PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente Nkurunziza defende-se de violar lei no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - O Presidente burundês, Pierre Nkurunziza, declarou esta quarta-feira não ter violado a Constituição do seu país ao suceder-se a si próprio.
"É preciso que a comunidade internacional reconheça que se enganou porque não violei nem desejei mundar a Constituição para disputar o novo mandato", martelou Nkurunziza quando respondia em direito num programa trimestral radiodifundido à imprensa e à população sobre questões que interessam a vida da nação.
Afirmou que são testemunhas disso Deus e seus compatriotas, não sem denunciar uma parcialidade da comunidade internacional.
"Noutras partes, se está a mudar constituições mas não se diz nada, como se nada houvesse", se queixou o chefe de Estado, aludindo ao Rwanda e ao Congo-Brazzaville, onde referendos constitucionais foram igualmente organizados neste sentido.
Depois de ter mandado modificar a Constituição do seu país, Nkurunziza concorreu e obteve um novo mandato com 70 porcento dos sufrágios nas eleições presidenciais de 21 de julho último no Burundi.
Esta reeleição mergulhou o Burundi numa crise profunda que já fez vários mortos levando ao exílio numerosos Burundeses que fogem das violências.
As novas autoridades fazem atualmente face ás pressões da comunidade internacional e da União Africana (UA) que decidiu, a 18 de dezembro último, criar uma Missão Africana de Prevenção e de Proteção no Burundi (MAPROBU) de pelo menos cinco mil homens por receio dum novo "genocídio" no continente.
O chefe de Estado burundês abordou esta quarta-feira a questão para lembrar a UA que a Consituição Nacional apenas autoriza uma intervenção militar estrangeira a pedido do Governo, em caso de ausência confirmada do Estado, ou com base num consenso entre as partes no conflito, o que, a seu ver, não é o caso hoje no Burundi.
-0- PANA FB/JSG/MAR/DD 30dez2015
"É preciso que a comunidade internacional reconheça que se enganou porque não violei nem desejei mundar a Constituição para disputar o novo mandato", martelou Nkurunziza quando respondia em direito num programa trimestral radiodifundido à imprensa e à população sobre questões que interessam a vida da nação.
Afirmou que são testemunhas disso Deus e seus compatriotas, não sem denunciar uma parcialidade da comunidade internacional.
"Noutras partes, se está a mudar constituições mas não se diz nada, como se nada houvesse", se queixou o chefe de Estado, aludindo ao Rwanda e ao Congo-Brazzaville, onde referendos constitucionais foram igualmente organizados neste sentido.
Depois de ter mandado modificar a Constituição do seu país, Nkurunziza concorreu e obteve um novo mandato com 70 porcento dos sufrágios nas eleições presidenciais de 21 de julho último no Burundi.
Esta reeleição mergulhou o Burundi numa crise profunda que já fez vários mortos levando ao exílio numerosos Burundeses que fogem das violências.
As novas autoridades fazem atualmente face ás pressões da comunidade internacional e da União Africana (UA) que decidiu, a 18 de dezembro último, criar uma Missão Africana de Prevenção e de Proteção no Burundi (MAPROBU) de pelo menos cinco mil homens por receio dum novo "genocídio" no continente.
O chefe de Estado burundês abordou esta quarta-feira a questão para lembrar a UA que a Consituição Nacional apenas autoriza uma intervenção militar estrangeira a pedido do Governo, em caso de ausência confirmada do Estado, ou com base num consenso entre as partes no conflito, o que, a seu ver, não é o caso hoje no Burundi.
-0- PANA FB/JSG/MAR/DD 30dez2015