Agência Panafricana de Notícias

Presidente angolano considera Gana modelo de democracia em África

Luanda, Angola (PANA) – O Presidente angolano, João Lourenço, considerou esta sexta-feira o Gana de “modelo” de maturidade política e de respeito pelos valores democráticos, em África, demonstrados pela alternância das forças no  poder, no país.

João Lourenço falava por ocasião da visita oficial de 48 horas a Angola do seu homólogo do Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, que chegou quinta-feira a Luanda.

“O Gana foi, no passado, uma das mais florescentes civilizações de África e continua, no presente, a ser modelo de maturidade política e de respeito pelos valores democráticos (…)”, afirmou o chefe de Estado angolano.

Para João Lourenço, este desafio tem de ser superado também noutras regiões do continente africano, porque, argumentou, a não observância dos princípios básicos de um Estado democrático e de Direito “aprofunda as divisões e o ódio étnico-racial.

Segundo o estadista angolano, essas divisões e  ódio étnico-racial "só causam conflitos e adiam o cumprimento dos objetivos fixados pelas Nações Unidas e pela União Africana (UA)".

Ele enumerou os conflitos armados, a pobreza extrema e a falta de uma liderança capaz como os fatores que mais contribuem para travar o desenvolvimento socioeconómico de África e desvirtuar os esforços de alguns países, tais como o Gana, para criar um clima propício à atração de investimentos estrangeiros, em parcerias mutuamente vantajosas.

Para inverter este quadro, disse, “temos de apostar seriamente na juventude africana, força motriz das economias de nossos países, proporcionando-lhe as oportunidades para se afirmarem na sociedade”.

No âmbito da cooperação regional, defendeu que os países africanos devem continuar a centrar a suas atenções nas reformas da UA, que visam tomar esta organização continental mais adaptada às realidades e exigências atuais.

Acrescentou que as diferentes sub-regiões de África têm vários desafios a considerar, sobretudo os que têm a ver com a instabilidade resultante de conflitos pós-eleitorais, interétnicos e do extremismo e fundamentalismo religiosos.

A este respeito, disse que o seu país está a acompanhar “com bastante preocupação” a situação na Líbia, na República Democrática do Congo (RDC) e na República Centro-Africana, (RCA) “onde persiste um clima de instabilidade por ação de grupos armados”.

Reiterou o engajamento do seu Governo em continuar a colaborar com o Gana na resolução dos diversos problemas que afligem o continente africano.

-0- PANA IZ 09ago2019