PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Partidos da oposição criticam opções económicas em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Os partidos da oposição criticaram as opções económicas do Governo durante a sessão solene no Parlamento para marcar o ato central das comemoração do 36º aniversário da independência de Cabo Verde na terça-feira.
António Monteiro, presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), partido da oposição com dois assentos parlamentares, condenou as políticas governamentais que, no seu entender, colocam em causa um projeto económico viável.
O presidente da UCID considerou que o modelo de desenvolvimento cabo-verdiano sufoca as empresas nacionais, enquanto “fornece balões de oxigénio a empreendedores e empresas estrangeiras” através da isenção de impostos, de taxas e de outras obrigações, de forma a proporcionar o investimento estrangeiro que, a seu ver, “não traz evidentes benefícios à nação cabo-verdiana”.
Segundo ele, passados 36 anos sobre a conquista da independência, “Cabo Verde precisa de políticas ativas de emprego, num ano em que as eleições legislativas ditaram “um novo Governo” com a “mesma matriz político-partidária do anterior”, pelo que antevê fortes medidas de austeridade e dias extremamente difíceis para os Cabo-verdianos.
Por sua vez, Fernando Freire, líder do Grupo Parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, maior partido da oposição), defendeu que Cabo Verde e as suas instituições devem dar particular atenção ao tecido empresarial cabo-verdiano.
“Não podemos permitir que fiquem alienados de todo o processo de construção do país. Não basta apenas que sobrevivam, é preciso que floresçam para que não dependam de um conjunto de teias de dependência dos poderes públicos e de excesso de intervenção do Estado”, alertou.
Na sua última mensagem à nação cabo-verdiana enquanto chefe de Estado, por ocasião do 36.º aniversário da independência nacional, Pedro Pires considerou que, para que haja, nas circunstâncias atuais, crescimento económico e prosperidade é “melhor participar na criação de condições para a geração de mais e melhores empregos em vez de exigir mais rendimentos sem produzir mais, o que é insustentável”.
O Presidente cabo-verdiano considera que, para continuar o percurso traçado ao longo dos 36 anos de independência, todos são chamados a contribuir para aumentar a competitividade da economia cabo-verdiana.
A par do aumento da competitividade, Pedro Pires entende que é necessário a criação de um ambiente de negócios atrativo e seguro, infra-estruturas modernas e maior disciplina laboral.
Abordado por jornalistas à margem da sessão solene, o primeiro-ministro José Maria Neves, reagindo às críticas ao seu Governo feitas pelos partidos da oposição, salientou que este é o momento de agir, "com muita lealdade" em relação às regras do jogo democrático, aos órgãos de soberania e às escolhas que os cabo-verdianos fizeram nas urnas.
“Estamos a iniciar uma legislatura e as pessoas começam a fazer discursos de campanha eleitoral, que não têm nada a ver com a realidade atual do país”, disse José Maria Neves, sublinhado que “é preciso respeitar os resultados eleitorais, deixar que o Governo governe e que todos assumam as suas responsabilidades”.
Na opinião do chefe do Governo, o Presidente da República fez “um grande e extraordinário discurso”, com muitas advertências e sobretudo a “mostrar a todos os partidos políticos que este não é o momento de se continuar a conspirar politicamente”.
O primeiro-ministro considerou que o discurso de Pedro Pires mostrou aos partidos que este não é o momento para "conspirações políticas".
-0- PANA CS/TON 06 jul 2011
António Monteiro, presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), partido da oposição com dois assentos parlamentares, condenou as políticas governamentais que, no seu entender, colocam em causa um projeto económico viável.
O presidente da UCID considerou que o modelo de desenvolvimento cabo-verdiano sufoca as empresas nacionais, enquanto “fornece balões de oxigénio a empreendedores e empresas estrangeiras” através da isenção de impostos, de taxas e de outras obrigações, de forma a proporcionar o investimento estrangeiro que, a seu ver, “não traz evidentes benefícios à nação cabo-verdiana”.
Segundo ele, passados 36 anos sobre a conquista da independência, “Cabo Verde precisa de políticas ativas de emprego, num ano em que as eleições legislativas ditaram “um novo Governo” com a “mesma matriz político-partidária do anterior”, pelo que antevê fortes medidas de austeridade e dias extremamente difíceis para os Cabo-verdianos.
Por sua vez, Fernando Freire, líder do Grupo Parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, maior partido da oposição), defendeu que Cabo Verde e as suas instituições devem dar particular atenção ao tecido empresarial cabo-verdiano.
“Não podemos permitir que fiquem alienados de todo o processo de construção do país. Não basta apenas que sobrevivam, é preciso que floresçam para que não dependam de um conjunto de teias de dependência dos poderes públicos e de excesso de intervenção do Estado”, alertou.
Na sua última mensagem à nação cabo-verdiana enquanto chefe de Estado, por ocasião do 36.º aniversário da independência nacional, Pedro Pires considerou que, para que haja, nas circunstâncias atuais, crescimento económico e prosperidade é “melhor participar na criação de condições para a geração de mais e melhores empregos em vez de exigir mais rendimentos sem produzir mais, o que é insustentável”.
O Presidente cabo-verdiano considera que, para continuar o percurso traçado ao longo dos 36 anos de independência, todos são chamados a contribuir para aumentar a competitividade da economia cabo-verdiana.
A par do aumento da competitividade, Pedro Pires entende que é necessário a criação de um ambiente de negócios atrativo e seguro, infra-estruturas modernas e maior disciplina laboral.
Abordado por jornalistas à margem da sessão solene, o primeiro-ministro José Maria Neves, reagindo às críticas ao seu Governo feitas pelos partidos da oposição, salientou que este é o momento de agir, "com muita lealdade" em relação às regras do jogo democrático, aos órgãos de soberania e às escolhas que os cabo-verdianos fizeram nas urnas.
“Estamos a iniciar uma legislatura e as pessoas começam a fazer discursos de campanha eleitoral, que não têm nada a ver com a realidade atual do país”, disse José Maria Neves, sublinhado que “é preciso respeitar os resultados eleitorais, deixar que o Governo governe e que todos assumam as suas responsabilidades”.
Na opinião do chefe do Governo, o Presidente da República fez “um grande e extraordinário discurso”, com muitas advertências e sobretudo a “mostrar a todos os partidos políticos que este não é o momento de se continuar a conspirar politicamente”.
O primeiro-ministro considerou que o discurso de Pedro Pires mostrou aos partidos que este não é o momento para "conspirações políticas".
-0- PANA CS/TON 06 jul 2011