PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente angolano denuncia campanha de intimidação de Africanos
Luanda, Angola (PANA) - O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, afirmou, terça-feira no seu discurso sobre o Estado da Nação no Parlamento, em Luanda, haver
"uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais para intimidar os Africanos que pretendem constituir ativos e ter acesso à riqueza".
"No processo de luta contra a corrupção há uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais para intimidar os Africanos que pretendem constituir ativos e ter acesso à riqueza, porque de um modo geral se cria a imagem de que o homem africano rico é corrupto ou suspeito de corrupção", segundo o líder angolano.
"Não há razão para nos deixarmos intimidar. A acumulação primitiva do capital nos países ocidentais ocorreu há centenas de anos e nessa altura as suas regras de jogo eram outras. A acumulação primitiva de capital que tem lugar hoje em África deve ser adequada à nossa realidade", defendeu o Presidente angolano na abertura da segunda sessão legislativa da terceira legislatura da Assembleia Nacional.
Segundo ele, as empresas americanas, inglesas e francesas no setor dos petróleos ou das empresas e bancos comerciais com interesses portugueses em Angola levam deste país todos os anos "dezenas de biliões de dólares".
"Por que é que eles podem ter empresas privadas dessa dimensão e os Angolanos não?", interrogou-se.
O chefe do Executivo angolano sublinhou que as campanhas de intimidação a que se refere "são feitas persistentemente contra os Africanos porque não querem ter concorrentes locais e querem continuar a levar cada vez mais riqueza para os seus países".
Precisou que "a nossa lei não descrimina ninguém (...) e qualquer cidadão nacional pode ter acesso à propriedade privada e desenvolver atividades económicas como empresário, sócio ou acionista e criar riqueza pessoal e património".
Do mesmo modo, prosseguiu, o cidadão estrangeiro pode criar empresas de direito angolano e integrar-se na economia nacional".
"Nós precisamos de empresas, empresários e grupos económicos nacionais fortes e eficientes no setor público e privado e de elites capazes em todos os domínios, para sairmos progressivamente da situação de país subdesenvolvido", advogou o Presidente José Eduardo dos Santos.
No seu entender, isto não tem nada a ver com corrupção, nem com o desvio de bens públicos para fins pessoais, pelo que "há que separar o trigo do joio".
Disse que, no sentido de "moralizar a nossa sociedade, fazendo prevalecer os princípios e os valores que integram a nossa cultura", o Executivo está a implementar as normas internacionais sobre o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.
O Governo dará passos no sentido da introdução no ordenamento jurídico angolano da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção e da criação do Instituto Nacional de Luta contra as Drogas, que poderão facilitar as medidas para prevenir e combater de forma mais eficaz e eficiente os efeitos destes fenómenos, de dimensão universal, concluiu.
-0- PANA TON 15Out2013
"uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais para intimidar os Africanos que pretendem constituir ativos e ter acesso à riqueza".
"No processo de luta contra a corrupção há uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais para intimidar os Africanos que pretendem constituir ativos e ter acesso à riqueza, porque de um modo geral se cria a imagem de que o homem africano rico é corrupto ou suspeito de corrupção", segundo o líder angolano.
"Não há razão para nos deixarmos intimidar. A acumulação primitiva do capital nos países ocidentais ocorreu há centenas de anos e nessa altura as suas regras de jogo eram outras. A acumulação primitiva de capital que tem lugar hoje em África deve ser adequada à nossa realidade", defendeu o Presidente angolano na abertura da segunda sessão legislativa da terceira legislatura da Assembleia Nacional.
Segundo ele, as empresas americanas, inglesas e francesas no setor dos petróleos ou das empresas e bancos comerciais com interesses portugueses em Angola levam deste país todos os anos "dezenas de biliões de dólares".
"Por que é que eles podem ter empresas privadas dessa dimensão e os Angolanos não?", interrogou-se.
O chefe do Executivo angolano sublinhou que as campanhas de intimidação a que se refere "são feitas persistentemente contra os Africanos porque não querem ter concorrentes locais e querem continuar a levar cada vez mais riqueza para os seus países".
Precisou que "a nossa lei não descrimina ninguém (...) e qualquer cidadão nacional pode ter acesso à propriedade privada e desenvolver atividades económicas como empresário, sócio ou acionista e criar riqueza pessoal e património".
Do mesmo modo, prosseguiu, o cidadão estrangeiro pode criar empresas de direito angolano e integrar-se na economia nacional".
"Nós precisamos de empresas, empresários e grupos económicos nacionais fortes e eficientes no setor público e privado e de elites capazes em todos os domínios, para sairmos progressivamente da situação de país subdesenvolvido", advogou o Presidente José Eduardo dos Santos.
No seu entender, isto não tem nada a ver com corrupção, nem com o desvio de bens públicos para fins pessoais, pelo que "há que separar o trigo do joio".
Disse que, no sentido de "moralizar a nossa sociedade, fazendo prevalecer os princípios e os valores que integram a nossa cultura", o Executivo está a implementar as normas internacionais sobre o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.
O Governo dará passos no sentido da introdução no ordenamento jurídico angolano da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção e da criação do Instituto Nacional de Luta contra as Drogas, que poderão facilitar as medidas para prevenir e combater de forma mais eficaz e eficiente os efeitos destes fenómenos, de dimensão universal, concluiu.
-0- PANA TON 15Out2013