Agência Panafricana de Notícias

Presidência nigeriana investiga sobre gafes no discurso da independência

Lagos, Nigéria (PANA) – O Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, ordenou a abertura de um inquérito sobre as "inexatidões" contidas no seu discurso pronunciado segunda-feira por ocasião do 52º aniversário da independência do país, revela esta quarta-feira o diário local "Punch".

Uma afirmação do Presidente segundo a qual a agência internacional de luta contra a corrupção Transparência Internacional (TI) classificou a Nigéria como o segundo país que registou mais melhorias no combate à corrupção foi refutada pela organização sediada em Berlim.

"A Transparência Internacional não divulgou recentemente uma classificação ou um relatório designando a Nigéria como o segundo país que mais melhorou no combate à corrupção', disse a diretora do Departamento para África da TI, Chantal Uwimana, numa resposta transmitida terça-feira por correio eletrónico a um inquérito da PANA sobre o assunto.

O jornal em linha "Premium Times" revelou o caso terça-feira, indicando que o Presidente "mentiu" no seu discurso sobre os esforços da sua administração para lutar contra a corrupção.

Desde então, vários jornais comentaram o facto, enquanto a oposição política pediu ao Presidente Jonathan para apresentar desculpas aos Nigerianos por os ter "enganado".

O principal partido da oposição, o Action Congress of Nigeria (ACN), indica que além de se desculpar junto dos Nigerianos por esta "falsa informação", "o Presidente deve imediatamente abrir um inquérito para conhecer a fonte desta afirmação que expôs a sua administração e todo o país ao ridículo".

Na sua resposta publicada no site na internet do Ministério federal da Informação, sem dúvida um assistente do Presidente, que simplesmente assinou "Reno", imputa o erro ao jornal local "Business Day".

De acordo com "Reno", o jornal noticiou a 12 de setembro de 2012 que "o inquérito sobre as percepções do estado da corrupção no mundo para 2011 em relação a 2010 revelavam que a Nigéria era o segundo país no mundo que registou mais melhorias, com uma nota de 1,5 ponto".

Ele sublinha que as informações "foram consideradas exatas por fontes dignas de confiança e utilizadas pelo Presidente de boa fé".

-0- PANA SEG/NFB/JSG/IBA/CJB/TON 03out2012