PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Polícia detém editor na RD Congo
Dakar, Senegal (PANA) – O Comité para a Proteção dos Jornalistas, organização de defesa da liberdade da imprensa sediada em Nova Iorque (Estados Unidos), declarou que Michael Mukebayi, editor de imprensa na República Democrática do Congo (RDC), foi detido pela Polícia, segundo um comunicado transmitido esta sexta-feira à PANA.
O comunicado precisa que o jornalista foi detido sem inculpação durante uma semana no quadro das alegações de difamação sobre um artigo publicado pelo bissemanário privado CongoNews.
Mukebayi teria sido detido, a 21 de agosto corrente por quatro polícias à paisana em sua cada em Bandalungwa, nos arredores da capital, Kinshasa. A Polícia disse ter um mandado de captura contra Mukebayi e o diretor do jornal, John Tshingombe, que passou para a clandestinidade.
A detenção seguiu-se a uma queixa por insulto público apresentada a 4 de agosto corrente pelo senador Francis Kaniki sobre um artigo, que, segundo ele, criticava o cardeal Laurent Monsegwo Pasniya, arcebispo de Kinshasa.
O CPJ declara que o senador é irmão mais novo do cardeal e o artigo publicado a 18 de julho último sem assinatura acusou o arcebispo de desvio de fundos em nome da Igreja Católica para solicitar financiamentos e de faltar a um fórum em julho de 2014 organizado pelo movimento internacional dos intelectuais católicos e assuntos culturais, um grupo da sociedade civil baseado na fé.
Ele disse que Mukebayi foi detido no Centro Gombe de Detenção de Kinshasa até segunda-feira última, quando as autoridades o transferiram para a Cadeia Central de Makala, na capital congolesa.
O CPJ revelou igualmente que as acusações contra o editor da imprensa deverão ser apresentadas na próxima semana.
« Nenhum jornalista deve ir à cadeia por publicar uma opinião e tais detenções têm um efeito dissuasivo sobre a imprensa », observou o representante do CPJ para a África Oriental, Tom Rhodes. “Nós lançamos um apelo às autoridades congolesas para libertar Michael Muke imediatamente », acrescentou.
Entretanto, jornalistas locais e internacionais formaram o movimento « Free Mike Caucus » e organizaram uma manifestação segunda-feira de manhã diante do Centro Católico de Lindonge, a sede do arcebispo, apelando para a libertação de Mukebayi.
O CPJ declarou, no entanto, que o arcebispo publicou uma declaração negando qualquer implicação neste caso.
Citando o secretário-geral da Federação Internacional dos Direitos Humanos para África, Paul Nsapu, o organismo da liberdade da imprensa indicou que as autoridades congolesas não aplicaram os procedimentos legais e deveriam emitir um mandado em vez de deter Mukebayi.
O CPJ declarou que ele documentou ameaças, detenções e atos de censura das autoridades da RD Congo contra a imprensa recentemente devido à subida da tensão nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
-0- PANA MLJ/VAO/MTA/BEH/FK/TON 29ago2014
O comunicado precisa que o jornalista foi detido sem inculpação durante uma semana no quadro das alegações de difamação sobre um artigo publicado pelo bissemanário privado CongoNews.
Mukebayi teria sido detido, a 21 de agosto corrente por quatro polícias à paisana em sua cada em Bandalungwa, nos arredores da capital, Kinshasa. A Polícia disse ter um mandado de captura contra Mukebayi e o diretor do jornal, John Tshingombe, que passou para a clandestinidade.
A detenção seguiu-se a uma queixa por insulto público apresentada a 4 de agosto corrente pelo senador Francis Kaniki sobre um artigo, que, segundo ele, criticava o cardeal Laurent Monsegwo Pasniya, arcebispo de Kinshasa.
O CPJ declara que o senador é irmão mais novo do cardeal e o artigo publicado a 18 de julho último sem assinatura acusou o arcebispo de desvio de fundos em nome da Igreja Católica para solicitar financiamentos e de faltar a um fórum em julho de 2014 organizado pelo movimento internacional dos intelectuais católicos e assuntos culturais, um grupo da sociedade civil baseado na fé.
Ele disse que Mukebayi foi detido no Centro Gombe de Detenção de Kinshasa até segunda-feira última, quando as autoridades o transferiram para a Cadeia Central de Makala, na capital congolesa.
O CPJ revelou igualmente que as acusações contra o editor da imprensa deverão ser apresentadas na próxima semana.
« Nenhum jornalista deve ir à cadeia por publicar uma opinião e tais detenções têm um efeito dissuasivo sobre a imprensa », observou o representante do CPJ para a África Oriental, Tom Rhodes. “Nós lançamos um apelo às autoridades congolesas para libertar Michael Muke imediatamente », acrescentou.
Entretanto, jornalistas locais e internacionais formaram o movimento « Free Mike Caucus » e organizaram uma manifestação segunda-feira de manhã diante do Centro Católico de Lindonge, a sede do arcebispo, apelando para a libertação de Mukebayi.
O CPJ declarou, no entanto, que o arcebispo publicou uma declaração negando qualquer implicação neste caso.
Citando o secretário-geral da Federação Internacional dos Direitos Humanos para África, Paul Nsapu, o organismo da liberdade da imprensa indicou que as autoridades congolesas não aplicaram os procedimentos legais e deveriam emitir um mandado em vez de deter Mukebayi.
O CPJ declarou que ele documentou ameaças, detenções e atos de censura das autoridades da RD Congo contra a imprensa recentemente devido à subida da tensão nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
-0- PANA MLJ/VAO/MTA/BEH/FK/TON 29ago2014