Peritos chineses em missão covid-19 no Congo
Brazzaville, Congo (PANA) - Uma missão médica chinesa dedicada ao novo coronavírus é esperada, nos próximos dias, no Congo, anunciou terça-feira o embaixador da China, em Brazzaville, Ma Fulin, em declarações à imprensa.
Segundo o diplomata chinês, estes peritos, que se encontram atualmente, na vizinha República Democrática do Congo (RDC), não virão para tratar os doentes congoleses.
Trata-se, segundo ele, de uma missão exclusivamente consagrada à discussão dos protocolos utilizados, na China, no âmbito da gestão dos casos covid-19.
"Os peritos chineses não visitarão, por conseguinte, os hospitais ou centros de saúde para tratar os casos da covid-19", explicou o embaixador chinês, justificando que estes médicos "não receberam autorização para trabalhar no Congo".
As discussões previstas decorrerão sob a forma de reuniões técnicas e administrativas, proporcionarão mais conhecimentos aos médicos congoleses que ainda estão a aprender sobre a doença viral altamente virulenta, precisou Ma Fulin.
Em Ponta Negra, a mesma missão reunir-se-á com médicos do principal centro económico e industrial do país, no sul.
A capital Brazzaville e Ponta Negra são o epicentro da doença no país. Várias pessoas estão infetadas e as autoridades sanitárias concentram os seus esforços na sensibilização, no rastreio e no tratamento nas duas principais cidades.
As duas cidades foram, por outro lado, isoladas do resto do país, segundo o plano de desconfinamento progressivo publicado sábado pelo primeiro-ministro Clément Mouamba.
A julgar pela situação da pandemia do novo coronavirus, no Congo, o diplomata chinês considerou que as autoridades, em Brazzaville, "estão a sair-se bastante bem face a esta pandemia".
"O Governo congolês tomou grandes medidas e a tempo, o que coloca o país numa boa direcção", disse Ma Fulin, apelando assim para a máxima cautela, neste período de desconfinamento progressivo, "porque ainda não se sabe nada sobre o vírus".
-0- PANA MB/DIM/IZ 20maio2020