PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Partido no poder em Cabo Verde elege novo líder em janeiro
Praia, Cabo Verde (PANA) - O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) será eleito diretamente pelas bases em janeiro de 2013, ano em que essa força política realizará também o seu congresso para renovar a liderança, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte partidária.
O anúncio da escolha do líder do partido e da marcação do Congresso para março de 2013 foi feito por Walter Évora, líder do partido na ilha da Boa Vista, numa conferência de imprensa destinada a balancear a reunião do Conselho do PAICV, decorrida no último fim de semana na capital cabo-verdiana.
Apesar de o atual líder do partido no poder e primeiro-ministro, José Maria Neves, ter dito, na sequência da sua vitória nas eleições legislativas de 2011, não pretender concorrer a um quarto mandato para a chefia do Governo, o porta-voz do partido no poder em Cabo Verde não descartou a possibilidade de o atual líder se recandidatar ao cargo.
Walter Évora indicou que caberá a José Maria Neves decidir se vai ou não recandidatar-se, adiantando, no entanto, que dificilmente haverá um "cenário de bicefalia" no partido, ou seja a presença de um presidente diferente do primeiro-ministro.
Há um compromisso assumido por ele (José Maria Neves) de continuar a reforçar a governação do país até 2016, ano em que termina a legislatura de cinco anos, iniciada em 2012, disse.
Évora disse que, em outubro próximo, o Conselho Nacional volta a reunir-se para criar uma comissão preparatória para a eleição do presidente do partido e a realização do congresso, afirmou.
Até dezembro deste ano, acrescentou, vão ser eleitos os presidentes das comissões políticas regionais.
Até lá, o PAICV vai realizar em setembro próximo uma conferência de quadros para aprofundar os debates sobre a reorganização do partido que, apesar de ter vencido, pela terceira vez consecutiva, as eleições legislativas, realizadas em fevereiro de 2011, perdeu as presidenciais de agosto do mesmo ano e as autárquicas de 01 de julho deste ano, ambas ganhas pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição).
O escrutínio presidencial levou Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo maior partido da oposição, à Presidência da República, enquanto, nas autárquicas, o MpD conquistou 14 das 22 câmaras municipais, tendo o PAICV visto baixar de 10 para 8 o número de câmaras municipais que estavam sob o seu controlo.
De acordo com fontes partidárias, a reunião do Conselho Nacional, órgão partidário máximo entre dois congressos, serviu para o partido analisar o atual ciclo político e reafirmar a necessidade de o PAICV ser uma formação política moderna, em que as disputas internas, como é o caso das presidenciais em que se registou a apresentação de duas candidatura do mesmo partido, sejam resolvidas sem "danos internos".
Ainda este ano, além da conferência de quadros, o PAICV vai iniciar também eleições dos órgãos a nível regional, "aproveitando a dinâmica pós-eleitoral com novas lideranças que possam surgir", adiantou uma fonte partidária.
-0- PANA CS/DD 31jul2012
O anúncio da escolha do líder do partido e da marcação do Congresso para março de 2013 foi feito por Walter Évora, líder do partido na ilha da Boa Vista, numa conferência de imprensa destinada a balancear a reunião do Conselho do PAICV, decorrida no último fim de semana na capital cabo-verdiana.
Apesar de o atual líder do partido no poder e primeiro-ministro, José Maria Neves, ter dito, na sequência da sua vitória nas eleições legislativas de 2011, não pretender concorrer a um quarto mandato para a chefia do Governo, o porta-voz do partido no poder em Cabo Verde não descartou a possibilidade de o atual líder se recandidatar ao cargo.
Walter Évora indicou que caberá a José Maria Neves decidir se vai ou não recandidatar-se, adiantando, no entanto, que dificilmente haverá um "cenário de bicefalia" no partido, ou seja a presença de um presidente diferente do primeiro-ministro.
Há um compromisso assumido por ele (José Maria Neves) de continuar a reforçar a governação do país até 2016, ano em que termina a legislatura de cinco anos, iniciada em 2012, disse.
Évora disse que, em outubro próximo, o Conselho Nacional volta a reunir-se para criar uma comissão preparatória para a eleição do presidente do partido e a realização do congresso, afirmou.
Até dezembro deste ano, acrescentou, vão ser eleitos os presidentes das comissões políticas regionais.
Até lá, o PAICV vai realizar em setembro próximo uma conferência de quadros para aprofundar os debates sobre a reorganização do partido que, apesar de ter vencido, pela terceira vez consecutiva, as eleições legislativas, realizadas em fevereiro de 2011, perdeu as presidenciais de agosto do mesmo ano e as autárquicas de 01 de julho deste ano, ambas ganhas pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição).
O escrutínio presidencial levou Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo maior partido da oposição, à Presidência da República, enquanto, nas autárquicas, o MpD conquistou 14 das 22 câmaras municipais, tendo o PAICV visto baixar de 10 para 8 o número de câmaras municipais que estavam sob o seu controlo.
De acordo com fontes partidárias, a reunião do Conselho Nacional, órgão partidário máximo entre dois congressos, serviu para o partido analisar o atual ciclo político e reafirmar a necessidade de o PAICV ser uma formação política moderna, em que as disputas internas, como é o caso das presidenciais em que se registou a apresentação de duas candidatura do mesmo partido, sejam resolvidas sem "danos internos".
Ainda este ano, além da conferência de quadros, o PAICV vai iniciar também eleições dos órgãos a nível regional, "aproveitando a dinâmica pós-eleitoral com novas lideranças que possam surgir", adiantou uma fonte partidária.
-0- PANA CS/DD 31jul2012