PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Polícia mata 35 pessoas em violentas represálias no Quénia
Nairobi, Quénia (PANA) - As forças de segurança quenianas mataram 35 pessoas, entre as quais um bébé de seis meses, das 37 vítimas que perderam as suas vidas desde as eleições gerais de agosto último, revelou segunda-feira uma organização local de direitos humanos.
A Comissão Nacional para os Direitos Humanos do Quénia (KNCHR) indicou, no seu relatório sobre a violência pós-eleitoral, que a Polícia foi responsável por ter batido as vítimas.
A KNCHR revelou ainda que a Polícia fez uso excessivo da força contra os civis, espancando as vítimas ou usando munições para reprimir os manifestantes que saíram à rua para denunciar os resultados das eleições.
Segundo o relatório divulgado segunda-feira, os eleitores quenianos foram às urnas a 8 de agosto passado e esperavam a proclamação defintiva dos resultados, no dia seguinte, pela Comissão Eleitoral Independente (IEBC), sobretudo para o escrutínio presidencial.
Contudo, a tensão subiu quando a principal coligação da oposição, a Super Aliança Nacional (NASA), dirigiu-se à nação dando conta de fraudes e manipulações, entre outras más práticas.
Algumas partes do país, sobretudo nos distritos de Nairobi e Kisumu, conheceram manifestações de eleitores para exprimir o seu descontentamento em reação à declaração feita pela oposição.
Durante essa noite, duas pessoas teriam perdido a vida. Depois um importante dispositivo de segurança foi desdobrado em Nairobi, Kisumu, Siaya, Homa Bay e Migori, no oeste do Quénia, que na sua maioria foram considerados como pontos quentes.
Quando os resultados foram proclamados, seguiram-se tiroteios e jatos de gáses lacrimogéneos em Mathare, Kibera, Dandora, Lucky Summer e Kawangware, na comuna de Nairobi, e em Manyatta, Kondele, Nyamasaria, no distrito de Kisumu, em Polícia tentava dispersar os manifestantes na escuridão, revela o relatório.
A KNCHR fez uma declaração enérgica numa conferência de imprensa organizada a 11 de agosto de 2017, para condenar o "massacre" e exortou os cidadãos a manter a calma.
"A Comissão vai trabalhar em estreita colaboração com os atores pertinentes para determinar a responsabilidade individual de qualquer polícia que abusou do seu poder e usou violência contra os cidadãos. Deve-se sublinhar que a Constituição, no seu artigo 37º, adverte contra o uso pela Polícia da violência e de armas de fogo, salvo em situações pré-estabelecidas e só depois de esgotar todos os meios disponíveis", indicou a organização de direitos humanos.
-0- PANA AO/AR/ASA/BEH/MAR/IZ 10out2017
A Comissão Nacional para os Direitos Humanos do Quénia (KNCHR) indicou, no seu relatório sobre a violência pós-eleitoral, que a Polícia foi responsável por ter batido as vítimas.
A KNCHR revelou ainda que a Polícia fez uso excessivo da força contra os civis, espancando as vítimas ou usando munições para reprimir os manifestantes que saíram à rua para denunciar os resultados das eleições.
Segundo o relatório divulgado segunda-feira, os eleitores quenianos foram às urnas a 8 de agosto passado e esperavam a proclamação defintiva dos resultados, no dia seguinte, pela Comissão Eleitoral Independente (IEBC), sobretudo para o escrutínio presidencial.
Contudo, a tensão subiu quando a principal coligação da oposição, a Super Aliança Nacional (NASA), dirigiu-se à nação dando conta de fraudes e manipulações, entre outras más práticas.
Algumas partes do país, sobretudo nos distritos de Nairobi e Kisumu, conheceram manifestações de eleitores para exprimir o seu descontentamento em reação à declaração feita pela oposição.
Durante essa noite, duas pessoas teriam perdido a vida. Depois um importante dispositivo de segurança foi desdobrado em Nairobi, Kisumu, Siaya, Homa Bay e Migori, no oeste do Quénia, que na sua maioria foram considerados como pontos quentes.
Quando os resultados foram proclamados, seguiram-se tiroteios e jatos de gáses lacrimogéneos em Mathare, Kibera, Dandora, Lucky Summer e Kawangware, na comuna de Nairobi, e em Manyatta, Kondele, Nyamasaria, no distrito de Kisumu, em Polícia tentava dispersar os manifestantes na escuridão, revela o relatório.
A KNCHR fez uma declaração enérgica numa conferência de imprensa organizada a 11 de agosto de 2017, para condenar o "massacre" e exortou os cidadãos a manter a calma.
"A Comissão vai trabalhar em estreita colaboração com os atores pertinentes para determinar a responsabilidade individual de qualquer polícia que abusou do seu poder e usou violência contra os cidadãos. Deve-se sublinhar que a Constituição, no seu artigo 37º, adverte contra o uso pela Polícia da violência e de armas de fogo, salvo em situações pré-estabelecidas e só depois de esgotar todos os meios disponíveis", indicou a organização de direitos humanos.
-0- PANA AO/AR/ASA/BEH/MAR/IZ 10out2017