Partido no poder na África do Sul contra agressão americana no Irão
Cidade de Cabo, África do Sul (PANA) – O Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder na África do Sul, rejeitou aquilo que qualificou de "ataques aéreos desumanos” dos Estados Unidos contra o Irão, anunciou o secretário-geral do referido movimento, Ace Magashule.
Isto (os raides aéreos) segue-se ao assassinato, ocorrido na última semana, no Iraque, do general Qassem Soleimani, o comandante da Força Iraniana de Quds, referiu-se Magashule.
O ANC exortou aos Estados Unidos a tomarem medidas contra "este ato de terrorismo internacional", e aos países da região a demostrarem contenção.
O secretário-geral do ANC, Ace Magashule, frisou que o seu partido e todas as formações progressistas do mundo não podem manter silêncio “enquanto as ações dos Estados Unidos parecem minar a paz e a segurança, com toda impunidade.”
Acrescentou que a agressão americana é “uma erosão clara e deliberada da estabilidade nacional do Irão”.
Magashule advertiu que a escalada da tensão pode desencadear uma outra guerra mundial.
"O ANC rejeita esta agressão brutal contra o povo e o Governo do Irão, que poderá murgulhar o Médio Oriente e o mundo numa guerra à grande escala. A história mostrou que a maioria das vítimas deste tipo de terrorismo internacional são pessoas idosas, mulheres e crianças”, lamentou.
O ANC declarou servir-se da posição da África do Sul no seio do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para levantar a questão.
Instamos aos Estados Unidos a inspirarem-se na carta da União Africana sobre o seu "compromisso a fazer calar as armas de fogo" através dum apelo progressivo denominado “fazer calar as armas de fogo até 2020”, no quadro da Agenda 2063.
A agenda, sublinhou, visa criar uma "África melhor – uma trajetória" que a África do Sul vai abertamente promover e defender durante a presidência rotativa da UA assumida durante este ano pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.
-0- PANA CU/MA/ASA/BEH/MAR/DD 05jan2020