Conacri, Guiné (PANA) - O G58, plataforma que reúne vários partidos políticos guineenses, rejeitou sábado o Quadro de Consulta Inclusivo, criado quinta-feira, a pedido da classe política, pelo chefe da Junta, coronel Mamadi Doumbouya, no poder desde a 05 de setembro.
Iniciadora desta plataforma, a União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG) do ex-primeiro-ministro Mamadou Cellou Dalein Diallo considera haver “muitas lacunas” no decreto que cria o Quadro de Diálogo, no entanto exigido pela classe política.
Os partidos políticos, reunidos no G58, denunciam a extensão do Quadro de Consulta Inclusivo à sociedade civil e à imprensa, acrescentando que só o queriam político com a participação de um mediador internacional.
A ideia de nomear um mediador internacional, proposta pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), poucos dias depois da destituição do regime do Presidente Alpha Condé, tinha sido rejeitada pelo chefe da Junta, insistindo que a Guiné “não está em crise”.
"A ausência de um mediador da CEDEAO, a falta de determinação dos parceiros técnicos e financeiros e o número de coligações para participar neste diálogo são as principais deficiências denunciadas por estas formações políticas", lê-se num comunicado de imprensa do G58, que indica que o decreto fala de cerca de 20 coligações políticas, enquanto existem mais.
-0- PANA AC/IS/MAR/IZ 10abril2022