Portugal saúde plano marroquino de autonomia no Sara Ocidental
Rabat, Marrocos (Pana) - O ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, saudou um plano marroquino de autonomia apresentado para se encontrar uma solução para o diferendo atinente ao Sara Ocidental, qualificando-o de "initiativa significativa e de um passo em frente."
"O plano de autonomia apresentado pelo Marrocos é um plano importante, significativo e um passo em frente", regozijou-se sexta-feira o chefe da diplomacia portuguesa, numa declaração à Agência de Notícias de Portugal (Lusa).
Segundo João Gomes Cravinho, é agora oportuno que haja um movimento para desbloquear a situação atual deste processo.
"Portugal é um vizinho. Temos excelentes relações com Marrocos e Argélia. Compreendemos que seja muito importamte realizarmos avanços no sentido da pacificação desta situação", acrescentou o diplomata português em margem da sessão de encerramento do ciclo de conferências.
No termo deste fórum, decorrido sob o lema "Diplomacia e independência de Portugal", no Palácio da Independência em Lisboa, ele indicou ter enviado um convite ao enviado pessoal do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Sara Ocidental, Staffan de Mistura, para visitar Portugal.
"O que queremos sublinhar é o nosso apoio ao processo que as Nações Unidas estão a desenvolver. E cremos que, depois destas décadas, devemos procurar a entender-nos", acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa.
A iniciativa de autonomia proposta pelo Marrocos em 2007 a fim de se põr fim ao conflito artificial à volta do Sara Ocidental ganha cada vez mais notoriedade, credibilidade e serventia, constatam obseradores.
Após os Estados Unidos, numerosos países africanos, árabes e asiáticos, foi a vez da Alemanha, da Espanha e, até recentemente, dos Países Baixos de reconhecerem o plano de autonomia marroquino com sendo "a única solução séria, credível e realista para o diferendo regional no Sara Ocidental."
Marrocos anexou o Sara Ocidental ao seu território logo depois do seu abandono, em 1975, pela Espanha, então potencial colonial.
Apoiada logistica e militarmente pela Argélia, a Frente Polissário, movimento armado sarauí, guerreia contra Marrocos, reivindicando a soberania deste território.
-0- PANA/AT/AD/SOC/DD 12abril2023
