Presidente angolano felicita médico eleito no instituto português de Medicina Tropical
Luanda, Angola (PANA) - O Presidente João Lourenço, de Angola, felicitou este domingo o médico angolano Filomeno Fortes, pela sua recente eleição como diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) de Portugal.
Numa nota postada na sua conta "Twitter", o chefe de Estado angolano considera que esta eleição representa o reconhecimento da dedicação de Filomeno Fortes aos estudos e ao trabalho.
“Parabéns ao Prof. Doutor Filomeno Fortes, pela conquista, ao atingir, por mérito, o prestigiado lugar de diretor do Instituto de Medicina Tropical de Portugal", escreveu João Lourenço.
Especialista em doenças tropicais e coordenador do doutoramento em Ciências Biomédicas da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, Filomeno Fortes foi eleito por unanimidade, na semana passada, em Lisboa, depois de um concurso internacional que teve como outro finalista o médico brasileiro Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Na apresentação pública da sua proposta de ação para o IHMT, para o período de 2019-2023, o especialista defendeu o reforço do prestígio nacional e internacional do instituto, bem como as parcerias com os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).
Filomeno Fortes já desempenhou vários cargos em Angola, incluindo os de diretor nacional de Controlo de Endemias, chefe do Departamento de Controlo de Doenças da Direção Nacional de Saúde Pública e diretor do Programa de Controlo da Malária.
A nível internacional, foi nomeado, em 2012, secretário-geral da Federação Internacional das Doenças Tropicais.
É o primeiro estrangeiro a assumir a direção do IHMT, instituição que coordena todos os programas de saúde a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cuja presidência rotativa será assumida por Angola, no próximo ano.
Fundado em 1902, o IHMT dedica-se ao ensino e à investigação da saúde pública, medicina tropical, ciências biomédicas e epidemiologia, com especial incidência na ligação com os países de língua oficial portuguesa.
Tem, também, um programa de pós-graduações, mestrados e doutoramentos, com pelo menos 500 alunos, mais de metade dos quais frequentam as aulas à distância e com recurso às tecnologias de informação e comunicação.
A maior parte dos alunos é brasileira, moçambicana e angolana, mas a instituição tem, actualmente, estudantes de mais de 20 nacionalidades.
O organismo fornece ainda consultas de medicina tropical e das viagens, tendo, em 2017, feito 11 mil 262 consultas do viajante, 369 consultas de medicina tropical e administrado 21 mil 658 vacinas.
-0- PANA ANGOP/IZ 05ago2019