Partido no poder quer continuar a governar Cabo Verde até 2026
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Movimento para Democracia (MpD), partido no poder, encerrou sábado a sua XII Convenção Nacional destinada a aprovar uma moção de estratégia para permitir a esta força politica continuar à frente dos destinos do país ate 2026, apurou a PANA na cidade da Praia.
No discurso inaugural da reunião magna do partido que governa Cabo Verde, desde de março de 2016, o presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva, defendeu que os Cabo-verdianos "têm razões suficientes" para continuar a dar confiança ao partido e à essa governação.
“Está no programa do Governo, o nosso compromisso é com a legislatura, mas também com a década, até 2026, porque vamos continuar a governar”, garantiu.
Para Ulisses Correia e Silva, o Governo do MpD está a produzir resultados, tais como atingir o pleno emprego, duplicar o rendimento dos Cabo-verdianos e eliminar a pobreza extrema.
Acrescentou que essa governação tem assumido as suas responsabilidades na criação de um bom ambiente de negócio, na regulação económica e financeira e na realização de reformas económicas e institucionais, abrindo caminho para que o setor privado se afirme e seja mais forte.
“Os resultados deste Estado parceiro dos privados e das políticas de investimento empresarial expressam-se na dinâmica e no dinamismo crescente da criação de novas empresas e expansão de investimentos”, notou o também primeiro-ministro.
Em relação à esta XII Convenção, Ulisses Correia e Silva disse que se trata de “recarregar” de energia, de confiança e de motivação para os embates eleitorais que se avizinham, designadamente as autárquicas deste ano e as legislativas e presidenciais do próximo ano.
“A convenção é o reforçar do compromisso com Cabo Verde. Vamos reforçá-lo”, concluiu o presidente do MpD, apelando à união do partido, coesão, alinhamento, confiscação e determinação para vencer e continuar a construir Cabo Verde.
Também o presidente da mesa da Convenção, Rui Figueiredo Soares, defendeu, no seu discurso de boas vindas, que é uma “realidade incontornável” o contributo do MpD para a instalação e consolidação da democracia em Cabo Verde.
Para Rui Figueiredo Soares, os desafios que se impõem à democracia cabo-verdiana requerem um esforço conjunto de todos os atores políticos e da sociedade civil para se ter um Cabo Verde desenvolvido.
“Cabe aos partidos políticos estimular a confiança do povo cabo-verdiano na política e nos políticos em tempos de descrença, nas instituições e nas pessoas, pois estas constituem a razão fundamental dos esforços de desenvolvimento que os cabo-verdianos têm conseguido”, projetou.
Por isso, apontou que os próximos embates políticos requerem que o MpD, como um partido com responsabilidades de governação, esteja “forte, unido, e essencialmente focado em Cabo Verde e nos compromissos assumidos” com os Cabo-verdianos.
A sessão de abertura da XII Convenção do MpD contou ainda com as intervenções do presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto da Costa Júnior, do secretário-geral do Bloco Centralista Gaide (BDE), do Senegal, Jean Paul Dias, e um vídeo com depoimentos e mensagens de amigos do partido no poder.
A Convenção terminou sábado, com a reunião da Direção Nacional para votação do presidente da Comissão Política Nacional e do secretário-geral sob proposta do presidente.
Entretanto, os candidatos do MpD para as eleições autárquicas de 2020, ainda sem data marcada, devem ser conhecidos no início de abril, altura em que será a realizada a convenção autárquica do partido.
Atualmente, o MpD governa 18 dos 22 municípios de Cabo Verde.
-0- PANA CS/IZ 08março2020