PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Partido no poder em Cabo Verde defende relações com Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) – O secretário-geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), Júlio Correia, disse esta quarta-feira na cidade da Praia que as relações entre a Guiné-Bissau e o arquipélago devem ser preservadas, uma vez que elas ultrapassam os dirigentes que circunstancialmente possam estar no poder num ou noutro país.
Júlio Correia pronunciou-se, pela primeira vez, sobre o estado das relações entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau, na sequência dos incidentes que nos últimos tempos ensombram o relacionamento entre dois Estados.
A crise culminou nas recentes declarações do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general António Indjai, que acusou as autoridades cabo-verdianas de terem assassinado uma cidadã bissau-guineense que cumpriu pena de prisão por tráfico de droga e foi repatriada após cumprir metade da pena a que foi condenada.
Para o secretário-geral do PAICV, as relações entre os dois países são de “natureza histórica”, resultante de um “passado comum” que tem os seus fundamentos em questões fundamentais da construção das duas nações.
“As relações entre o povo da Guiné-Bissau e o povo de Cabo Verde devem ser aprofundadas e preservadas”, sublinhou Júlio Correia, anotando que o seu partido não confunde o povo guineense com aqueles que, atualmente, governam o país.
O também primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) recordou que o atual Governo da Guiné-Bissau resultou de um golpe e que Cabo Verde, enquanto Estado de direito e democrático, “não pode patuar” com aqueles que assaltam o poder pelas vias das armas.
“O povo da Guiné-Bissau merece toda a nossa amizade pelos laços que nos unem”, salientou o SG do PAICV, lamentando o "sofrimento" a que os guineenses têm sido submetidos no seu percurso enquanto nação.
“Temos que respeitar a vontade do povo. Os governos têm de ser eleitos e é tudo isto que neste momento não existe na Guiné-Bissau”, frisou Júlio Correia.
As declarações deste dirigente do partido que resultou da cisão do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que conduziu a luta de libertação dos dois países vão de encontro às posições assumidas nos últimos dias pelo ex-Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, e pelo líder do Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição), Ulisses Correia e Silva, que defenderam a manutenção de contactos com as atuais autoridades da Guiné-Bissau.
-0- PANA CS/TON 28ago2013
Júlio Correia pronunciou-se, pela primeira vez, sobre o estado das relações entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau, na sequência dos incidentes que nos últimos tempos ensombram o relacionamento entre dois Estados.
A crise culminou nas recentes declarações do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general António Indjai, que acusou as autoridades cabo-verdianas de terem assassinado uma cidadã bissau-guineense que cumpriu pena de prisão por tráfico de droga e foi repatriada após cumprir metade da pena a que foi condenada.
Para o secretário-geral do PAICV, as relações entre os dois países são de “natureza histórica”, resultante de um “passado comum” que tem os seus fundamentos em questões fundamentais da construção das duas nações.
“As relações entre o povo da Guiné-Bissau e o povo de Cabo Verde devem ser aprofundadas e preservadas”, sublinhou Júlio Correia, anotando que o seu partido não confunde o povo guineense com aqueles que, atualmente, governam o país.
O também primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) recordou que o atual Governo da Guiné-Bissau resultou de um golpe e que Cabo Verde, enquanto Estado de direito e democrático, “não pode patuar” com aqueles que assaltam o poder pelas vias das armas.
“O povo da Guiné-Bissau merece toda a nossa amizade pelos laços que nos unem”, salientou o SG do PAICV, lamentando o "sofrimento" a que os guineenses têm sido submetidos no seu percurso enquanto nação.
“Temos que respeitar a vontade do povo. Os governos têm de ser eleitos e é tudo isto que neste momento não existe na Guiné-Bissau”, frisou Júlio Correia.
As declarações deste dirigente do partido que resultou da cisão do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que conduziu a luta de libertação dos dois países vão de encontro às posições assumidas nos últimos dias pelo ex-Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, e pelo líder do Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição), Ulisses Correia e Silva, que defenderam a manutenção de contactos com as atuais autoridades da Guiné-Bissau.
-0- PANA CS/TON 28ago2013