PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Partidos no poder em Angola e Guiné-Bissau relançam cooperação parlamentar
Luanda, Angola (PANA) - O MPLA e o PAIGC, partidos no poder em Angola e na Guiné-Bissau, respetivamente, decidiram relançar a sua cooperação bilateral, a nível parlamentar, interrompida pelos acontecimentos em torno do golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012, em Bissau, soube-se quarta-feira em Luanda de fonte parlamentar.
Os primeiros passos dessa iniciativa foram dados esta quarta-feira num encontro que reuniu, na capital angolana, os presidentes dos Grupos Parlamentares dos dois partidos, Virgílio de Fontes Pereira (MPLA) e Califa Seidi (PAIGC), que passaram em revista as relações históricas entre as duas formações políticas e lançaram as bases para a formalização da cooperação.
No final do encontro, Fontes Pereira disse aos jornalistas que os "incidentes de percurso" de abril de 2012 não levaram o seu partido ao "pensamento de rotura” dessas relações históricas, e que o PAIGC preferiu o seu relançamento por via dos Grupos Parlamentares.
"O encontro foi gratificante", disse o parlamentar, destacando que foi notável o interesse do PAIGC em reposicionar no bom caminho as relações com o MPLA, no sentido de partilhar algumas experiências a nível parlamentar.
Anunciou que foi feita uma proposta para se realizar, inicialmente em Angola, um encontro dos Grupos Parlamentares dos partidos que promoveram a luta de libertação nacional em África, nomeadamente, nos cinco países africanos de expressão portuguesa.
Esta iniciativa poderá ajudar o PAIGC a "recolocar a sua atividade nos trilhos do que se espera de um país com normalidade constitucional", explicou.
Por seu turno, Seidi referiu que o acordo de cooperação que os dois Grupos Parlamentares pretendem assinar poderá extender-se aos demais partidos históricos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
“Foi um encontro interessante, apesar de ter havido um período de interrupção das nossas relações, devido a uma crise na Guiné-Bissau. Agora, com a estabilidade e retorno funcional no nosso país, queremos recuperar o tempo perdido para restabelecer as nossas relações”, resumiu o deputado bissau-guineense.
Seidi integrou uma delegação do presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, que chegou a Luanda domingo no quadro de uma visita oficial de três dias a Angola.
Entre as atividades desenvolvidas durante esta visita, a delegação parlamentar da Guiné-Bissau manteve segunda-feira um encontro de trabalho com o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, com quem também analisaram as perspetivas de relançamento da cooperaçao parlamentar.
Na ocasião, Cipriano Cassamá pediu desculpas ao povo angolano pelos acontecimentos de 12 de abril de 2012, que provocaram a "retirada forçada" dos efetivos das Forças Armadas (FAA) e da Polícia Nacional angolanas que integravam a Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG), na sequência de divergências com a chefia militar guineense.
“Aproveito a oportunidade para, em nome do povo da Guiné-Bissau, dos partidos políticos com e sem assento parlamentar e demais autoridades, pedir desculpas ao povo angolano pelos acontecimentos vergonhosos e tristes ocorridos a 12 de abril de 2012”, disse.
Lembrou que os efetivos angolanos estavam na Guiné-Bissau ao abrigo de um acordo de cooperação técnico-militar rubricado entre os dois países, para proceder a reformas no seio das Forças Armadas e da Polícia guineenses.
No seu entender, "Angola esteve a trabalhar desinteressadamente na Guiné-Bissau, no intuito apenas de ajudar", e que a sua retirada "abalou o povo guineense e até mesmo o próprio desenvolvimento do país".
-0- PANA IZ 03junho2015
Os primeiros passos dessa iniciativa foram dados esta quarta-feira num encontro que reuniu, na capital angolana, os presidentes dos Grupos Parlamentares dos dois partidos, Virgílio de Fontes Pereira (MPLA) e Califa Seidi (PAIGC), que passaram em revista as relações históricas entre as duas formações políticas e lançaram as bases para a formalização da cooperação.
No final do encontro, Fontes Pereira disse aos jornalistas que os "incidentes de percurso" de abril de 2012 não levaram o seu partido ao "pensamento de rotura” dessas relações históricas, e que o PAIGC preferiu o seu relançamento por via dos Grupos Parlamentares.
"O encontro foi gratificante", disse o parlamentar, destacando que foi notável o interesse do PAIGC em reposicionar no bom caminho as relações com o MPLA, no sentido de partilhar algumas experiências a nível parlamentar.
Anunciou que foi feita uma proposta para se realizar, inicialmente em Angola, um encontro dos Grupos Parlamentares dos partidos que promoveram a luta de libertação nacional em África, nomeadamente, nos cinco países africanos de expressão portuguesa.
Esta iniciativa poderá ajudar o PAIGC a "recolocar a sua atividade nos trilhos do que se espera de um país com normalidade constitucional", explicou.
Por seu turno, Seidi referiu que o acordo de cooperação que os dois Grupos Parlamentares pretendem assinar poderá extender-se aos demais partidos históricos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
“Foi um encontro interessante, apesar de ter havido um período de interrupção das nossas relações, devido a uma crise na Guiné-Bissau. Agora, com a estabilidade e retorno funcional no nosso país, queremos recuperar o tempo perdido para restabelecer as nossas relações”, resumiu o deputado bissau-guineense.
Seidi integrou uma delegação do presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, que chegou a Luanda domingo no quadro de uma visita oficial de três dias a Angola.
Entre as atividades desenvolvidas durante esta visita, a delegação parlamentar da Guiné-Bissau manteve segunda-feira um encontro de trabalho com o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, com quem também analisaram as perspetivas de relançamento da cooperaçao parlamentar.
Na ocasião, Cipriano Cassamá pediu desculpas ao povo angolano pelos acontecimentos de 12 de abril de 2012, que provocaram a "retirada forçada" dos efetivos das Forças Armadas (FAA) e da Polícia Nacional angolanas que integravam a Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG), na sequência de divergências com a chefia militar guineense.
“Aproveito a oportunidade para, em nome do povo da Guiné-Bissau, dos partidos políticos com e sem assento parlamentar e demais autoridades, pedir desculpas ao povo angolano pelos acontecimentos vergonhosos e tristes ocorridos a 12 de abril de 2012”, disse.
Lembrou que os efetivos angolanos estavam na Guiné-Bissau ao abrigo de um acordo de cooperação técnico-militar rubricado entre os dois países, para proceder a reformas no seio das Forças Armadas e da Polícia guineenses.
No seu entender, "Angola esteve a trabalhar desinteressadamente na Guiné-Bissau, no intuito apenas de ajudar", e que a sua retirada "abalou o povo guineense e até mesmo o próprio desenvolvimento do país".
-0- PANA IZ 03junho2015