Abuja, Nigéria (PANA) - Mais de 30 soldados e membros das Forças de Polícia nigerianos estão detidos por vender armas provenientes dos armazéns militares a grupos armados, nomeadamente insurgentes islamitas, soube a PANA de fonte oficial.
La détention de 30 officiers le 29 Mai 2025, par les autorités nigérianes pour leur implication présumée dans la vente illégale d’armes à des groupes armés, y compris des insurgés islamistes, marque un tournant dans la lutte du pays contre le terrorisme.
“Parece que perdiamos o terreno. É urgente çançarmos uma ação militar agressiva e dispormos de informações proveitosas que nos permita contrapor a insurreição”, regozijou-se o governador do Estado de Borno (norte), Babagana Umara Zulum.
A seu ver, os recentes ataques contra Sabon Geri, Damboa, Wulgo, Baga e Monguno monstram que é necessário que se passe para a velocidade superior a fim de fazer face à insurreição de Boko Haram de maneira decisiva e rápida.
"Não devemos deixar ao Boko Haram o tempo de se reorganizar, de se armar e lançar ataques no nosso território", conclui Babagana Umara Zulum.
Nos dias 27 e 29 de março de 2025, dezenas de terroristas, entre os quais mulheres adultas e algumas crianças, “renderam-se às tropas regulares em palcos de operações na sequência de um ataque das nossas valentes tropas”, indicou por sua vez, Markus Kangye, diretor das Operações Mediáticas do Exército.
Acrescenou que, entre 27 de março e 1 de abril últimos, as trops, em colaboração com as forças híbridas, levaram a cabo operações ofensivas, nomeadamente patrulhas de combate, raides e operações de limpeza nas zonas sob o controlo do Governo local de Bama, Gwaza, Kaga Konduga do Estado de Borno (norte).
Durante estas operações, prosseguiu, alguns terroristas foram neutralizados e outros detidos, segundo o diretor das Operações Mediáticas do Exército.
Segundo autoridades locais, a decisão do Exército de reconhecer as detenções é um sinal de um esforço renovado no sentido de renovar a confiança e a integridade das suas fileiras.
Com a abertura de um inquérito sobre o tráfico de armas em curso, as autoridades estão sob pressão para prevenir novas violações e proteger arsenais nacionais contra qualquer compromisso interno, dizem autoridades.
País mais povoado e primeiro produtor de energia em África, a Nigéria luta contra a insegurança sob vários aspetos, entre outros, a insurreição de longa data no noroeste do país e raptos à mão armada protagonizados por gangues na mesma região.
Nas últimas semanas, o país vivenciou uma ressurgência de ataques jihadistas (islamitas) da autoria do Boko Haram e da Província da África Ocidental do Estado Islâmico (SWAP, sigla em inglês).
O Estado de Borno, no nordeste do país, onde está a ser levada a cabo, há anos, uma campanha de luta contra a insureição, é o mais afetado por recentes atos violentos.
-0- PANA DD 2junho2025