PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente angolano preocupado com acontecimentos negativos na RDC
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, manifestou-se preocupado com os "acontecimentos negativos" no leste da República Democrática do Congo (RDC), apesar da "evolução positiva" que se registou nos últimos tempos no país.
"Estamos preocupados com informações que chegaram ao nosso conhecimento sobre a ocorrência de acontecimentos negativos no leste da República Democrática do Congo", declarou Eduardo dos Santos na abertura, esta terça-feira, em Luanda, de uma minicimeira da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Num encontro que reuniu o recém criado Comité do CIRGL sobre a RDC, com o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, como convidado especial, Dos Santos defendeu que as autoridades competentes devem proceder ao "saneamento urgente" desses acontecimentos negativos, para se evitar que se constituam numa ameaça à estabilidade da região dos Grandes Lagos.
"Nesta cimeira pretendemos voltar a analisar a situação vigente nesse país irmão e aprofundar o estudo das medidas que devemos tomar para neutralizar as forças negativas que nele ainda subsistem, à revelia de todas as decisões que foram até aqui tomadas", disse.
O estadista angolano afirmou estar a referir-se aos grupos das Forças Democráticas Aliadas (ADF) e das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDRL) e à necessidade de se empreenderem ações multidisciplinares no plano político, social e militar, "quando for imprescindível para se alcançar a paz plena e definitiva".
"Não podemos permitir que grupos rebeldes, sem qualquer base social de sustentação e violando os princípios democráticos, continuem a pôr em causa o Estado de Direito e a integridade das fronteiras nacionais; a desestabilizar a vida económica e social e a manter as populações como reféns das suas práticas ilegais e criminosas", realçou.
Na verdade, prosseguiu, tais grupos devem aproveitar a abertura política e a oportunidade de diálogo que lhes é oferecida pelo Governo (da RDC) para aderirem e participarem no amplo processo de paz e de integração social e política em curso.
Instou os líderes da região a trabalhar todos no sentido de consolidar em África a consciência de que "as guerras não servem para resolver os problemas que afetam os nossos povos".
"Antes pelo contrário, as guerras só servem para os agravar ainda mais e para criar traumas e ressentimentos que levam muito tempo a superar", sentenciou.
Eduardo dos Santos disse que os caminhos para se ultrapassar as contradições existentes "são os da paz, da unidade nacional, da reconciliação, do direito à diferença, da inclusão social e política, da justiça social e do desenvolvimento".
"Essas são as vias que podem conduzir as partes ao termo das crises e conflitos e à normalização da situação em todos os países da Região dos Grandes Lagos", asseverou.
Atual presidente em exercício da CIRGL, Eduardo dos Santos salientou que a paz e a segurança dos Estados e dos povos africanos são um compromisso cuja materialização é "inadiável".
Os países da Região dos Grandes Lagos devem garantir o respeito e a plena salvaguarda dos direitos do Homem, reforçar os laços de boa vizinhança e não permitir que os seus territórios sejam utilizados para a realização de ações hostis contra outros Estados, insistiu.
A cimeira do Comité da CIRGL sobre a RDC agrupou na capital angolana os líderes de Angola, África do Sul, Congo, República Democrática do Congo Democrático (RDC), Rwanda, Tanzânia e Uganda.
-0- PANA IZ 25março2014
"Estamos preocupados com informações que chegaram ao nosso conhecimento sobre a ocorrência de acontecimentos negativos no leste da República Democrática do Congo", declarou Eduardo dos Santos na abertura, esta terça-feira, em Luanda, de uma minicimeira da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Num encontro que reuniu o recém criado Comité do CIRGL sobre a RDC, com o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, como convidado especial, Dos Santos defendeu que as autoridades competentes devem proceder ao "saneamento urgente" desses acontecimentos negativos, para se evitar que se constituam numa ameaça à estabilidade da região dos Grandes Lagos.
"Nesta cimeira pretendemos voltar a analisar a situação vigente nesse país irmão e aprofundar o estudo das medidas que devemos tomar para neutralizar as forças negativas que nele ainda subsistem, à revelia de todas as decisões que foram até aqui tomadas", disse.
O estadista angolano afirmou estar a referir-se aos grupos das Forças Democráticas Aliadas (ADF) e das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDRL) e à necessidade de se empreenderem ações multidisciplinares no plano político, social e militar, "quando for imprescindível para se alcançar a paz plena e definitiva".
"Não podemos permitir que grupos rebeldes, sem qualquer base social de sustentação e violando os princípios democráticos, continuem a pôr em causa o Estado de Direito e a integridade das fronteiras nacionais; a desestabilizar a vida económica e social e a manter as populações como reféns das suas práticas ilegais e criminosas", realçou.
Na verdade, prosseguiu, tais grupos devem aproveitar a abertura política e a oportunidade de diálogo que lhes é oferecida pelo Governo (da RDC) para aderirem e participarem no amplo processo de paz e de integração social e política em curso.
Instou os líderes da região a trabalhar todos no sentido de consolidar em África a consciência de que "as guerras não servem para resolver os problemas que afetam os nossos povos".
"Antes pelo contrário, as guerras só servem para os agravar ainda mais e para criar traumas e ressentimentos que levam muito tempo a superar", sentenciou.
Eduardo dos Santos disse que os caminhos para se ultrapassar as contradições existentes "são os da paz, da unidade nacional, da reconciliação, do direito à diferença, da inclusão social e política, da justiça social e do desenvolvimento".
"Essas são as vias que podem conduzir as partes ao termo das crises e conflitos e à normalização da situação em todos os países da Região dos Grandes Lagos", asseverou.
Atual presidente em exercício da CIRGL, Eduardo dos Santos salientou que a paz e a segurança dos Estados e dos povos africanos são um compromisso cuja materialização é "inadiável".
Os países da Região dos Grandes Lagos devem garantir o respeito e a plena salvaguarda dos direitos do Homem, reforçar os laços de boa vizinhança e não permitir que os seus territórios sejam utilizados para a realização de ações hostis contra outros Estados, insistiu.
A cimeira do Comité da CIRGL sobre a RDC agrupou na capital angolana os líderes de Angola, África do Sul, Congo, República Democrática do Congo Democrático (RDC), Rwanda, Tanzânia e Uganda.
-0- PANA IZ 25março2014