PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente angolano cancela discurso na Assembleia Nacional
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano cancelou, à ultima hora, a sua aparição na Assembleia Nacional (AN, Parlamento), em Luanda, onde devia apresentar, esta quinta-feira, o seu discurso sobre o estado da Nação, por ocasião da reabertura da sessão legislativa após pausa parlamentar.
Segundo uma nota oficial, a alteração da agenda presidencial deveu-se a uma “indisponibilidade momentânea” do Presidente José Eduardo dos Santos, que então delegou o Vice-Presidente, Manuel Vicente, para transmitir a mensagem à Nação.
Na sua intervenção, Manuel Vicente descreveu a situação política no país como “estável”, destacando a prontidão das autoridades para tomar “as providências necessárias para se evitarem ou repararem todos os atos que significam abusos de poder, violação dos direitos humanos ou do ordenamento jurídico estabelecido”.
No domínio económico, disse que, apesar das dificuldades que Angola enfrenta atualmente, o país detém um rácio de cobertura de importações muito confortável, que se situa entre os seis e os sete meses.
"Acreditamos que este período de maior fragilidade económica nos fará olhar para o futuro de forma ainda mais ambiciosa, porque é com o surgimento de desafios que se conseguem os feitos mais audaciosos e esse é o caminho do progresso", afirmou.
Lembrando que "todas as economias têm ciclos altos e baixos", Manuel Vicente garantiu que "a boa notícia é que não haverá recessão, mas apenas uma ligeira desaceleração do crescimento da economia, sendo essa uma boa base de trabalho para o próximo ano".
A cerimónia marcou o início do penúltimo mandato dos atuais deputados saídos das eleições gerais de 2012, ganhas por maioria absoluta (71,84 porcento) pelo partido do Presidente Eduardo dos Santos, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
Os restantes deputados presentes no Parlamento de 220 assentos pertencem à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 32 lugares, à Convergência Ampla de Salvação Nacional – Coligação Eleitoral (CASA-CE, 8), ao Partido de Renovação Social (PRS, 3) e à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA, 2).
O cancelamento da deslocação do Presidente José Eduardo dos Santos à Assembleia Nacional foi antecedido por denúncias da UNITA de um alegado plano para atentar contra a vida do chefe de Estado para em seguida imputar o ato a este antigo movimento rebelde transformado em principal partido da oposição.
Numa conferência de imprensa convocada na véspera da sessão parlamentar, a UNITA voltou a acusar os Serviços Secretos do Estado de recrutar antigos combatentes seus para atacar o Presidente da República por ocasião da abertura do novo ano legislativo.
No seu entender, este plano que já denunciara cerca de dois meses antes visa desviar as atenções da atual situação social preocupante que se vive em Angola devido à queda do preço do petróleo e à corrupção.
De acordo com uma nota lida diante dos jornalistas, o objetivo do plano é “seduzir os incautos a uma resposta à rebelião armada e depois responsabilizar‐se a UNITA por atos que atentem contra a Segurança do Estado”.
“Foi constituída uma estrutura militar clandestina para organizar e dirigir uma ação de caráter militar contra o regime do Presidente José Eduardo dos Santos com chefia e composição devidamente identificadas”, indica o documento.
A mesma nota insiste que se trata de “uma cilada orquestrada pelos Serviços Secretos do Estado, usando elementos afetos à UNITA (…) para forjar uma ação militar aquando do discurso à Nação (...), imputando responsabilidades à UNITA na pessoa da sua direção” para, em seguida, processar e condenar criminalmente esta última.
-0- PANA IZ 15out2015
Segundo uma nota oficial, a alteração da agenda presidencial deveu-se a uma “indisponibilidade momentânea” do Presidente José Eduardo dos Santos, que então delegou o Vice-Presidente, Manuel Vicente, para transmitir a mensagem à Nação.
Na sua intervenção, Manuel Vicente descreveu a situação política no país como “estável”, destacando a prontidão das autoridades para tomar “as providências necessárias para se evitarem ou repararem todos os atos que significam abusos de poder, violação dos direitos humanos ou do ordenamento jurídico estabelecido”.
No domínio económico, disse que, apesar das dificuldades que Angola enfrenta atualmente, o país detém um rácio de cobertura de importações muito confortável, que se situa entre os seis e os sete meses.
"Acreditamos que este período de maior fragilidade económica nos fará olhar para o futuro de forma ainda mais ambiciosa, porque é com o surgimento de desafios que se conseguem os feitos mais audaciosos e esse é o caminho do progresso", afirmou.
Lembrando que "todas as economias têm ciclos altos e baixos", Manuel Vicente garantiu que "a boa notícia é que não haverá recessão, mas apenas uma ligeira desaceleração do crescimento da economia, sendo essa uma boa base de trabalho para o próximo ano".
A cerimónia marcou o início do penúltimo mandato dos atuais deputados saídos das eleições gerais de 2012, ganhas por maioria absoluta (71,84 porcento) pelo partido do Presidente Eduardo dos Santos, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
Os restantes deputados presentes no Parlamento de 220 assentos pertencem à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 32 lugares, à Convergência Ampla de Salvação Nacional – Coligação Eleitoral (CASA-CE, 8), ao Partido de Renovação Social (PRS, 3) e à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA, 2).
O cancelamento da deslocação do Presidente José Eduardo dos Santos à Assembleia Nacional foi antecedido por denúncias da UNITA de um alegado plano para atentar contra a vida do chefe de Estado para em seguida imputar o ato a este antigo movimento rebelde transformado em principal partido da oposição.
Numa conferência de imprensa convocada na véspera da sessão parlamentar, a UNITA voltou a acusar os Serviços Secretos do Estado de recrutar antigos combatentes seus para atacar o Presidente da República por ocasião da abertura do novo ano legislativo.
No seu entender, este plano que já denunciara cerca de dois meses antes visa desviar as atenções da atual situação social preocupante que se vive em Angola devido à queda do preço do petróleo e à corrupção.
De acordo com uma nota lida diante dos jornalistas, o objetivo do plano é “seduzir os incautos a uma resposta à rebelião armada e depois responsabilizar‐se a UNITA por atos que atentem contra a Segurança do Estado”.
“Foi constituída uma estrutura militar clandestina para organizar e dirigir uma ação de caráter militar contra o regime do Presidente José Eduardo dos Santos com chefia e composição devidamente identificadas”, indica o documento.
A mesma nota insiste que se trata de “uma cilada orquestrada pelos Serviços Secretos do Estado, usando elementos afetos à UNITA (…) para forjar uma ação militar aquando do discurso à Nação (...), imputando responsabilidades à UNITA na pessoa da sua direção” para, em seguida, processar e condenar criminalmente esta última.
-0- PANA IZ 15out2015