PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Prémio Nobel da Paz quer Fundo Mundial para vítimas de violação sexual
Bruxelas, Bélgica (PANA) – O vencedor do Prémio Nobel da Paz deste ano, Denis Mukwege, da República Democrática do Congo (RDC), lançou um apelo para a criação de um Fundo Mundial para a reparação das vítimas de violação sexual no Mundo.
Cirurgião-ginecologista que operou, há oito anos, pelo menos 50 mil mulheres no hospital de Panzi, Mukwege falava no ato de receção da sua distinção segunda-feira, em Oslo, na Noruega.
O Prémio, acompanhado de uma recompensa financeira de 867 mil euros, é partilhado por Mukwege com a jovem mulher Nadi Murad Yazidie, uma Curda iraquiana que foi, durante dois anos, escrava sexual de jihadistas e que se tornou militante da defesa das mulheres violadas.
No seu discurso comovente, que fez chorar várias mulheres na assistência, Denis Mukwege denunciou a indiferença geral face às atrocidades cometidas em Kivu, na RD Congo.
Quase em lágrimas de fúria, Denis Mukwege lamentou que « bebés, raparigas, jovens mulheres, mães, avós, mas também homens e rapazes são violados de forma cruel, muitas vezes em público e em coletivo, inserindo plástico ardente nas partes genitais ».
Ele pediu o fim da impunidade para os autores da violência sexual.
Acusou as multinacionais, que pilham as riquezas minerais congolesas como coltan, cobalto e outros ainda com a cumplicidade dos líderes do país, apelando aos países industrializados para deixarem de "estender o tapete vermelho" a esses líderes quando visitam a Europa.
Várias personalidades, das quais Louis Michel, antigo ministro belga dos Negócios Estrangeiros, estiveram na sala com dezenas de Congoleses que aplaudiam o homem que orgulha mais ainda o seu país.
-0- PANA AK/JSG/FK/IZ 11dez2018
Cirurgião-ginecologista que operou, há oito anos, pelo menos 50 mil mulheres no hospital de Panzi, Mukwege falava no ato de receção da sua distinção segunda-feira, em Oslo, na Noruega.
O Prémio, acompanhado de uma recompensa financeira de 867 mil euros, é partilhado por Mukwege com a jovem mulher Nadi Murad Yazidie, uma Curda iraquiana que foi, durante dois anos, escrava sexual de jihadistas e que se tornou militante da defesa das mulheres violadas.
No seu discurso comovente, que fez chorar várias mulheres na assistência, Denis Mukwege denunciou a indiferença geral face às atrocidades cometidas em Kivu, na RD Congo.
Quase em lágrimas de fúria, Denis Mukwege lamentou que « bebés, raparigas, jovens mulheres, mães, avós, mas também homens e rapazes são violados de forma cruel, muitas vezes em público e em coletivo, inserindo plástico ardente nas partes genitais ».
Ele pediu o fim da impunidade para os autores da violência sexual.
Acusou as multinacionais, que pilham as riquezas minerais congolesas como coltan, cobalto e outros ainda com a cumplicidade dos líderes do país, apelando aos países industrializados para deixarem de "estender o tapete vermelho" a esses líderes quando visitam a Europa.
Várias personalidades, das quais Louis Michel, antigo ministro belga dos Negócios Estrangeiros, estiveram na sala com dezenas de Congoleses que aplaudiam o homem que orgulha mais ainda o seu país.
-0- PANA AK/JSG/FK/IZ 11dez2018