PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Portugal apoia Cabo Verde na criação de programa de transplante renal
Praia, Cabo Verde (PANA) – A diretora do Hospital Agostinho Neto (HAN), na cidade da Praia, Ricardina Andrade, e o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Portugal), Carlos Martins, assinaram, segunda-feira, na cidade da Praia um protocolo que visa elaborar um primeiro programa de transplante renal em Cabo Verde, apurou a PANA de fonte segura.
No âmbito do protocolo, equipas do Hospital de Santa Maria, na capital portuguesa, vão dar formação e fazer assessoria técnica a médicos e enfermeiros do Hospital Agostinho Neto para fortalecer a capacidade de resposta do seu centro de hemodiálise, que começou a funcionar em 2014 e atende atualmente 52 doentes, dos quais 14 na lista de espera.
A diretora do Hospital Agostinho Neto, Ricardina Andrade, explicou que, desde a entrada em funcionamento do centro de dialise, o envio a Lisboa destes doentes "foi descontinuado", sendo agora necessário o "treinamento e capacitação de médicos e enfermeiros".
"Já estamos a fazer diálise, mas sabemos que o objetivo de um doente é não depender da diálise e vamos começar a preparar e dialogar sobre o próximo passo, que é o transplante", disse Ricardina Andrade.
Ela assinalou que, para já, ao abrigo do protocolo, o HAN vai focar-se "na qualidade e na segurança da diálise", considerando que não "se pode parar por aí. Vamos ter que começar a planificar porque temos jovens com insuficiência renal que não devem ficar só pela diálise", sublinhou.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que lidera a delegação do Hospital de Santa Maria, que iniciou esta segunda-feira última uma visita técnica de uma semana ao hospital central da Praia, assinalou que a criação de um programa de transplante renal em Cabo Verde "é uma ambição".
"Estamos muito ligados à criação do centro de hemodiálise e queremos participar na sua consolidação. Não apenas no centro, mas naquilo que é a natural ambição do hospital e das pessoas que estão hemodialisadas e que, através do transplante, tiveram mais qualidade de vida", recordou.
Embora seja otimista quanto à implementação do programa de transplante renal no principal centro de saúde do arquipélago cabo-verdiano, Carlos Martins recusou contudo fazer uma previsão de quando será possível aos doentes cabo-verdianos fazerem esse tratamento no país.
"São questões que dependem das equipas, da tecnologia, dos doentes, de um conjunto de questões. Adiantar uma data neste momento seria dar falsas expetativas. Vamos trabalhar para que, daqui a um ano, existam condições completamente diferentes, vamos começar devagar e criar condições para que Cabo Verde tenha, num futuro não muito longínquo, a capacidade de resposta interna", precisou.
A unidade de hemodiálise no HAN, inaugurado em agosto de 2014, foi construída e instalada com a ajuda da cooperação portuguesa, que suportou 70 porcento dos custos e assumiu as despesas de tratamento de 35 doentes durante um período indeterminado, dando-se assim início a um processo que deverá conduzir ao regresso definitivo, ao país, dos 171 doentes renais cabo-verdianos que vivem e recebem tratamento em Portugal.
-0- PANA CS/DD 27out2015
No âmbito do protocolo, equipas do Hospital de Santa Maria, na capital portuguesa, vão dar formação e fazer assessoria técnica a médicos e enfermeiros do Hospital Agostinho Neto para fortalecer a capacidade de resposta do seu centro de hemodiálise, que começou a funcionar em 2014 e atende atualmente 52 doentes, dos quais 14 na lista de espera.
A diretora do Hospital Agostinho Neto, Ricardina Andrade, explicou que, desde a entrada em funcionamento do centro de dialise, o envio a Lisboa destes doentes "foi descontinuado", sendo agora necessário o "treinamento e capacitação de médicos e enfermeiros".
"Já estamos a fazer diálise, mas sabemos que o objetivo de um doente é não depender da diálise e vamos começar a preparar e dialogar sobre o próximo passo, que é o transplante", disse Ricardina Andrade.
Ela assinalou que, para já, ao abrigo do protocolo, o HAN vai focar-se "na qualidade e na segurança da diálise", considerando que não "se pode parar por aí. Vamos ter que começar a planificar porque temos jovens com insuficiência renal que não devem ficar só pela diálise", sublinhou.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que lidera a delegação do Hospital de Santa Maria, que iniciou esta segunda-feira última uma visita técnica de uma semana ao hospital central da Praia, assinalou que a criação de um programa de transplante renal em Cabo Verde "é uma ambição".
"Estamos muito ligados à criação do centro de hemodiálise e queremos participar na sua consolidação. Não apenas no centro, mas naquilo que é a natural ambição do hospital e das pessoas que estão hemodialisadas e que, através do transplante, tiveram mais qualidade de vida", recordou.
Embora seja otimista quanto à implementação do programa de transplante renal no principal centro de saúde do arquipélago cabo-verdiano, Carlos Martins recusou contudo fazer uma previsão de quando será possível aos doentes cabo-verdianos fazerem esse tratamento no país.
"São questões que dependem das equipas, da tecnologia, dos doentes, de um conjunto de questões. Adiantar uma data neste momento seria dar falsas expetativas. Vamos trabalhar para que, daqui a um ano, existam condições completamente diferentes, vamos começar devagar e criar condições para que Cabo Verde tenha, num futuro não muito longínquo, a capacidade de resposta interna", precisou.
A unidade de hemodiálise no HAN, inaugurado em agosto de 2014, foi construída e instalada com a ajuda da cooperação portuguesa, que suportou 70 porcento dos custos e assumiu as despesas de tratamento de 35 doentes durante um período indeterminado, dando-se assim início a um processo que deverá conduzir ao regresso definitivo, ao país, dos 171 doentes renais cabo-verdianos que vivem e recebem tratamento em Portugal.
-0- PANA CS/DD 27out2015