PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente angolano escolhido como 2ª figura internacional de 2017 na imprensa lusa
Luanda, Angola (PANA) - O jornal português "Correio da Semana" considerou o novo Presidente de Angola, João Lourenço, como a segunda figura internacional do ano de 2017,
logo a seguir a Donald Trump dos Estados Unidos.
Descrito como "o rosto da reforma" em Angola, João Lourenço supera o novo chefe de Estado francês, Emanuel Macron, que aparece na terceira posição do chamado "Top 3" de figuras internacionais na classificação do Correio da Semana.
Já a eleição de João Lourenço como Presidente da República, em 23 de agosto passado, surge como o terceiro facto mundial em 2017, superado apenas pelas eleições de Emanuel Macron para Presidente francês e António Guterres como Secretário-Geral da ONU.
No seu texto, o jornal luso considera que o combate à corrupção lançado pelo estadista angolano atingiu "tudo e todos" e que João Lourenço "merece o benefício da dúvida".
O periódico destaca a "coragem" e a rapidez com que o Presidente João Lourenço tem estado a concretizar as suas promessas feitas no discurso de posse, a 26 de setembro passado, e reiteradas noutras intervenções que se seguiram desde que assumiu as suas funções.
"Em três meses, João Lourenço apagou o legado de quase 40 anos de Eduardo dos Santos", refere o artigo inserido numa edição especial denominda "Figuras e factos 2017" publicada no último dia do ano findo.
O texto precisa que, nesses três meses, João Lourenço "fez 300 exonerações, exonerou 30 generais e afastou os filhos do ex-Presidente, tentou provar que não há intocáveis (...)".
Na avaliação do Correio da Semana, o novo Presidente angolano mostrou "coragem e independência" ao afastar os filhos do seu antecessor e outras figuras do passado.
"Quando João Lourenço prometeu, no discurso de posse, combater a corrupção que grassa nas instituições do Estado, poucos imaginariam que o recém-eleito Presidente angolano iria tão longe em tão pouco tempo. Até porque (...) não se limitou a decapitar, demitindo e substituindo, parte significativa da hierarquia da administração pública e do setor empresarial do Estado.
"O Presidente de Angola ousou apear familiares do líder cessante dos cargos que ocupavam, fazendo crer que ‘intocável’ é um epiteto que já não se aplica a José Eduardo dos Santos e aos seus", indica o jornal .
Considera que o afastamento de Isabel dos Santos da presidência da petrolífera Sonangol ou dos seus irmãos ‘Tchizé’ e José Paulino da empresa gestora de canais da televisão pública pode ser, no entanto, "apenas o início de uma mais profunda moralização do regime".
"Talvez por isso não tenha surpreendido o apelo feito recentemente para que os Angolanos detentores de fortunas no estrangeiro façam regressar os capitais ao país, sem que durante um período de tempo sejam aplicadas quaisquer sanções", refere o Correio da Semana.
Enquanto isso, prossegue, a frente de ataque de João Lourenço é ampla e não poupa sequer o Orçamento do Estado para 2018, que "prevê um conjunto de medidas que visa suspender muitas das regalias oferecidas a detentores de cargos públicos e a antigos governantes".
"De uma assentada, Lourenço suspende benesses da ‘nomenklatura’ que Eduardo dos Santos alimentou e equilibra as contas do Estado", realça o texto, lembrando que Angola está mergulhada numa crise financeira, económica e cambial desde 2014.
Nesse ano, lembra, o país registou uma quebra para metade nas receitas provenientes da venda de petróleo, que então representava 95 porcento das exportações.
Em relação a Eduardo dos Santos, o artigo testemunha que o homem que comandou os destinos de Angola durante quase 40 anos "tem assistido às investidas de Lourenço em silêncio. Mesmo quando os visados foram os seus filhos".
"Mas não tem estado quieto. Eduardo dos Santos organiza a partir da sede do MPLA (partido no poder), que lidera, uma espécie de Governo sombra que muitos acreditam ter tomado o lugar da oposição angolana", admite o articulista.
A este propósito, admite que Lourenço também não tem negligenciado a influência no partido e que a coexistência entre os dois homens é cada vez mais uma miragem, "porque o que perder o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) cairá em desgraça.
De recordar que a eleição de João Lourenço para Presidente de Angola foi considerada pelo semanário português "Expresso" como um dos acontecimentos internacionais de 2017.
O semanário, que escolheu também o Presidente angolano como uma das figuras do ano, refere que João Lourenço se afirmou “não como um mero herdeiro de José Eduardo dos Santos", mas como um reformador.
"Não é claro até onde pode ir, mas já agitou as águas de uma forma talvez irreversível", escreve a publicação, sublinhando que João Lourenço abre um novo ciclo político em Angola.
-0- PANA IZ 01jan2017
logo a seguir a Donald Trump dos Estados Unidos.
Descrito como "o rosto da reforma" em Angola, João Lourenço supera o novo chefe de Estado francês, Emanuel Macron, que aparece na terceira posição do chamado "Top 3" de figuras internacionais na classificação do Correio da Semana.
Já a eleição de João Lourenço como Presidente da República, em 23 de agosto passado, surge como o terceiro facto mundial em 2017, superado apenas pelas eleições de Emanuel Macron para Presidente francês e António Guterres como Secretário-Geral da ONU.
No seu texto, o jornal luso considera que o combate à corrupção lançado pelo estadista angolano atingiu "tudo e todos" e que João Lourenço "merece o benefício da dúvida".
O periódico destaca a "coragem" e a rapidez com que o Presidente João Lourenço tem estado a concretizar as suas promessas feitas no discurso de posse, a 26 de setembro passado, e reiteradas noutras intervenções que se seguiram desde que assumiu as suas funções.
"Em três meses, João Lourenço apagou o legado de quase 40 anos de Eduardo dos Santos", refere o artigo inserido numa edição especial denominda "Figuras e factos 2017" publicada no último dia do ano findo.
O texto precisa que, nesses três meses, João Lourenço "fez 300 exonerações, exonerou 30 generais e afastou os filhos do ex-Presidente, tentou provar que não há intocáveis (...)".
Na avaliação do Correio da Semana, o novo Presidente angolano mostrou "coragem e independência" ao afastar os filhos do seu antecessor e outras figuras do passado.
"Quando João Lourenço prometeu, no discurso de posse, combater a corrupção que grassa nas instituições do Estado, poucos imaginariam que o recém-eleito Presidente angolano iria tão longe em tão pouco tempo. Até porque (...) não se limitou a decapitar, demitindo e substituindo, parte significativa da hierarquia da administração pública e do setor empresarial do Estado.
"O Presidente de Angola ousou apear familiares do líder cessante dos cargos que ocupavam, fazendo crer que ‘intocável’ é um epiteto que já não se aplica a José Eduardo dos Santos e aos seus", indica o jornal .
Considera que o afastamento de Isabel dos Santos da presidência da petrolífera Sonangol ou dos seus irmãos ‘Tchizé’ e José Paulino da empresa gestora de canais da televisão pública pode ser, no entanto, "apenas o início de uma mais profunda moralização do regime".
"Talvez por isso não tenha surpreendido o apelo feito recentemente para que os Angolanos detentores de fortunas no estrangeiro façam regressar os capitais ao país, sem que durante um período de tempo sejam aplicadas quaisquer sanções", refere o Correio da Semana.
Enquanto isso, prossegue, a frente de ataque de João Lourenço é ampla e não poupa sequer o Orçamento do Estado para 2018, que "prevê um conjunto de medidas que visa suspender muitas das regalias oferecidas a detentores de cargos públicos e a antigos governantes".
"De uma assentada, Lourenço suspende benesses da ‘nomenklatura’ que Eduardo dos Santos alimentou e equilibra as contas do Estado", realça o texto, lembrando que Angola está mergulhada numa crise financeira, económica e cambial desde 2014.
Nesse ano, lembra, o país registou uma quebra para metade nas receitas provenientes da venda de petróleo, que então representava 95 porcento das exportações.
Em relação a Eduardo dos Santos, o artigo testemunha que o homem que comandou os destinos de Angola durante quase 40 anos "tem assistido às investidas de Lourenço em silêncio. Mesmo quando os visados foram os seus filhos".
"Mas não tem estado quieto. Eduardo dos Santos organiza a partir da sede do MPLA (partido no poder), que lidera, uma espécie de Governo sombra que muitos acreditam ter tomado o lugar da oposição angolana", admite o articulista.
A este propósito, admite que Lourenço também não tem negligenciado a influência no partido e que a coexistência entre os dois homens é cada vez mais uma miragem, "porque o que perder o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) cairá em desgraça.
De recordar que a eleição de João Lourenço para Presidente de Angola foi considerada pelo semanário português "Expresso" como um dos acontecimentos internacionais de 2017.
O semanário, que escolheu também o Presidente angolano como uma das figuras do ano, refere que João Lourenço se afirmou “não como um mero herdeiro de José Eduardo dos Santos", mas como um reformador.
"Não é claro até onde pode ir, mas já agitou as águas de uma forma talvez irreversível", escreve a publicação, sublinhando que João Lourenço abre um novo ciclo político em Angola.
-0- PANA IZ 01jan2017