituição do então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, e na retenção do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, antes de ser libertado.
Malam Bacai Sanhá pediu às Forças Armadas para que "se houver um problema coloquem as questões no foro próprio.
Estou aqui como comandante supremo das Forças Armadas, se houver problema venham falar comigo, com o Presidente, digam que as coisas não estão a andar no caminho certo, para que possamos discutir e analisar e encontrar saída, para podermos levar este pais para o caminho da paz", salientou.
"Já estamos cansados de tantos problemas.
Já estamos cansados de tantas críticas (da comunidade internacional), puxões de orelhas, já estamos cansados de ouvir dizer nos órgãos de comunicação social.
Queremos ouvir o que o povo quer, desenvolvimento", referiu.
Ao novo chefe das Forças Armadas, que foi promovido a tenente-general, o Presidente Bacai Sanhá desejou "força e energia" para trabalhar para a estabilização do país.
No entanto, o tenente-general António Indjai não prestou declarações à imprensa.
A nomeação de António Indjai surpreendeu a Comissão da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau e veio levantar dúvidas sobre a independência do Governo face ao poder militar, disse uma fonte diplomática em Nova Iorque.
Na sexta-feira, e não reagindo directamente à nomeação de António Indjai, os Estados Unidos questionaram o poder do Governo no controlo das Forças Armadas.
"Se o Governo da Guiné-Bissau nomear um novo chefe do Estado-maior das Forças Armadas é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 1 de Abril e que seja alguém que possa reconquistar a confiança da comunidade internacional através de um compromisso de recondução das Forças Armadas ao controlo civil e a implementação da reforma do setor da segurança", indicaram os Estados Unidos em comunicado.
A União Europeia condicionou igualmente a continuação do apoio à Guiné-Bissau à libertação de Zamora Induta, à nomeação das chefias militares e à apresentação à justiça dos responsáveis pela intervenção militar de 1 de Abril passado.
"Tomámos a nossa decisão soberanamente, não decidimos porque fomos coagidos, porque somos um Estado soberano", disse Malam Bacai Sanhá na cerimónia de tomada de posse do major-general António Indjai.
"Estamos nas nossas funções com toda a legitimidade, estamos aqui como Presidente da República eleito, há um presidente do Parlamento resultante de eleições legislativas que deu lugar a um Governo chefiado pelo primeiro- ministro.
Temos a nossa legalidade, a nossa legitimidade para exercer as nossas funções", realçou.
"Não podemos permitir nada que possa ameaçar a desintegração deste país como um Estado, porque se isso acontecesse, não estaríamos aqui como tal", salientou Malam Bacai Sanhá.
Disse ainda que o "povo está cansado de problemas" e que chegou a hora de o país se estabilizar, uma vez que "as Forças Armadas têm que obedecer ao poder político".
"Penso que o 1 de Abril será o último episódio do género na vida deste país", sublinhou ao referir-se à insurreição militar liderada pelo major-general António Indjai que culminou na detenção e na destituição do então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, e na retenção do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, antes de ser libertado.
Malam Bacai Sanhá pediu às Forças Armadas para que "se houver um problema coloquem as questões no foro próprio.
Estou aqui como comandante supremo das Forças Armadas, se houver problema venham falar comigo, com o Presidente, digam que as coisas não estão a andar no caminho certo, para que possamos discutir e analisar e encontrar saída, para podermos levar este pais para o caminho da paz", salientou.
"Já estamos cansados de tantos problemas.
Já estamos cansados de tantas críticas (da comunidade internacional), puxões de orelhas, já estamos cansados de ouvir dizer nos órgãos de comunicação social.
Queremos ouvir o que o povo quer, desenvolvimento", referiu.
Ao novo chefe das Forças Armadas, que foi promovido a tenente-general, o Presidente Bacai Sanhá desejou "força e energia" para trabalhar para a estabilização do país.
No entanto, o tenente-general António Indjai não prestou declarações à imprensa.
A nomeação de António Indjai surpreendeu a Comissão da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau e veio levantar dúvidas sobre a independência do Governo face ao poder militar, disse uma fonte diplomática em Nova Iorque.
Na sexta-feira, e não reagindo directamente à nomeação de António Indjai, os Estados Unidos questionaram o poder do Governo no controlo das Forças Armadas.
"Se o Governo da Guiné-Bissau nomear um novo chefe do Estado-maior das Forças Armadas é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 1 de Abril e que seja alguém que possa reconquistar a confiança da comunidade internacional através de um compromisso de recondução das Forças Armadas ao controlo civil e a implementação da reforma do setor da segurança", indicaram os Estados Unidos em comunicado.
A União Europeia condicionou igualmente a continuação do apoio à Guiné-Bissau à libertação de Zamora Induta, à nomeação das chefias militares e à apresentação à justiça dos responsáveis pela intervenção militar de 1 de Abril passado.