Agência Panafricana de Notícias

Perito denuncia marginalização de África no plano do turismo

Dakar- Senegal (PANA) -- O presidente do Sindicato Patronal da Indústria Hoteleira no Senegal (SPIHS), Mamadou Racine Sy, deplorou a marginalização de África no desenvolvimento económico do turismo mundial.
Falando na abertura, quarta-feira em Dakar, da 7ª edição da reunião da empresa, Mamadou Sy disse que as destinações africanas apenas representam 5 por cento das chegadas internacionais e 3 por cento das receitas mundais, apesar dum potencial turístico muito rico e variado do continente.
"Esta situação prevalecente no espaço da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA) reflecte ainda o nível de desenvolvimento globalmente fraco do turismo em África, cujos melhores desempenhos apenas representam 4 por cento das chegadas para um parque hoteleiro de dois mil estabelecimentos de alojamento, totalizando 50 mil quartos para 215 mil empregos criados", indicou.
Contudo, reconheceu que o turismo em geral é vítima das consequências da crise financeira internacional que entrava o desenvolvimento da actividade turística.
Abordando o caso particular do Senegal, indicou que o "turismo tem dois rostos no país", com um domínio de hoteleira de negócios e de congresso que regista resultados satisfatórios com uma taxa de ocupação que pode atingir 70 por cento e, por outro lado, a hoteleira de lazer, que regista baixas cumuladas com uma média de ocupação nacional inferior a 50 por cento.
O chefe dos hoteleiros do Senegal sublinhou que, para reduzir todas estas dificuldades, é preciso baixar a TVA (Taxa sobre o Valor Acrescentado) depois da directiva da UEMOA de instaurar um crédito hoteleiro, conceder recursos financeiros substanciais, sanear profundamente o meio pela normalização das escolas de formação, das agências de viagem e pôr termo ao desenvolvimento anárquico do alojamento informal.