Perito ivoiriense propõe nova moeda comum para África Ocidental
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deverá cunhar a sua própria moeda, a ECO, a partir de janeiro de 2020, que passará a ser a moeda comum dos 15 países membros deste espaço comunitário, soube a PANA de fonte oficial em Abidjan.
Um especialista ivoriense de sistemas de pagamento eletrónico, Justin Katina Koné, fez propostas para o sucesso deste processo num documento de que a PANA teve uma cópia.
Para Koné, é necessária uma fase de transição de cinco anos na CEDEAO para se preparar melhor para as economias dos países no sentido da unificação monetária.
Propôs "quebrar o vínculo exclusivo da paridade do franco CFA com o euro", que seria a primeira condição para que os países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) ganhem a confiança dos outros membros.
Segundo ele, é urgente estabelecer-se um plano comum para a industrialização do espaço da CEDEAO a fim de reduzir a dependência da zona relativamente ao mundo exterior, para as suas necessidades em termos de produtos industrializados.
Um mecanismo de solidariedade, que facilite a transição das economias, é essencial, segundo o perito ivoirinse, que afirma que "será já necessário apontar produtos de consumo essenciais importados para todas as populações, e criar fábricas comunitárias para a feitura destes produtos.
Propôs à CEDEAO para utilizar as suas grandes reservas de matérias-primas, nomeadamente fontes de energia, para fazer da sua moeda uma moeda procurada pelos grandes centros financeiros.
Koné recomenda que os planos conjuntos de energia e de infraestruturas e de comunicação sejam levados a cabo até à sua conclusão final.
-0- PANA JU/DIM/DD 13novembro2019