Pastor são-tomense detido na Côte d'Ivoire reave liberdade brevemente. diz Governo
São Tomé São Tomé e Príncipe (PANA) - Um ex-pastor são-tomense, da Igreja Universal Reino do Deus, preso há já um mês na Côte d'Ivoire, por um crime cibernético e de difamação, poderá reaver a sua liberdade nos próximos dias, segundo o Governo são-tomense.
Uma nota de imprensa do gabinete da ministra são-tomense dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, distribuído aos órgãos de comunicação social nacional e estrangeiro, informa que o Estado são-tomense contratou “um gabinete de advocacia para interpor um recurso junto ao Tribunal de Relação da Côte d'Ivoire.”
O documento a que a PANA teve acesso avança ainda que o Governo são-tomense “aguarda pela decisão do recurso interposto naquela instância nos próximos dias.”
No entanto, “os responsáveis da Igreja Universal Reino de Deus, da Côte d'Ivoire, já retiraram a queixa contra o cidadão são-tomense, faltando apenas as subsequentes diligências do setor da justiça da Côte d'Ivoire”, anunciou Adelino Lucas, secretario de Estado da Comunicação Social, quando fazia o balanço final da última sessão do conselho de ministros.
Entretanto, com vista a garantir a continuidade dos trabalhos e o seu acompanhamento, encontra-se em Abidjan, a capital ivoiriense, o diretor das Comunidades e Assuntos Consulares do ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe
A missão dos bons ofícios do Governo são-tomense, que efetuou visitas regulares e se inteirou sobre o processo do ex-pastor Iudmilo Veloso da Costa, foi liderada pela embaixadora são-tomense, residente em Libreville, no Gabão.
O ex-pastor da Igreja Universal Reino de Deus encontrava-se a trabalhar na Côte d'Ivoire, há já onze anos, onde cumpre um ano de prisão por crime cibernético, por difamação aos seus colegas nas redes sociais através de um perfil falso, naquele país.
A prisão do antigo missionário da IURD, naquele território africano, resultou, em São Tomé, numa manifestação mortífera, e na destruição de vários templos da referida congregação e na queima de meios de transportes, como carros e motorizadas.
O desacato obrigou vários pastores brasileiros e de outras nacionalidades a ausentarem-se do arquipélago, depois da queima e da destruição do templo da maior "sede central", perto do Comando da Policia Nacional.
Em consequência deste episódio, dois humoristas são-tomenses, tidos como presumíveis atores de incitação à violência nas redes socias, foram impedidos de viajarem para Portugal, na última sexta-feira, no voo da Stp Airways (transportadora aéreo nacional).
Na última quarta-feira, os dois humoristas foram ouvidos pela Polícia Judiciária, devendo, nesta segunda-feira, ser ouvidos pelo Ministério Público, indica-se em São- Tomé.
-0- PANA RMG/DD 27out2019