Agência Panafricana de Notícias

Partido no poder denuncia apelo à desobediência em Angola

Luanda- Angola (PANA) -- O partido no poder em Angola, MPLA, apelou terça-feira, em Luanda, aos seus militantes e à população em geral para manter a calma face "ao incitamento à desobediência civil" por parte do principal partido da oposição, UNITA.
Falando durante uma conferência de imprensa, o secretário do MPLA para a Informação, Rui Falcão, acusou que "desde segunda- feira, a rádio Despertar, afeta ao partido UNITA, tem vindo a fazer apelos sucessivos à desobediência civil".
"É uma situação grave que nos deve preocupar, e por isso o MPLA aproveita essa oportunidade para apelar a todos os militantes do partido, aos simpatizantes, aos amigos do MPLA para que não reajam a quaisquer provocações, incitações ou convites que contrariem a lei e a ordem", afirmou Rui Falcão.
Segundo o dirigente do MPLA, a atitude da Rádio Despertar tem respaldo em discursos públicos que ultimamente dirigentes da UNITA, em particular o seu presidente Isaías Samakuva, têm feito.
No entanto, Rui Falcão reafirmou a determinação do MPLA, partido liderado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de prosseguir os esforços no sentido da melhoria dos índices de governação e da gestão da coisa pública.
Esta reação do MPLA surge depois de na semana passada o partido no poder ter denunciado uma "estratégia seguida e suportada por diferentes instituições estrangeiras, perfeitamente identificadas, e organizações e indivíduos, incluindo cidadãos nacionais, recrutados para servirem de pontas-de-lança, visando, em primeira instância, manchar tudo quanto o poder Executivo faça".
O MPLA acusa que estas organizações e cidadãos "tentam denegrir, a qualquer preço, a imagem do Presidente (da República e do partido) e o bom desempenho da economia angolana, mediante a criação de fatos e o levantamento de suspeitas permanentes".
O partido no poder indica que esta estratégia tem como "propósito único reduzir o apoio popular que (o MPLA) tem merecido, condicionar o investimento estrangeiro no país e mitigar a diferença nas próximas eleições (previstas para 2012), tentando derrotar o MPLA para entregar o poder àqueles que sempre serviram os seus interesses".