Agência Panafricana de Notícias

Pescas e atividades afins empregam 8 porcento dos trabalhadores em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - As pescas e atividades afins são responsáveis por cerca de oito porcento dos empregos em Cabo Verde, onde um em cada 12 trabalhadores vive direta ou indiretamente deste setor, apurou a PANA na cidade da Praia, de fonte oficial.

Esta informação consta duma mensagem da ministra das Infraestruturas e Economia Marítima, Sara Lopes, alusiva ao Dia Mundial do Pescador, assinalado a 05 de fevereiro, e na qual a governante destaca o contributo desta classe para o desenvolvimento da economia de Cabo Verde.

“Os mais de cinco mil pescadores artesanais e industriais representam, conjuntamente com as vendedoras, trabalhadores da indústria transformadora e dos serviços de apoio, cerca de oito porcento dos empregos nacionais, o que significa que um em cada 12 trabalhadores cabo-verdiano vive direta ou indiretamente das pescas ou áreas afins”, precisou.

Afirmou que são estes profissionais que asseguram o abastecimento do mercado nacional com cerca de 10 mil toneladas de pescado comercializado anualmente no país, no valor correspondente de mais de três mil milhões de contos (cerca de 27 milhões e 300 mil euros), acima da média do consumo do pescado por habitante ao nível mundial.

“O crescente dinamismo que se vem verificando nalgumas comunidades piscatórias, sobretudo no que respeita à sua organização em associações sócio-profissionais, vem confirmando que estamos no bom caminho, pois há clara assunção por parte dos pescadores da sua quota-parte de responsabilidades em matéria de desenvolvimento da pesca, via incontornável para se poder garantir uma gestão sustentável dos recursos pesqueiros”, sublinha a governante.

Sara Lopes reconhece também que ainda existem muitos desafios a vencer, nomeadamente a criação de condições para assegurar o emprego e a contribuição para a segurança alimentar no país, a questão do financiamento, tendo em conta a insuficiência dos recursos.

Em relação às dificuldades de acesso ao crédito, ela apelou à classe para apostar mais nas micro-finanças e inscreverem-se na segurança social, assim como a desenvolverem uma cultura de assegurar os seus bens, mormente botes, motores, viaturas, contra acidentes, contribuindo deste modo para a sua segurança pessoal e dos seus familiares.

A governante assegurou ainda que “muito está a ser feito” e que, por isso, o país conta ter, em 2016, dois centros de controlo de tráfego marítimo a funcionar em pleno no arquipélago cabno-verdiano.

Sara Lopes destacou a importância que esses centros vão ter na vida dos homens do mar, por considerar que a segurança no mar continua a ser um eterno desafio em Cabo Verde.

-0- PANA CS/DD 06fev2015