PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Poucos países africanos dispõem de centros de hemodiálise
Dakar, Senegal (PANA)- Muito poucos países africanos dispõem de centros de hemodiálise para assistir os insuficientes renais, declarou segunda-feira em Dakar o secretário-geral da Associação Senegalesa dos Hemodialisados e Insuficientes Renais (ASHIR), Massaer Seck.
Em entrevista à PANA após a noite de solidariedade organizada pela sua associação com o objetivo de construir um centro de hemodiálise de referência na capital senegalesa, Seck indicou que « África apenas conta mil e 200 nefrólogos e muito poucos centros e metade destes centros está instalada na África do Norte ».
« Em África, a maioria dos países não dispõe de programas de prevenção contra as doenças renais », indicou Seck.
« O Senegal apenas dispõe de seis centros de diálise, incluindo cinco em Dakar. Apenas um centro está instalado em Saint-Louis (Norte). Na capital, apenas dois centros são públicos e os três outros são privados. Outros, cuja construção está prevista em Dakar e em algumas regiões do interior, estão ainda no estado de projeto. Por isso as listas de espera nestes centros aumentam dia a dia, indo até 113 pacientes”, deplorou.
A isto, acrescenta-se a insuficiência de especialistas desta doença, porque « o Senegal apenas conta três professores na matéria, seis enfermeiras e seis estudantes inscritos em especialista de nefrologia”, indicou Seck, acrescentando que neste país a insuficiência renal afeta entre 20 a 30 mil pessoas, 12 mil são atingidas de Insuficência Renal Crónica (IRC) e os outros estão condenados a uma morte certa.
Segundo ele, destes pacientes apenas 250 beneficiam do tratamento cujo custo é muito elevado.
« Anualmente dois a três mil novos casos acrescentam-se ao lote de doentes. Um paciente necessita de duas a três sessões de hemodiálise por semana durnate toda a sua vida, se não conseguir obter uma transplantação renal”, indicou.
« Um aparelho de diálise custa 12 milhões de francos CFA (cerca de 24 mil dólares americanos), a consulta de hemodiálise custa 60 mil francos CFA (120 dólares americanos), mas nas estruturas privadas o custo da sessão vai até 133 mil francos CFA (266 dólares americanos), além dos medicamentos que são extremamente caros », sublinhou.
Afirmou que, contudo, « em 2010, o Governo fez um grande esforço ao diminuir o custo da consulta para 10 mil francos CFA (20 dólares americanos). Solicitamos a gratuidade da diálise como é o caso na Mauritânia e no Benin. Enquanto isso, nos Camarões e na Côte d´Ivoire a consulta custa respetivamente cinco mil e dois mil e 500 francos CFA ( 10 e cinco dólares americanos)”.
Indicando que as principais causas da insuficiência renal são, entre outras, a diabete, a hipertensão arterial, a intoxicação de medicamentos e as infeções urinárias crónicas, o o secretário-geral da Associação Senegalesa dos Hemodialisados e Insuficientes Renais defendeu uma prevenção precoce e a concessão de bolsas a estudantes para os convencer a especializar-se nesta doença.
-0- PANA SIL/TBM/SOC/MAR/TON 26julho2011
Em entrevista à PANA após a noite de solidariedade organizada pela sua associação com o objetivo de construir um centro de hemodiálise de referência na capital senegalesa, Seck indicou que « África apenas conta mil e 200 nefrólogos e muito poucos centros e metade destes centros está instalada na África do Norte ».
« Em África, a maioria dos países não dispõe de programas de prevenção contra as doenças renais », indicou Seck.
« O Senegal apenas dispõe de seis centros de diálise, incluindo cinco em Dakar. Apenas um centro está instalado em Saint-Louis (Norte). Na capital, apenas dois centros são públicos e os três outros são privados. Outros, cuja construção está prevista em Dakar e em algumas regiões do interior, estão ainda no estado de projeto. Por isso as listas de espera nestes centros aumentam dia a dia, indo até 113 pacientes”, deplorou.
A isto, acrescenta-se a insuficiência de especialistas desta doença, porque « o Senegal apenas conta três professores na matéria, seis enfermeiras e seis estudantes inscritos em especialista de nefrologia”, indicou Seck, acrescentando que neste país a insuficiência renal afeta entre 20 a 30 mil pessoas, 12 mil são atingidas de Insuficência Renal Crónica (IRC) e os outros estão condenados a uma morte certa.
Segundo ele, destes pacientes apenas 250 beneficiam do tratamento cujo custo é muito elevado.
« Anualmente dois a três mil novos casos acrescentam-se ao lote de doentes. Um paciente necessita de duas a três sessões de hemodiálise por semana durnate toda a sua vida, se não conseguir obter uma transplantação renal”, indicou.
« Um aparelho de diálise custa 12 milhões de francos CFA (cerca de 24 mil dólares americanos), a consulta de hemodiálise custa 60 mil francos CFA (120 dólares americanos), mas nas estruturas privadas o custo da sessão vai até 133 mil francos CFA (266 dólares americanos), além dos medicamentos que são extremamente caros », sublinhou.
Afirmou que, contudo, « em 2010, o Governo fez um grande esforço ao diminuir o custo da consulta para 10 mil francos CFA (20 dólares americanos). Solicitamos a gratuidade da diálise como é o caso na Mauritânia e no Benin. Enquanto isso, nos Camarões e na Côte d´Ivoire a consulta custa respetivamente cinco mil e dois mil e 500 francos CFA ( 10 e cinco dólares americanos)”.
Indicando que as principais causas da insuficiência renal são, entre outras, a diabete, a hipertensão arterial, a intoxicação de medicamentos e as infeções urinárias crónicas, o o secretário-geral da Associação Senegalesa dos Hemodialisados e Insuficientes Renais defendeu uma prevenção precoce e a concessão de bolsas a estudantes para os convencer a especializar-se nesta doença.
-0- PANA SIL/TBM/SOC/MAR/TON 26julho2011