Agência Panafricana de Notícias

Presidente Wade condena assassinato de Nino Vieira na Guiné-Bissau

Dakar- Senegal (PANA) -- O chefe de Estado senegalês, Abdoulaye Wade, "condenou firmemente", nesta segunda-feira, em Dakar, o assassinato do Presidente bissau-guineense, João Bernardo "Nino" Vieira.
"Condeno firmemente esta violência e tentativa de tomada do poder por meios anticonstitucionais", disse Abdoulaye Wade que presidia a um encontro preparatório ao III Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), previsto para Dezembro próximo em Dakar.
O estadista senegalês acrescentou que Nino Vieira "nunca quiz deixar o seu país apesar da insegurança que aí prevalece", precisando que foi eleito democraticamente num "país que sempre viveu com golpes de Estado".
Wade indicou que a esposa do antigo Presidente bissau-guineense "está actualmente na Embaixada de Angola em Bissau", acrescentando que "provavelmente será evacuada para Dakar, mas, por enquanto, não quer partir antes das exéquias do seu marido".
"As Nações Unidas e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estão a ocupar-se desta questão das exéquias", sublinhou.
O general Nino Vieira foi morto na madrugada desta segunda-feira, algumas horas depois do atentado à bomba que matou, na noite do dia anterior, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Baptista Tagmé Na Wai, no seu quartel-general.
O Governo de Bissau decretou luto nacional de sete dias e pediu à Procuradoria Geral da República a criação duma "comissão de inquérito para esclarecer as circuntâncias da morte" dos dois dirigentes.