PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Peritos nigerianos saúdam papel de Exército egípcio
Lagos, Nigéria (PANA) – Peritos em relações internacionais na Nigéria saudaram o papel desempenhado pelo Exército egípcio na revolução popular que destituiu o Presidente Hosni Moubarak, sexta-feira, após 18 dias de manifestações.
Os peritos exortaram, no entanto, o Conselho Militar que herdou o poder, a levar a cabo a transição para um Estado de Direito.
“O Exército egípcio fez prova de senso elevado de responsabilidade. Como sabem, a responsabilidade do Exército em qualquer sistema político é proteger este último não apenas contra as ameaças exteriores, mas igualmente contra as internas”, disse em entrevista à PANA o Dr. Fred Agwu do Instituto Nigeriano para os Assuntos Internacionais (NIIA) em Lagos.
“Há militares oportunistas que, cada vez que se apresenta uma oportunidade como esta, aproveitam para tomar o poder político. Mas, o Exército egípcio se recusou a fazê-lo até que o Vice-Presidente entregou o poder. É um fato notável”, acrescentou o Dr. Agwu.
Por sua vez, o professor Charles Dokubo, igualmente pesquisador no NIIA, disse que o Conselho Militar Supremo deve assegurar uma maior abertura do campo político para permitir uma participação mais larga da população, mas sem um programa de transição indefinidamente prolongado.
O pesquisador denunciou a repressão política, a censura da imprensa, as violações dos direitos humanos e a exclusão económica à qual os Egípcios foram constrangidos sob o regime do Presidente Mubarak, que dirigiu o país durante cerca de 30 anos.
O professor Dokubo exortou igualmente o Exército a revogar todas as leis obsoletas que não estão conformes com os princípios democráticos.
As agitações por reformas políticas e as manifestações contra os Governos repressivos destituíram a 15 de janeiro o Presidente da Tunísia, Zine el-Abidine Ben Ali, antes de se propagar ao Egipto, com a resignação do Presidente Mubarak, enquanto protestos similares foram registados na Argélia.
"A maioria dos países da África do Norte e do mundo árabe são ainda dirigidos por ditaduras. Estes líderes que não ajudaram muito a sua população e não dirigiram o seu país respeitando o pedido social devem doravante começar a adotar reformas, se não quiserem conhecer o mesmo destino do que Mubarak”, acrescentou o professor Dokubo.
Os peritos são unânimes a propósito das lições tiradas destes últimos eventos na África do Norte, apelando aos líderes africanos a integrarem este novo dado no seu programa político, visto que as populações estão decididas a não mais ser dócis face à situação política dos seus países.
-0- PANA SB/SEG/ASA/SSB/CJB 13fev2011
Os peritos exortaram, no entanto, o Conselho Militar que herdou o poder, a levar a cabo a transição para um Estado de Direito.
“O Exército egípcio fez prova de senso elevado de responsabilidade. Como sabem, a responsabilidade do Exército em qualquer sistema político é proteger este último não apenas contra as ameaças exteriores, mas igualmente contra as internas”, disse em entrevista à PANA o Dr. Fred Agwu do Instituto Nigeriano para os Assuntos Internacionais (NIIA) em Lagos.
“Há militares oportunistas que, cada vez que se apresenta uma oportunidade como esta, aproveitam para tomar o poder político. Mas, o Exército egípcio se recusou a fazê-lo até que o Vice-Presidente entregou o poder. É um fato notável”, acrescentou o Dr. Agwu.
Por sua vez, o professor Charles Dokubo, igualmente pesquisador no NIIA, disse que o Conselho Militar Supremo deve assegurar uma maior abertura do campo político para permitir uma participação mais larga da população, mas sem um programa de transição indefinidamente prolongado.
O pesquisador denunciou a repressão política, a censura da imprensa, as violações dos direitos humanos e a exclusão económica à qual os Egípcios foram constrangidos sob o regime do Presidente Mubarak, que dirigiu o país durante cerca de 30 anos.
O professor Dokubo exortou igualmente o Exército a revogar todas as leis obsoletas que não estão conformes com os princípios democráticos.
As agitações por reformas políticas e as manifestações contra os Governos repressivos destituíram a 15 de janeiro o Presidente da Tunísia, Zine el-Abidine Ben Ali, antes de se propagar ao Egipto, com a resignação do Presidente Mubarak, enquanto protestos similares foram registados na Argélia.
"A maioria dos países da África do Norte e do mundo árabe são ainda dirigidos por ditaduras. Estes líderes que não ajudaram muito a sua população e não dirigiram o seu país respeitando o pedido social devem doravante começar a adotar reformas, se não quiserem conhecer o mesmo destino do que Mubarak”, acrescentou o professor Dokubo.
Os peritos são unânimes a propósito das lições tiradas destes últimos eventos na África do Norte, apelando aos líderes africanos a integrarem este novo dado no seu programa político, visto que as populações estão decididas a não mais ser dócis face à situação política dos seus países.
-0- PANA SB/SEG/ASA/SSB/CJB 13fev2011