PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Prémio Nobel congolês homenageia vítimas de violência sexual no mundo
Paris, França (PANA) - O médico congolês Denis Mukwege dedicou o seu Prémio Nobel da Paz a todas as vítimas da violência sexual no mundo, advogando o fim da impunidade dos autores deste crime.
Mukwege, ginecologista, fez esta dedicação segunda-feira última quando recebia oficialmente o seu Prémio Nobel da Paz em Oslo, na Noruega, pela sua militância a favor da defesa dos direitos humanos no leste da República Democrática do Congo (RDC).
O filantrópico deu enfoque à situação na aldeia de Kavumu, no leste congolês, onde mais de 50 bebés foram violados por um membro do Parlamento Provincial de Kivu-Norte, cuja milícia aterroriza habitantes locais.
"O que aconteceu em Kavumu e que continua a acontecer hoje em vários outros locais no Congo, como violações sexuais e massacres em Beni (leste) e em Kasai (no centro-sul do país), foi favorecido pela ausência de um Estado de Direito, pela decadência dos valores tradicionais e pela impunidade, de que gozam, em particular, dirigentes no regime no poder", indignou-se Mukwege.
Sublinhou que as violações, os massacres, a tortura, a insegurança e a falta gritante de educação criam uma espiral de violência sem precedentes.
O balanço humano deste caos perverso e organizado, prosseguiu o Prémio Nobel congolês da Paz, cifra-se em centenas de milhares de mulheres violadas, mais de quatro milhões de pessoas deslocadas no interior da RD Congo e seis milhões de mortos, ou seja o equivalente a toda a população da Dinamarca.
"Contudo, apesar de todos os esforços envidados, esta tragédia humana continua sem que todos os responsáveis sejam processados. Só a luta contra a impunidade pode quebrar a espiral da violência. Temos todos o poder de mudar o curso da história quando as convicções pelas quais lutamos são justas", galvanizou Mukwege.
O Prémio Nobel da Paz 2018 foi atribuído a Denis Mukwege e a Nadia Murad, ex-escrava do Daesh (Estado Islâmico), pelos esforços envidados para se pôr termo à onda de violações sexuais como arma de guerra no mundo.
Ginecológo de profissão, Mukwege não poupa esforços para ajudar mulheres vítimas de violações sexuais cometidas por vários protagonistas da guerra na RD Congo, praticando uma cirurgia reparadora dos órgãos genitais das vítimas na sua clínica em Panzi, na província de Kivu-Sul (leste).
Com outros defensores dos direitos humanos, recorreu a um tribunal militar que julga estas violações como crimes contra a humanidade.
-0- PANA BM/IS/SOC/MAR/DD 12dez2018
Mukwege, ginecologista, fez esta dedicação segunda-feira última quando recebia oficialmente o seu Prémio Nobel da Paz em Oslo, na Noruega, pela sua militância a favor da defesa dos direitos humanos no leste da República Democrática do Congo (RDC).
O filantrópico deu enfoque à situação na aldeia de Kavumu, no leste congolês, onde mais de 50 bebés foram violados por um membro do Parlamento Provincial de Kivu-Norte, cuja milícia aterroriza habitantes locais.
"O que aconteceu em Kavumu e que continua a acontecer hoje em vários outros locais no Congo, como violações sexuais e massacres em Beni (leste) e em Kasai (no centro-sul do país), foi favorecido pela ausência de um Estado de Direito, pela decadência dos valores tradicionais e pela impunidade, de que gozam, em particular, dirigentes no regime no poder", indignou-se Mukwege.
Sublinhou que as violações, os massacres, a tortura, a insegurança e a falta gritante de educação criam uma espiral de violência sem precedentes.
O balanço humano deste caos perverso e organizado, prosseguiu o Prémio Nobel congolês da Paz, cifra-se em centenas de milhares de mulheres violadas, mais de quatro milhões de pessoas deslocadas no interior da RD Congo e seis milhões de mortos, ou seja o equivalente a toda a população da Dinamarca.
"Contudo, apesar de todos os esforços envidados, esta tragédia humana continua sem que todos os responsáveis sejam processados. Só a luta contra a impunidade pode quebrar a espiral da violência. Temos todos o poder de mudar o curso da história quando as convicções pelas quais lutamos são justas", galvanizou Mukwege.
O Prémio Nobel da Paz 2018 foi atribuído a Denis Mukwege e a Nadia Murad, ex-escrava do Daesh (Estado Islâmico), pelos esforços envidados para se pôr termo à onda de violações sexuais como arma de guerra no mundo.
Ginecológo de profissão, Mukwege não poupa esforços para ajudar mulheres vítimas de violações sexuais cometidas por vários protagonistas da guerra na RD Congo, praticando uma cirurgia reparadora dos órgãos genitais das vítimas na sua clínica em Panzi, na província de Kivu-Sul (leste).
Com outros defensores dos direitos humanos, recorreu a um tribunal militar que julga estas violações como crimes contra a humanidade.
-0- PANA BM/IS/SOC/MAR/DD 12dez2018