PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Pescado em risco de diminuição em São Tomé e Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - São Tomé e Príncipe poderá enfrentar uma diminuição considerável de pescado, nos próximos cinco anos, para o consumo da população, devido à "pesca irresponsável", admitem as autoridades do país e pecadores artesanais.
Segundo os pescadores, cerca de duas mil embarcações concentram-se todos os dias na área reservada à pesca artesanal, que varia entre 10 e 12 milhas da costa, e os recursos estão a escassear-se.
Essa mesma redução deve-se também às artes de pescas que muitos utilizam, como o arrebentamento de granadas nos bancos de pesca e o lançamento de redes de malha fina, práticas que "impossibilitam peixes pequenos de atingirem a fase adulta".
“Estamos na época de voador, já aconselhamos os pescadores que, com o capim que eles deitam na água para que voador possa desovar, no final da captura eles libertem os ovos, mas isso não acontece”, afirmou Graciano Costa, técnico das pescas, durante a sua intervenção num debate televisivo.
Os pescadores presentes no debate, e com certificação da União Europeia (UE) de estarem a contribuir para a diminuição do pescado, recordam que a espécie é responsável pela vinda de vários cardumes e outras espécies para a baía.
Para eles, os tubarões são uma espécie que afugenta peixes de outras variedades que ficam a 40 milhas para zonas abaixo de 10 a 12 milhas, facto que facilita os pescadores artesanais detentores de canoas de madeira limitada a navegarem para além das 12 milhas náuticas.
Alegam que, com a ausência de tubarões, recorrentemente tem aparecido espécies conhecidas por "coelho" que impossibilitam pesca à linha e são consideradas pelos técnicos e pescadores como sendo destruidoras.
Como consequência dessas e outras práticas, peixes de alto valor comercial e outras espécies estão cada vez mais caros, e, num país onde existem poucos investimentos na pesca semi-industrial, as autoridades estimam que o consumo de peixe irá reduzir consideravelmente nos próximos anos em São Tomé e Príncipe.
A Capitania dos Portos confirmou que, devido à crise de peixes, tem-se registado, nos últimos tempos, conflitos entre pescadores artesanais "irresponsáveis e responsáveis", sobretudo quando determinados pescadores na baía lançam redes de malha fina ao mar.
Os pescadores apontam que os dispositivos sobre a concentração de peixe não têm sido respeitados, porque "quer atuneiros e quer outras embarcações capturam todas as espécies que aparecem".
Enquanto isso, a Capitania dos Portos diz não ter meios de fiscalização, incluindo uma embarcação capaz de desencadear a pesca na Baia.
-0- PANA RMG/IZ 09julho2017
Segundo os pescadores, cerca de duas mil embarcações concentram-se todos os dias na área reservada à pesca artesanal, que varia entre 10 e 12 milhas da costa, e os recursos estão a escassear-se.
Essa mesma redução deve-se também às artes de pescas que muitos utilizam, como o arrebentamento de granadas nos bancos de pesca e o lançamento de redes de malha fina, práticas que "impossibilitam peixes pequenos de atingirem a fase adulta".
“Estamos na época de voador, já aconselhamos os pescadores que, com o capim que eles deitam na água para que voador possa desovar, no final da captura eles libertem os ovos, mas isso não acontece”, afirmou Graciano Costa, técnico das pescas, durante a sua intervenção num debate televisivo.
Os pescadores presentes no debate, e com certificação da União Europeia (UE) de estarem a contribuir para a diminuição do pescado, recordam que a espécie é responsável pela vinda de vários cardumes e outras espécies para a baía.
Para eles, os tubarões são uma espécie que afugenta peixes de outras variedades que ficam a 40 milhas para zonas abaixo de 10 a 12 milhas, facto que facilita os pescadores artesanais detentores de canoas de madeira limitada a navegarem para além das 12 milhas náuticas.
Alegam que, com a ausência de tubarões, recorrentemente tem aparecido espécies conhecidas por "coelho" que impossibilitam pesca à linha e são consideradas pelos técnicos e pescadores como sendo destruidoras.
Como consequência dessas e outras práticas, peixes de alto valor comercial e outras espécies estão cada vez mais caros, e, num país onde existem poucos investimentos na pesca semi-industrial, as autoridades estimam que o consumo de peixe irá reduzir consideravelmente nos próximos anos em São Tomé e Príncipe.
A Capitania dos Portos confirmou que, devido à crise de peixes, tem-se registado, nos últimos tempos, conflitos entre pescadores artesanais "irresponsáveis e responsáveis", sobretudo quando determinados pescadores na baía lançam redes de malha fina ao mar.
Os pescadores apontam que os dispositivos sobre a concentração de peixe não têm sido respeitados, porque "quer atuneiros e quer outras embarcações capturam todas as espécies que aparecem".
Enquanto isso, a Capitania dos Portos diz não ter meios de fiscalização, incluindo uma embarcação capaz de desencadear a pesca na Baia.
-0- PANA RMG/IZ 09julho2017