Porto são-tomense de Ana Chaves privatizado para consórcio ganense
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O Governo são-tomense privatizou o Porto de Ana Chaves, a favor de uma concessionária do Gana, a SafeBond, soube a PANA de fonte oficial.
“Foi a melhor opção para viabilizar e desenvolver São Tomé e Príncipe”, defendeu sexta-feira o ministro são-tomense das Obras Públicas, Osvaldo Abreu, durante a cerimónia de privatição desta infraestrutura.
Marcada por carências de equipamentos para operações portuárias, associadas a greves constantes dos trabalhadores da Enaport (Empresa Nacional de Administração dos Portos), o Governo são-tomense decidiu privatizar o Porto de Ana Chaves, por 30 anos, a favor da SafeBond.
Esta última promete investir cerca de 400.000.000 dólares americanos, segundo o governante, que garante que "o negócio é lucrativo para o Estado são-tomense."
“Vamos cobrar receitas brutas através do conceito Royalty. Não haverá tempo de carência. Começaremos por três por cento de royalty e, depois, isto vai aumentar de três para cinco anos progressivamente. Depois, passaremos para 15, 20 e 25, ao longo de 30 anos de concessão”, acrescentou.
Anunciou igualmente a firma ganense construirá, dentro de cinco anos, um novo porto, Porto de Fernão Dias, que, disse, terá a mesma estrutura.
Os acordos sobre estas obras foram assinados sexta-feira última entre o Governo são-tomense e a SafeBond, gestora do Porto do Gana.
A SafeBond, segundo Osvaldo Abreu, é conhecedor das operações e gestão portuárias, e acumula experiências em vários países do continente.
De acordo com a cláusula do contrato, o Estado são-tomense detém 25 por cento e a SafeBond, 75 por cento das ações.
“É bom salvaguardar isto nós não vamos investir. Mas sim, vamos colher os benefícios. Setenta e cinco por cento por parte do consórcio que vai investir os 100 por cento“, regozijou-se o governante.
-0- PANA RMG/DD 18out2022
