Agência Panafricana de Notícias

Prémio Internacional UNESCO-Guiné Equatorial 2019 entregue em Addis Abeba

Paris, França (PANA) – Uma cerimónia para a entrega do Prémio Internacional UNESCO - Guiné-Equatorial  realiza-se nesta segunda-feira segunda-feira à margem da 33.ª cimeira dos chefes de Estado da União Africana (UA) em curso na capital etíope, Addis Abeba, anuncia a agência onusina.

Os três laureados desta quinta edição do Prémio para a Pesquisa em Ciências da Vida são Laurencin, engenheiro biomédico e cirurgião ortopédico, Kevin McGuigan do Collégio Real de Cirurgiões na Irlanda (RCSI, sigla em inglês) e Youyou Tu da Academia das Ciências Médicas Chinesas, vencedor do Prémio Nobel de Medicina de 2015.

O professor Laurencin (Estados Unidos), diretor do Instituto de Convergência para a Tradução em Engenharia Regenerativa de Connecticut (Estados Unidos) possui a cadeira emérita Albert e Wilda Van Dusen da Cirurgia Ortopédica da Universidade de Connecticut,  é recompensado pelas suas contribuições excecionais, mundialmente reconhecidas, para o progresso da ciência.

O professor Kevin McGuigan (Irlanda ) do RCSI, é premeado pelas suas pesquisas sobre o desenvolvimento e a aplicação da técnica de Desinfeção Solar da Água (SODIS, sigla em inglês) que permite lutar contra doenças de origem hídrica, de que são vítimas pessoas sem acesso à água potável, particularmente em África e na Ásia.

A professora Yougou Tu (China), Prémio Nobel de Medicina de 2015, é premiada pelos seus trabalhos sobre doenças parasitárias, que permitiram descobrir um tratamento antipalúdico inteiramente novo, a artemisinina, que permitiu tratar vários milhares de pacientes na China, nos anos 1980.

Recomendações para a escolha dos laureados foram feitas por um júri internacional composto por cinco eminentes cientistas, designadamente Vincent Titanji (Camarões),  Indrani Karunasagar (Índia), Wagida Anwar (Egito), Constantinos Phanis (Chipres) e  Pathmanathan Umaharan (Trinidade-e-Tobago).

Cada um dos laureados receberá 350 mil dólares americanos e uma estátua do artista equato-guineense Leandro Mbomio Nsue, bem como um diploma.

O Prémio Internacional UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) - Guiné-Equatorial para a Pesquisa em Ciências da Vida recompensa esforços consideráveis de pessoas ou instituições que tenham contribuído para a melhoria da qualidade da vida através de pesquisas científicas.

O seu principal objetivo é encorajar a pesquisa, melhorar a colaboração entre pesquisadores e reforçar redes dos centros de excelência no domínio das ciências da vida com vista a melhorar a qualidade da vida humana.

O Prémio, financiado pela Guiné-Equatorial desde 2008 e entregue anualmente a três laureados no máximo, foi criado pelo Conselho Executivo da UNESCO para contribuir para a realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável definidos no Programa de Desenvolvimento até 2030 e para apoiar as prioridades globais da UNESCO inscritas na sua estratégia a médio prazo (2014-2021), lembrou a agência onusina.

-0- PANA BM/TBM/FK/DD 9fev2020