Agência Panafricana de Notícias

Peritos internacionais apuram causas da morte de mercenários em São Tomé, diz Governo

São Tomé, São Tomé e Príncipe - Uma equipa internacional de apoio à investigação solicitada pelo Governo determinará as causas e circunstâncias da morte de mercenários envolvidos na alegada tentativa falhada de golpe de Estado, anunciou o Governo são-tomense. Num comunicado publicado sábado último no final de Conselho de Ministros, o Governo orientou aos serviços do Hospital Ayres de Menezes para conservarem “os corpos sem vida dos mercenários que se encontram na morgue.” O executivo de Patrice Trovoada solicitou a vinda ao país de peritos internacionais, entre eles um medico legista, a fim de “apurar as causas e circunstâncias destas mortes", indica o mesmo documento. Desde a última sexta-feira que a Polícia Judiciaria está a fazer diligências de acordo com interrogatórios resultantes da apreensão de mais implicados. Os detidos encontram-se nas instalações da PJ, devendo, esta segunda-feira, ser conduzidos ao Ministério Publico.

Em virtude deste caso, parentes das pessoas alegadamente envolvidas, incluindo o ex-presidente da Assembleia Nacional (Delfim Neves), manifestaram-se diante das instalações pedindo a sua libertação e condenando as mortes.

No entanto, o Governo frisou em comunicado que, após o esclarecimento da verdade, todos os implicados serão responsabilizados.

Mercenários foram mortos depois de capturados e encarcerados numa cela do Quartel-General das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe.

Dentre eles destaca-se Arcélio Costa, capturado na sua residência e levado para o Quartel, após um dos implicados o ter denunciado como sendo o cérebro da operação.

O assalto ao quartel das Forças Armadas, da autoria dos mercenários do Batalhão Búfalo aconteceu entre às zeros e 45 e às cinco da manhã de sexta-feira última.

Ouviram-se disparos ocasionais de tiros dentro e nos arredores do bairro militar.

O Conselho de Ministros “lamenta a publicação das imagens chocantes dos corpos sem vida" que, no entender do executivo, "circulam abusivamente.”

O Governo adianta, no documento, que “o venerando Conselho de Ministros se solidariza com indignação que a situação tem estado a causar, independentemente do direito à liberdade de informação."

-0- PANA RMG/DD 28nov2022