PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente angolano insta UA a reforçar medidas contra governos anticonstitucionais
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, defendeu, segunda-feira, o reforço dos princípios da União Africana (UA) sobre o não reconhecimento dos governos resultantes de processos anticonstitucionais.
Num discurso sobre o Estado da Nação proferido na Assembleia Nacional (Parlamento), Eduardo dos Santos instou igualmente a UA a manter e reforçar também os seus mecanismos de acompanhamento e fiscalização dos processos eleitorais no continente.
Segundo ele, alguns processos eleitorais que ocorrem em África e que deveriam ser fatores de estabilidade democrática estão a ser convertidos "em autênticos viveiros de instabilidade".
Esta conversão, disse, é operada quer através da contestação direta dos seus resultados quer através da tentativa de alteração da ordem constitucional, com "repercussões e consequências imprevisíveis tanto para os respetivos países como para as respetivas sub-regiões".
"Neste contexto, devem ser mantidos e reforçados os princípios da União Africana sobre o não reconhecimento dos governos resultantes de processos anticonstitucionais, bem como sobre os mecanismos de acompanhamento e fiscalização dos processos eleitorais", frisou.
No plano internacional, ele defendeu a necessidade de se estudar com maior atenção e profundidade os fenómenos que nele ocorrem "para compreender melhor o mundo em que estamos e saber proteger os nossos interesses".
A este propósito, destacou que, com o fim da Guerra Fria, surgiu um mundo unipolar, com os Estados Unidos na liderança, mas que, com o despontar de várias potências com peso no plano internacional, em especial a Rússia e a China, o mundo tende a tornar-se multipolar.
No seu entender, os Estados Unidos levaram a cabo intervenções em várias partes do mundo, utilizando a força, "para impor os seus próprios valores políticos, com resultados adversos".
"Acabaram, assim, por gerar mais instabilidade no Médio Oriente, na Ásia e em África, onde não conseguiram nem impor a paz nem desencorajar os movimentos terroristas. Essas políticas foram conduzidas na era do Presidente George W. Bush e do Presidente Obama, cada um com as suas especificidades e com o beneplácito dos seus aliados", afirmou.
Para o estadista angolano, um mundo mais seguro só pode ser arquitetado na base do diálogo e do entendimento entre aqueles dois grupos e de uma neutralidade mais ativa por parte das Nações Unidas
"Que rumo seguirá a política externa americana com o novo Presidente que será eleito em novembro? Qual será reação da Rússia e de outras potências de desenvolvimento médio?, interrogou-se.
-0- PANA IZ 17out2016
Num discurso sobre o Estado da Nação proferido na Assembleia Nacional (Parlamento), Eduardo dos Santos instou igualmente a UA a manter e reforçar também os seus mecanismos de acompanhamento e fiscalização dos processos eleitorais no continente.
Segundo ele, alguns processos eleitorais que ocorrem em África e que deveriam ser fatores de estabilidade democrática estão a ser convertidos "em autênticos viveiros de instabilidade".
Esta conversão, disse, é operada quer através da contestação direta dos seus resultados quer através da tentativa de alteração da ordem constitucional, com "repercussões e consequências imprevisíveis tanto para os respetivos países como para as respetivas sub-regiões".
"Neste contexto, devem ser mantidos e reforçados os princípios da União Africana sobre o não reconhecimento dos governos resultantes de processos anticonstitucionais, bem como sobre os mecanismos de acompanhamento e fiscalização dos processos eleitorais", frisou.
No plano internacional, ele defendeu a necessidade de se estudar com maior atenção e profundidade os fenómenos que nele ocorrem "para compreender melhor o mundo em que estamos e saber proteger os nossos interesses".
A este propósito, destacou que, com o fim da Guerra Fria, surgiu um mundo unipolar, com os Estados Unidos na liderança, mas que, com o despontar de várias potências com peso no plano internacional, em especial a Rússia e a China, o mundo tende a tornar-se multipolar.
No seu entender, os Estados Unidos levaram a cabo intervenções em várias partes do mundo, utilizando a força, "para impor os seus próprios valores políticos, com resultados adversos".
"Acabaram, assim, por gerar mais instabilidade no Médio Oriente, na Ásia e em África, onde não conseguiram nem impor a paz nem desencorajar os movimentos terroristas. Essas políticas foram conduzidas na era do Presidente George W. Bush e do Presidente Obama, cada um com as suas especificidades e com o beneplácito dos seus aliados", afirmou.
Para o estadista angolano, um mundo mais seguro só pode ser arquitetado na base do diálogo e do entendimento entre aqueles dois grupos e de uma neutralidade mais ativa por parte das Nações Unidas
"Que rumo seguirá a política externa americana com o novo Presidente que será eleito em novembro? Qual será reação da Rússia e de outras potências de desenvolvimento médio?, interrogou-se.
-0- PANA IZ 17out2016